sábado, 19 de setembro de 2009

Ministério Público abre processo para investigar prefeito de Maceió

RICARDO RODRIGUES, O ESTADO DE S. PAULO, 19 de setembro de 2009


O Ministério Público Federal abriu procedimento administrativo para investigar denúncia de enriquecimento ilícito e movimentação financeira fraudulenta contra o prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP). Ele foi denunciado no dia 19 de agosto ao MPF e ao Ministério Público Estadual, pelo coordenador do Movimento Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral em Alagoas, Antônio Fernando da Silva. Segundo ele, o prefeito teria movimentado em sua conta bancária pessoal mais de R$ 5 milhões nos últimos cinco anos.

Segundo o autor da denúncia, que foi notificado ontem à noite, caso a denúncia seja comprovada, o prefeito pode ficar inelegível. Antônio Fernando mostrou o ofício que recebeu do MPF, com uma cópia do despacho da procuradora regional eleitoral e chefe do Procuradoria da República em Alagoas, Niedja Kaspary, datado de 8 de setembro de 2009. Nesse despacho, além de mandar abrir o procedimento administrativo, a procuradora solicita à Superintendência da Polícia Federal em Alagoas cópia do relatório da Operação Taturana, "exclusivamente no que se refere às informações acerca de possível movimentação atípica nas contas pessoais" do prefeito.

Almeida foi indicado na Operação Taturana, que apurou o desvio de R$ 300 milhões dos cofres do Legislativo alagoano. Na época do desvio dos recursos, ele era deputado e teria tomado dinheiro emprestado em um banco, com o aval da Assembleia.

Em entrevista à imprensa, Almeida negou qualquer participação no golpe, mas confirmou o empréstimo, no valor de R$ 120 mil. Ele disse que repassou o dinheiro do empréstimo ao então deputado estadual e atual deputado federal Francisco Tenório (PMN), para a instalação de uma fábrica de derivados do leite, no sertão alagoano, em 2003.

O prefeito de Maceió também nega a denúncia de enriquecimento ilícito e se diz alvo de uma campanha difamatória, que tem como objetivo prejudicar sua imagem, em razão de uma provável candidatura sua ao governo do Estado, nas eleições de 2010. Quanto à movimentação financeira, ele justificou dizendo que os valores levantados pela PF são fruto de doações recebidas por ele nas últimas campanhas eleitorais.

População paranaense está mais idosa e mulheres são maioria, diz IBGE

JORNAL DE LONDRINA, 19 de setembro de 2009

Dados do IBGE apontam que as pessoas com mais de 65 anos já representam 7,5% dos paranaenses. Para cada mil mulheres existem 941 homens


A população do estado do Paraná está ficando mais idosa. De acordo com números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados nesta sexta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o porcentual de pessoas com mais de 65 anos passou de 5,5% da população paranaense para 7,5%, em dez anos (1998 a 2008). A pesquisa também mostra que existem mais mulheres que homens no estado.

De 1998 para 2008 a diferença foi acentuada. Há 10 anos, para cada grupo de mil mulheres havia 985 homens. No ano passado, últimos dados coletados pela Pnad, a relação caiu para 941 homens a cada mil mulheres que residem no Paraná. Outra mudança apontada em 10 anos foi a distribuição dos paranaenses por cor ou raça.

Em 1998 a pesquisa apontou que 75,8% dos moradores eram brancos. A população de cor preta ou parda, segundo critérios do IBGE, representava 22,9% dos paranaenses. No ano passado a população de cor branca ficou em 71,7% e a de cor preta ou parda 26,9%.

Educação

Em dez anos avançou o número de pessoas alfabetizadas. Em 1998, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais era de 10,4%. No ano passado esse número caiu para 6,6%. Separando por gêneros, o índice fica em 5,8% para os homens e 7,3% para as mulheres.

Em idades mais avançadas o índice de analfabetismo é maior, segundo a pesquisa de 2008. Para o grupo com idade acima de 40 anos, o índice de analfabetismo é de 11,8%, sendo de 10,4% para os homens e de 13,1% para as mulheres. O porcentual de crianças de 7 a 14 anos frequentando escola passou de 76,8% em 1998 para 97,9% em 2008, no estado inteiro.

