quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Desvio de cargas no Porto de Paranaguá: número de presos chega a 66

GAZETA DO POVO, 7 de outubro de 2010

Um caminhoneiro, um estudante de Direito – que seria o consultor jurídico das seis quadrilhas que participavam da ação – e um rapaz que financiava uma das quadrilhas também foram presos na quarta-feira (6)


Mais três pessoas foram presas em Paranaguá, no Litoral do Paraná, pela Polícia Federal (PF), suspeitos de participar de um esquema de desvio de cargas do Porto de Paranaguá. Um caminhoneiro, um estudante de Direito – que seria o consultor jurídico das seis quadrilhas que participavam da ação – e um rapaz que estaria financiando uma das quadrilhas também foram presos na quarta-feira (6).

Com as novas prisões, o número de presos na Operação Colônia - feita pela PF em parceria com a Polícia Militar – chegou a 66 no Paraná. Desses, 45 foram presos em Paranaguá, nove em Curitiba e 12 na região de Maringá.

Ao todo, 121 mandados de prisão serão cumpridos no Paraná, São Paulo e Santa Catarina. São 99 pessoas, já que algumas possuem mandados nos dois estados.

Segundo a PF, duas mil toneladas de grãos, fertilizantes e óleo de soja foram desviadas do Porto de Paranaguá apenas neste ano e, pelo menos, sete empresas foram lesadas pelas quadrilhas.
As investigações começaram a ser feitas pela PF e pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) há 11 meses, depois que empresas que atuam no porto denunciaram o roubo de cargas.

Alguns métodos utilizados pelos membros das quadrilhas para desviar as cargas eram o de lançar descargas que não ocorreram nos sistemas dos terminais portuários, carregar os produtos retirados do Porto de Paranaguá em caminhão com placas clonadas e documentos falsos, e ainda a substituição de fertilizantes desviados por produtos de menor valor, de acordo com a PF.

Novas prisões - Três pessoas que são procuradas pela PF podem se entregar na sexta-feira (8), de acordo com a PF. Advogados dos suspeitos entraram em contato com o delegado da PF em Paranaguá, Jorge Luís Fayad Nazário, e negociavam como serão feitas as prisões.

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