GAZETA DO POVO, 12 de agosto de 2010
Documentos fazem parte das 17 toneladas de material roubado da Secretaria da Educação. Assembleia tinha documentação de investigação anterior
A Assembleia Legislativa entregou ontem para o secretário especial de Estado de Corregedoria e Ouvidoria-Geral, Antonio Comparsi de Mello, cópias de parte das 17 toneladas de documentos que foram roubados de um barracão da Secretaria de Estado de Educação (Seed), em Piraquara, no início deste ano. O Legislativo estadual mantinha cópias dos documentos desde abril de 2008, quando o Executivo estadual foi obrigado pela Justiça a encaminhar à bancada de oposição um relatório sobre os gastos com cartão de todos os servidores públicos da administração estadual ao longo de 2007. Entre os documentos roubados da Seed estariam os que poderiam comprovar fraude anteriores ao ano de 2009.
Desde 10 de junho, a Secretaria de Estado da Educação é palco de investigações. Denúncias feitas por servidores da Superintendência de Desenvolvimento Educacional (Sude) revelam que as diárias de viagens estavam sendo concedidas de maneira irregular. Além de uma sindicância interna, o Ministério Público e a Corregedoria também investigam os fatos.
Na semana passada, a Corregedoria tornou público o sumiço de 17 toneladas de documentos, ocorrido em janeiro. As investigações ficaram paradas por sete meses. O delegado Rubens Caricatti foi designado para comandar o inquérito sobre o roubo.
De acordo com Mello, os documentos recebidos podem dar agilidade às investigações. “Não vamos precisar trabalhar mais na recuperação eletrônica”, diz. As investigações por parte da Corregedoria-Geral do Estado, órgão do governo paranaense responsável em identificar possíveis irregularidades na administração pública estadual, iniciaram no começo do mês. Uma sindicância interna da Seed apontou o desvio de cerca de R$ 800 mil por servidores que sacaram diárias de viagens sem efetivamente ter viajado entre janeiro de 2009 e maio de 2010. Quatro servidores e outros dois ex-servidores da secretaria foram afastados de seus cargos na Superintendência de Desenvolvimento Educacional (Sude), a antiga Fundepar.
Mello ressalta que os trabalhos da auditoria na Seed devem ficar prontos dentro do prazo previsto inicialmente, de 30 dias. A Corregedoria também audita as diárias de viagens em outras quatro pastas – Meio Ambiente, Agricultura, Saúde e Trabalho. Além da Seed, as investigações na pasta na Agricultura estão bem adiantadas. “Encontramos apenas algumas irregularidades administrativas pontuais que não se comparam com o que ocorreu na Educação”.
O secretário explica que tem recebido de servidores que atuam na Sude documentos que também estariam entre as 17 toneladas de documentos roubados.
Roubo veio à tona após sete meses
Desde 10 de junho, a Secretaria de Estado da Educação é palco de investigações. Denúncias feitas por servidores da Superintendência de Desenvolvimento Educacional (Sude) revelam que as diárias de viagens estavam sendo concedidas de maneira irregular. Além de uma sindicância interna, o Ministério Público e a Corregedoria também investigam os fatos.
Na semana passada, a Corregedoria tornou público o sumiço de 17 toneladas de documentos, ocorrido em janeiro. As investigações ficaram paradas por sete meses. O delegado Rubens Caricatti foi designado para comandar o inquérito sobre o roubo.