Renda

A renda média dos paranaenses teve um aumento de 57%, entre 1998 a 2008, descontada a inflação. O rendimento médio mensal passou de R$ 321 para R$ 814. As mulheres tiveram o maior aumento real em dez anos, o rendimento médio passou de R$ 178 para R$ 577 um aumento real de 127%. Em 1998, o rendimento médio dos homens era 2,63 vezes o das mulheres; em 2008 essa proporção caiu para 1,85.

Trabalho infantil

Em 1998, a Pnad mostrava que 14,5% das crianças paranaenses na idade de 10 a 14 anos exerciam algum tipo de trabalho. Esse percentual reduziu-se para 7,2% em 2008.

Tecnologia

Há 10 anos, um terço (33,3%) das casas paranaenses tinham telefone e, em 2008, 87,2% dos domicílios tinham esse equipamento. O telefone celular, o microcomputador e o acesso à internet são itens cada vez mais presentes nos domicílios. Em 2003, 13,4% dos domicílios paranaenses tinham microcomputador com acesso à internet; em 2008 esse porcentual foi de 29,8%. O microcomputador estava presente em 18% dos domicílios em 2003 e em 2008 aumentou para 39,6%. O telefone celular, sozinho ou em conjunto com telefone fixo está presente em 79,3% dos domicílios; em 2003 eram 38,1% dos domicílios que tinham o aparelho.

Brasil

A pesquisa em nível nacional apontou que a desigualdade de renda caiu 9% em dez anos. Houve redução em todas as regiões. O índice de Gini do rendimento mensal dos domicílios brasileiros passou de 0,521, em 2007, para 0,515, em 2008 – em 1998, quando começou a série histórica, o número era de 0,567.

O índice de Gini varia de 0 a 1 e mede a distribuição da renda na população: quando mais próximo de 0, maior a igualdade; quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade entre o que as pessoas ganham. A evolução entre 1998 e 2008 mostra, portanto, uma queda de 9,17%.

Pesquisa mostra que paranaense tem renda superior à da média brasileira

AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO GOVERNO DO PR, 19 de setembro de 2009


Dados divulgados nesta sexta-feira (18) pelo IBGE sobre a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostram que o Paraná obteve maior crescimento no nível de emprego e uma maior elevação da renda dos trabalhadores em relação à média nacional.

Na geração de empregos, a pesquisa mostrou que a taxa de desocupados no Paraná passou de 7,6% em 1998, para 4,6% em 2008. No Brasil, a taxa de desocupação no último ano foi de 7,1%.

“São números anteriores à crise econômica mundial, mas o Paraná obteve um índice de desemprego considerado bom, inclusive para padrões internacionais”, afirma o analista do IBGE, Luis Alceu Paganoto.

Já a taxa de desocupação dos trabalhadores sem instrução subiu de 2,8%, em 2007, para 3,2%, em 2008. A contrapartida na queda da taxa de desempregados ocorreu entre as pessoas que tinham de 1 a 3 anos de instrução, cujo índice baixou de 3,2% para 1,9%, e entre aquelas de 8 a 10 anos de estudo, que caiu de 8,5% para 7,2%.

O pesquisador do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Eron Maranho, observa que os dados comprovam que o mercado de trabalho continua seletivo quanto ao nível de escolaridade.

“O maior reflexo está no mercado formal, com carteira de trabalho assinada, que se fecha cada vez mais para as pessoas com baixa escolaridade”, explica.

Além de o Paraná ter taxas menores de desemprego, o rendimento médio dos paranaenses também teve um aumento maior do que a média nacional. Enquanto em 1998 o Paraná tinha rendimento equivalente à média brasileira (R$ 321 contra R$ 314 no Brasil), a Pnad 2008 mostrou que a renda saltou para R$ 814 no Estado, enquanto a média brasileira foi de R$ 701.

Descontadas as taxas inflacionárias, a renda média mensal aumentou 57% no Paraná, desde 1998. “Houve uma mudança no tipo de emprego em nível nacional, principalmente pela desocupação criada pela mecanização rural e migração para as cidades. Mesmo assim, percebe-se que a renda aumentou mais no Paraná do que no resto do Brasil”, analisa Luis Paganoto.

O número de ocupados no Paraná totalizou 5.574 milhões de pessoas, em 2008, crescendo 0,72% frente a 2007 (mais 40 mil pessoas). Este crescimento foi impulsionado pelo setor de construção, que aumentou 5,7% (mais 26 mil pessoas, totalizando 413 mil) e serviços, que subiu 3% (mais 83 mil pessoas, totalizando 2,302 milhões).

A população em idade ativa (PIA), composta por pessoas de 10 anos ou mais, era de 9,047 milhões de pessoas. Destas, 5,842 milhões eram economicamente ativas, ou seja, foram ao mercado de trabalho em busca de algum emprego, e 5,574 milhões obtiveram alguma ocupação tanto no segmento formal quanto informal.

Computadores
Com o aumento da renda, as pessoas passaram a consumir mais bens duráveis. O destaque está nos computadores. Segundo a Pnad, em 2007, 33,9% dos domicílios paranaenses possuíam o produto. Em 2008, o índice subiu para 39,6%. Com este resultado, o Paraná está entre os cinco estados com maior índice.

Também houve aumento na compra de máquinas de lavar roupa - em 2007 eram 47,2% das residências; em 2008, são 54,2%. O terceiro produto com maior crescimento foram os filtros de água: 25,9% das casas em 2007, e 27,3% em 2008.

MP acusa ex-prefeito de fraudar licitações na compra de remédios

BEM PARANÁ, BLOG POLÍTICA EM DEBATE

A Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público de Paranavaí, ajuizou, na quinta-feira, três ações civis públicas contra o ex-prefeito de Tamboara, Luiz Rogério Gimenez, por dispensa indevida de licitações, fraudes à licitações, desvio e apropriação de recursos públicos. O pai e um primo de Gimenez, além vários funcionários públicos e empresários do ramo de medicamentos também são acusados de participarem das fraudes.

De acordo com o MP-PR, o ex-prefeito teria adquirido medicamentos para o Município hora dispensando, hora fraudando licitações. As distribuidoras de remédios eram registradas em nome de pessoas diferentes para não levantar suspeitas: “As empresas, que na verdade pertenciam ao ex-prefeito, a um ex-vereador e a um casal de empresários da cidade, eram registradas em nomes de ‘laranjas’ para que pudessem fornecer remédios ao Município” disse o Promotor de Justiça, Vilmar Antonio Fonseca.

Segundo a Promotoria de Justiça, o ex-vereador, Edson Cathcart, seria dono da empresa Costa & Cathcart Ltda. mas, para que a empresa pudesse se tornar fornecedora da Prefeitura, o ex-vereador a teria registrado a empresa em nome de sua esposa e de sua mãe.

Da mesma forma, o próprio Luiz Rogério Gimenez teria sido favorecido pelas irregularidades. Documentos levantados pelo Ministério Público e pessoas ouvidas declararam que o ex-prefeito era proprietário da empresa MAXIFARMA, que por duas vezes “venceu” licitação para a venda de medicamentos. “Não existe comprovação de que os medicamentos adquiridos tenham sido entregues ao Município. Ao contrário disso, existem sérios indícios de desvio de recursos públicos por meio da simulação de compras”, afirma Fonseca.

Lixo doméstico: como reduzi-lo e diminuir seu impacto no ambiente

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
o Brasil descarta a cada dia 230 000 toneladas de detritos – e mais
da metade disso corresponde a lixo doméstico

REVISTA VEJA, ANNA PAULA BUCHALLA, semana até 23 de setembro de 2009

"Do total produzido nas casas, apenas 2% é destinado à coleta seletiva", afirma a bióloga Elen Aquino, pesquisadora do Centro de Capacitação e Pesquisa em Meio Ambiente (Cepema), da Universidade de São Paulo. O restante vai parar em lixões a céu aberto ou, na melhor das hipóteses, em aterros sanitários cuja capacidade máxima já está próxima do limite. Para piorar o quadro, muitas vezes o cidadão toma o cuidado de separar metais, vidros, plásticos e papéis acreditando que esses materiais serão reciclados, mas as empresas de limpeza contratadas pela prefeitura acabam por misturá-los num mesmo caminhão. O desempenho das administrações municipais costuma ser um lixo em matéria de lixo, mas não por falta de boas leis. No estado de São Paulo, por exemplo, a legislação obriga todos os condomínios com mais de cinquenta unidades residenciais a ter coleta seletiva de lixo. Uma nova lei publicada na semana passada determina que shoppings, prédios comerciais e indústrias da cidade de São Paulo separem o lixo reciclável. Só poderão ser levados a aterros o lixo orgânico e materiais que não são reaproveitáveis, como isopor, espelhos e papel higiênico. Em que pesem as consuetudinárias dificuldades brasileiras de fazer valer a legislação, e não só quando o assunto é sujeira, é preciso perseverar na divisão do lixo doméstico e, além disso, tentar diminuir a quantidade diária de dejetos. No mínimo, você manterá a consciência mais limpa. A seguir, as quatro soluções domésticas que mais ajudam a reduzir o lixo dentro e, consequentemente, fora de casa.


Separação e reciclagem de papéis,
vidros, plásticos e metais

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil descarta a cada dia 230 000 toneladas de detritos – e mais da metade disso corresponde a lixo doméstico.

Como fazer: evidentemente, usando recipientes diferentes para cada material. Papéis, em geral, são recicláveis, com exceção daqueles sujos. Não podem ser reciclados: fraldas descartáveis, absorventes, papel higiênico, guardanapos de papel, papel-toalha e embalagens metalizadas de salgadinhos. O ideal é que você encontre tempo para verificar se o que separou em casa continuará separado no caminhão de lixo e depois encaminhado, de fato, a uma usina de reciclagem. No mínimo, para não fazer papel de trouxa – que, como todos sabemos, não é reciclável

Vale a pena para a cidade? E como! Os materiais recicláveis representam 70% do volume de lixo produzido numa cidade. Por isso, separá-los dos outros detritos resulta em muito mais espaço nos aterros sanitários

Em quanto reduz a poluição ambiental? A reciclagem retira do lixo uma série de materiais que levariam um tempo assombroso para se decompor – como plástico (450 anos), latas de alumínio (200 anos) ou vidro (1 milhão de anos). Além disso, ao ser reaproveitado, o lixo reciclável economiza recursos naturais. "Uma tonelada de papel reciclado poupa 22 árvores, 75% de energia elétrica e polui o ar 74% menos do que a produção da mesma quantidade de papel com matéria-prima virgem", diz a bióloga Elen Aquino


Compostagem doméstica

Como fazer: pode ser montada em um tambor de plástico. O tamanho da composteira de cascas de frutas, folhas e talos depende muito do espaço disponível para abrigá-la. Para uma família formada por um casal e dois filhos, um tambor de 50 litros é suficiente para comportar o lixo produzido em um mês

1. Para começar, é preciso fazer furos na lateral do recipiente, a fim de escoar o líquido que se forma com a decomposição dos restos. Ele pode ser recolhido em vasilhas. Não se preocupe: esse líquido não é tóxico, ao contrário do chorume dos aterros, que resulta da mistura de outros tipos de detrito

2. Com o recipiente da composteira pronto, forre o fundo com pedrinhas e coloque a primeira camada de lixo orgânico. Em seguida, cubra-a com terra de jardim, folhas secas ou serragem. Vá intercalando as camadas de detritos com esse tipo de cobertura

3. A cada dois ou três dias, revolva camadas e coberturas, para garantir a oxigenação do material e acelerar, assim, a decomposição

4. Uma vez que o recipiente esteja cheio, é preciso esperar em torno de dois meses para que o processo de compostagem se complete. Depois disso, o conteúdo pode ser usado como adubo

Vale a pena? Sim, desde que se tenha clara a destinação do composto. Quem não tem no apartamento ou em casa muitos vasos ou áreas ajardinadas que consumam todo esse adubo deve organizar-se para doá-lo a amigos ou aplicá-lo em áreas verdes da vizinhança

Em quanto (ou como) reduz a poluição ambiental?
Se aliada a um triturador (para os restos de comida), a composteira reduz o lixo doméstico em cerca de 60%


Triturador de lixo na pia

Onde comprar e como instalar: o equipamento é encontrado em lojas de material de construção e custa cerca de 800 reais. Pode ser instalado facilmente por um encanador. Para receber o aparelho, a cuba deve ter um ralo um pouco maior do que o convencional. Além disso, é necessário um ponto de eletricidade embaixo da pia para ligá-lo. O triturador substitui o sifão normal e é ligado à tubulação doméstica

O que faz: tritura restos de frutas, legumes, ossos e cascas de ovos, entre outros resíduos orgânicos, com um consumo médio de energia mensal equivalente ao de uma lâmpada de 100 watts ligada durante uma hora. Os detritos são descartados pelo cano em vez de ir para a lata do lixo

Por que vale a pena: porque facilita o tratamento de parte do lixo orgânico produzido numa casa – desde que, é lógico, ele vá parar numa estação de tratamento de esgoto

Em quanto reduz a poluição ambiental?
Com o triturador, uma família pode reduzir em 40% o volume de lixo orgânico. Isso significa menos detritos nos aterros sanitários – e, consequentemente, menor quantidade de matéria orgânica decomposta na forma de chorume (aquele líquido nojento que polui córregos e rios) e gases do efeito estufa


Coleta de óleo de cozinha usado

Como fazer: guarde o óleo usado em garrafas ou recipientes fechados com tampa e envie-os para reciclagem. Várias ONGs e empresas se dedicam a essa coleta. Em São Paulo, uma das pioneiras é a ONG Trevo (www.trevo.org.br). Por 30 reais, o condomínio pode adquirir um recipiente para recolher o óleo de cozinha usado pelos moradores. A Trevo se encarrega de retirar o material. Quem mora em casa tem de levar o resíduo aos postos de coleta com endereços no site. Na Grande São Paulo e no litoral paulista, outra ONG, a Triângulo, dispõe de 170 postos para a coleta de óleo (veja a lista no site www.triangulo.org.br).
No Rio, a SOS Óleo Vegetal oferece o mesmo serviço. A empresa Ambiental serve cidades do Paraná e Santa Catarina (os endereços dos postos de coleta podem ser solicitados pelo e-mailcontato@ambientalsantos.com.br)

Funciona? Sim, desde que as empresas de coleta sejam confiáveis e de fato deem uma destinação adequada ao óleo. A Trevo, por exemplo, faz o tratamento e encaminha o material para fábricas de biocombustível. A Triângulo, por sua vez, usa o material na fabricação de sabão

Em quanto reduz a poluição ambiental?
De uma forma impressionante. De acordo com cálculos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, cada litro de óleo de cozinha usado pode contaminar até 20 000 litros de água potável.


A quantas anda a reciclagem brasileira

Em catorze anos, o Brasil avançou na coleta seletiva que dá início
ao reprocessamento dos dejetos. Passou de 81 municípios
com esse sistema implantado em 1994 para 405 em 2008. Ainda
é pouco – o número representa apenas 7% das cidades brasileiras.
Mesmo assim, nos itens abaixo, o país figura bem no cenário mundial

Embalagens de alumínio
O Brasil é o campeão, com 94% de reciclagem, à frente de Japão e Argentina (ambos com 90%)

Garrafas PET
O país recicla 51%. Os japoneses, que estão em primeiro lugar, exibem um índice de 62%

Embalagens de Vidro
Os brasileiros superam os americanos, por 46% a 40%


Anote (no bloco de papel reciclado, é claro)

Algumas atitudes que você pode tomar para reduzir ainda mais seu lixo e não prejudicar o ambiente:

Ao substituir um celular, entregue o antigo na mesma loja em que o novo foi comprado. O equipamento será encaminhado ao fabricante, que poderá reaproveitar algumas das peças e dará um destino apropriado às não reutilizáveis

Use cartuchos de impressora reciclados. A fabricação de um único cartucho requer o uso de 5 litros de petróleo e ele demora cerca de cinquenta anos para se degradar naturalmente

Na hora de comprar, dê preferência a embalagens maiores ou retornáveis e produtos com refil.

No supermercado, em vez de alimentos pré-embalados em bandejinhas de isopor (que não é reciclável), prefira comprar a granel

Opte por lâmpadas de baixo consumo. Além de gastarem menos energia, elas duram mais. Mas cuidado ao descartá-las: não podem ir para o lixo comum porque, quando se quebram, emitem vapor de mercúrio. A recomendação é que sejam devolvidas aos estabelecimentos que as vendem

Ao comprar calçados ou roupas, dispense as caixas e folhas de papel
que costumam embalá-los

Fontes consultadas: as biólogas Assucena Tupiassu, professora da Escola Municipal de Jardinagem do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e Elen Aquino, pesquisadora do Centro de Capacitação e Pesquisa em Meio Ambiente (Cepema), da Universidade de São Paulo; a ambientalista Ana Maria Domingues Luz, presidente do Instituto Gea; André Vilhena, diretor executivo do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre); e Helio Padula, gerente do departamento de serviços da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp)
Com reportagem de Iracy Paulina e Jacqueline Manfrin

China responde por 30% dos negócios em Maringá

VINICIUS CARVALHO, O DIÁRIO DE MARINGÁ, 19 de setembto de 2009

O comércio entre a cidade e o país asiático cresceu 61% este ano ante 2008. De lá, vem componentes eletrônicos; para lá, vão grãos. Mas comprar dos chineses não é simples


Mais de 19 mil quilômetros separam Maringá, no noroeste do Paraná, e Xangai, o centro financeiro da China. A impressionante distância – equivalente à metade da circunferência da Terra sobre o Trópico de Capricórnio – foi a rota percorrida por milhares de toneladas de mercadorias este ano. Somados, esses produtos representam um fluxo comercial de US$ 265,744 milhões (R$ 479,930 milhões).

O comércio entre a cidade paranaense e a maior das economias emergentes cresceu 61,3%, na comparação entre os oito primeiros meses de 2009 e 2008. No ano passado, o volume comercial foi de US$ 164,753 milhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Atualmente, de cada três dólares negociados por Maringá no exterior, um deles vem ou vai para a China.

O país asiático recebeu 35,67% de todas as exportações maringaenses e vendeu 30,86% de tudo o que foi importado pelo município. Para a Ásia, Maringá exporta principalmente grãos e açúcar. Da China, o município importa sobretudo equipamentos eletrônicos.

O volume de compras da China pelas empresas de Maringá é oito vezes maior do que as importações da vizinha Argentina. As importações são quatro vezes superiores ao que foi comprado da recessiva economia norte-americana, considerando o período entre janeiro e agosto de 2009.


Preços atrativos

No comércio internacional, um bom desconto compensa qualquer distância. Foi o que motivou o empresário Tico Kamide, integrante de uma joint venture de 55 empresas da região de Maringá – provedores de internet e revendedores de equipamentos eletrônicos – a ir até a China em busca de insumos.

Desde maio de 2008, os empresários já importaram US$ 700 mil em peças e dispositivos de comunicação on line, comprados da cidade industrial chinesa de Shenzhen. “Esses produtos não têm similar nacional, mas se fosse procurar no Brasil, o preço seria 50% mais caro”, afirma Kamide.

O empresário explica que um cabo de rede, item básico para a montagem de equipamentos eletrônicos, custa cerca de R$ 0,50 no Brasil. O chineses conseguem mandar o mesmo produto para cá, com todas as taxas incluídas, por R$ 0,10.

“Não é só a mão de obra barata que permite que os chineses tenham esse preço. Há também a produção em larga escala e a concorrência no mercado deles”, explica Kamide. “Enquanto o Brasil tem apenas um fabricante de fibra ótica, eles têm centenas”, acrescenta.


Processo complexo

Comprar da China não é um processo simples. O empresário precisa ter muita segurança antes de fechar um negócio com fornecedores do outro lado do mundo, que não falam sua língua e vivem numa cultura totalmente diferente da brasileira.

No caso de Kamide, o negócio começou com a Feira de Cantão (Guangzhou) de 2008, que contou com uma comitiva maringaense. Na cidade chinesa, ele entrou em contato com os fabricantes, que prontamente ofereceram um táxi para levá-lo até a fábrica. Lá, o brasileiro conheceu a linha de produção, descreveu o tipo de equipamento que precisava e negociou o preço.

“Com tudo acertado, a gente precisa pagar antes mesmo do item ser produzido. Paguei em julho, mas só recebi os produtos em dezembro”, conta Kamide. Em relação a mercadoria, os chineses são irrepreensíveis.

“Eles fizeram exatamente o que eu pedi, inclusive com a minha marca estampada dentro e fora do equipamento e numeração de série individual”, comenta Kamide. Para garantir que o negócio não traria preocupações, o brasileiro contratou um advogado chinês para checar todos os detalhes da negociação em Shenzhen.

Para o diretor-executivo da trading maringaense W. Intex International, William Costa, garantir a segurança do negócio para o empresário nacional é a principal necessidade para a ampliação do comércio exterior. “O volume de negócios aumentou a partir do momento em que houve maior circulação de informações e o empresário local conseguiu perceber que o mercado externo não é tão distante”, analisa Costa.


Nova geração

Para Costa, o perfil do empresário brasileiro está mudando. “Tivemos várias gerações de empresários com perfil mais conservador, que não admitiam negociações no exterior. As novas gerações sentem uma maior necessidade de aumentar a competitividade”, avalia Costa. “Para isso, estão olhando o mercado como um todo e utilizando o mercado externo de maneira estratégica”, acrescenta.

As trocas com a China modificam o perfil das empresas locais. A economia chinesa, totalmente orientada para a industrialização e exportação, ensina ao mundo qual a postura que se espera dos agentes que atuam no mercado internacional.

“Eles conseguem perceber os efeitos sazonais de cada economia e orientam o comércio de determinado setor para determinado país”, diz Costa. Essa adaptabilidade, que também é característica do empresário brasileiro, pode ser a chave para o avanço da economia local.

Nesse sentido, Maringá ainda precisa superar a fase de exportação de produtos primários, para um patamar em que as exportações sejam de bens prontos para o consumo. Apesar do saldo positivo de US$ 541,866 milhões na balança comercial de Maringá em 2009, o município tem uma pauta em que 93% dos itens são commodities – soja, milho, álcool e açúcar.

PSDB do Paraná lança pré-candidaturas de Beto Richa e Alvaro

GAZETA DO POVO, 19 de setembro de 2009

Será candidato ao governo aquele que estiver melhor nas pesquisas que serão realizadas até junho do próximo ano


O PSDB anunciou neste sábado (19) as pré-candidaturas de Alvaro Dias e Beto Richa para o governo do estado. Com isso, fica praticamente descartada a aliança com o PDT, do senador Osmar Dias, que também é pré-candidato à sucessão de Roberto Requião. Há consenso entre os tucanos, que será candidato ao governo aquele que estiver melhor nas pesquisas que serão realizadas até junho do próximo ano.

O quadro de acordos partidários para a sucessão estadual permanece indefinido, já que legendas como PP e o DEM, que integraram a aliança de 11 partidos que elegeu Beto Richa prefeito de Curitiba em 2008, precisam se adequar às ambições de seus pré-candidatos ao Senado.

O anúncio das pré-candidaturas de Alvaro e Beto ocorreu durante o encontro regional do PSDB, neste sábado, no início da tarde, em Curitiba. Cerca de 3 mil pessoas, de 200 municípios do estado, entre eles políticos de vários partidos, como presidente do PP estadual, Ricardo Barros, deputados do DEM, e lideranças do PPS e do PSB. Os tucanos definiram também que os deputados federais Alfredo Kaefer e Gustavo Fruet são seus pré-candidatos ao Senado.

O encontro do PSDB ocorre dois dias após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter vindo a Curitiba, trazendo em sua comitiva o senador Osmar Dias, deixando claro a sua de intenção fechar uma aliança entre o PT e o PDT no estado, o que permitiria Dilma Rousseff, candidata de Lula a sua sucessão, ter um palanque forte no Paraná para enfrentar o governador paulista, José Serra, candidato favorito à eleição presidencial.

Procurado pela reportagem, Osmar Dias informou, por meio de sua assessoria, que não iria comentar a decisão dos tucanos. O senador lembrou que o PDT já tem sua pré-candidatura e vem percorrendo os municípios paranaenses discutindo um plano de desenvolvimento para o estado.

Ricardo Barros, que é vice-líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, disse que sua presença no encontro do PSDB ocorreu porque ele é presidente estadual de um partido que apoia a coligação que elegeu Beto Richa e que faz parte do seu governo em Curitiba. Questionado sobre quem o PP irá apoiar em 2010, Barros afirmou que ainda é muito cedo, mas o partido tem objetivos para o próximo ano, que deverão ser contemplados para se fechar as alianças. “Nós queremos viabilizar uma coligação nas proporcionais e a candidatura ao Senado”, afirmou o deputado, que é pré-candidato a senador pela legenda.

DEM

O presidente do DEM no estado, deputado federal Abelardo Lupion, que não esteve no encontro tucano, afirmou que em seu partido há correntes que divergem quanto a quem apoiar em 2010. “Nessa grande aliança que elegeu Beto Richa em 2008, o DEM está atuando como 'algodão entre cristais'. O nosso objetivo é tentar manter essa aliança entre os partidos de oposição ao governo Requião”, afirmou Lupion. “Eu, particularmente prefiro que Osmar Dias seja o candidato dessa aliança (entre DEM, PDT e PSDB), porque se o Beto Richa deixar a prefeitura, ela irá ser administrada pelo PSB (partido que compõe a base do governo Lula) e que pode ter como candidato à Presidência o deputado federal Ciro Gomes.”

Apesar de o PSDB ter anunciando seus pré-candidatos, Beto negou que esteja descartada a aliança com Osmar Dias. “Reitero que vamos buscar um grande leque de alianças, muito provavelmente consigamos repetir as que tivemos na última eleição.”

Já Alvaro Dias reafirmou que tem um compromisso com o irmão Osmar e que entre eles há o pacto de somente sair candidato aquele que estiver melhor nas pesquisas de opinião no ano que vem. “Só serei candidato se estiver liderando as pesquisas. Melhor posicionado que Beto e Osmar.” Os discursos de Beto Richa e Alvaro Dias foram de conciliação em torno da unidade do PSDB.

Mau tempo provoca destruição no interior do Paraná

GAZETA DO POVO, 19 de setembro de 2009

Cidades de Apucarana e Atalaia, no Noroeste, somam 245 casas danificadas, 57 quedas de árvore e 28 pessoas desalojadas. Não há registro de desabrigados ou feridos, segundo Defesa JustificarCivil


O forte temporal que atingiu interior na noite de sexta-feira (18) deixou um rastro de destruição em duas cidades do Noroeste do Paraná. Em Apucarana e Atalaia, os ventos e chuvas destelharam casas, derrubaram árvores, placas e postes e deixaram a população em pânico.

Em Apuracana, segundo o telejornal Paraná TV 1ª edição, da RPC TV, foram apenas 15 minutos de temporal, tempo suficiente para derrubar placas de publicidade, toldos, árvores e destruir parte da fiação elétrica, deixando os moradores sem energia por três horas.

De acordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná, pelo menos 55 casas ficaram destelhadas na cidade, mas a contagem ainda não havia sido concluída na tarde deste sábado (19). O Corpo de Bombeiros da cidade fez o corte de 57 árvores que caíram e contabilizou oito pessoas desalojadas, que tiveram de ir para casas de amigos ou familiares. Não houve registro de feridos ou desabrigados.

Em Atalaia, município de apenas quatro mil habitantes, o estrago foi ainda maior. Aproximadamente 200 imóveis foram afetadas pelo mau tempo e entre elas cinco foram completamente destruídas, segundo números preliminares da Defesa Civil. Vinte pessoas estão desalojadas na cidade.

Somente entre as instituições públicas da cidade, foram oito prédios atingidos. Na garagem da prefeitura, o telhado do barracão de madeira desabou sobre ônibus e outros veículos. Dezenas de postes caíram, a fiação elétrica arrebentou e a cidade ainda está sem energia.

Segundo o prefeito de Atalaia, Nilson Aparecido Martins, o município deve declarar estado de emergência, com o objetivo de receber recursos do estado. Para tanto, a Defesa Civil percorre a cidade neste fim de semana para fazer um balanço final sobre os estragos.

Nos demais municípios do Paraná, não houve registros de prejuízos causados pelo mau tempo, segundo a Defesa Civil Estadual.

Chuvas causam cheias em município da região metropolitana de Porto Alegre

GAZETA DO POVO, 19 de setembro de 2009

Rio Gravataí subiu e casas da cidade de Cachoeirinha foram alagadas. Mau tempo nesta semana pôs 25 municípios em estado de emergência


As chuvas deste sábado (19) causaram cheias na cidade de Cachoerinha, na região metropolitana de Porto Alegre, segundo informou a Defesa Civil do Rio Grande do Sul.

De acordo com o órgão, os trabalhos do dia se concentraram no auxílio às famílias que tiveram as residências afetadas. Houve regiões que ficaram "ilhadas" com as cheias. Segundo ele, o nível do rio Gravataí já começou a baixar.

Ao todo, as chuvas e vendavais desta semana colocaram 25 municípios gaúchos em estado de emergência. De acordo com a Defesa Civil, cerca de 2,2 mil pessoas estão desabrigadas - e foram removidas para abrigos temporários, como ginásios de esporte -, enquanto outras 2,2 mil estão desalojadas (removidas para casas de parentes, por exemplo).

Estima-se que, ao todo, 6 mil casas tenham sido afetadas no Rio Grande do Sul pelo mau tempo durante a semana. Neste sábado, a preocupação era de que a situação se agravasse por conta dos ventos fortes previstos para o estado.

Durante a semana, fortes pancadas de chuvas e granizo afetaram cidades como Uruguaiana e São Borja. O rio UruguaiParaná e de Santa Catarina.