quinta-feira, 19 de maio de 2011

Vereadores aliados do prefeito de Cornélio Procópio se furtam à ética e a transparência

INSTITUTO AME CIDADE, 18 de maio de 2011


A Câmara de Vereadores de Engenheiro Beltrão, cidade paranaense entre Maringá e Campo Mourão, cassou o mandato do vereador Francisco de Assis Alves (PSDC). O político era mais conhecido como Chico da Farmácia e estava afastado do cargo pela Justiça desde agosto deste ano. Foi o próprio partido do vereador que protocolou denúncia contra ele na Câmara e na Justiça.

A reportagem sobre o assunto, feita por um site de Engenheiro Beltrão, está abaixo em nosso clipping. O vereador cassado programava congressos para os vereadores para justificar viagens que geravam diárias pagas pela Câmara, mas os tais “congressos” não existiam. A sessão que decidiu a cassação foi acompanhada por moradores da cidade.

Cornélio Procópio tem também uma denúncia sobre o uso de diárias da Câmara que não estão bem explicadas até hoje. A denúncia foi feita pelo Instituto Ame Cidade ao Ministério Público Estadual e ainda está em investigação.

Um fato interessante é que na cidade onde o vereador acabou sendo cassado o esquema foi chamado de “Farra das Diárias”, o mesmo nome que a população deu ao caso ocorrido em Cornélio Procópio e até hoje não resolvido.

Com um comportamento muito diferente dos vereadores de Engenheiro Beltrão, os vereadores procopenses se furtaram ao dever ético que toda Câmara deveria ter. Os três vereadores que tiveram irregularidades no uso de diárias são da base aliada do prefeito Amin Hannouche (PP). E a maioria da Câmara, que é dominada com mão-de-ferro pelo prefeito, não permitiu qualquer investigação sobre o caso.

Vanildo Felipe Sotero, um dos vereadores com diárias mal explicadas é hoje o presidente da Casa e é também do mesmo partido do prefeito, o PP. Os outros vereadores denunciados são Edimar Gomes Filho (PPS) e Sebastião Angelino Ramos (PTB).

Nesta semana, todos eles estavam unidos aos demais vereadores do prefeito para barrar a CEI sobre notas fiscais com indícios de serem falsas que foram encontradas na contabilidade da Prefeitura. Por seis votos a dois, a CEI proposta pela vereadora Aurora Fumie Doi (PMDB) foi recusada em sessão da Câmara nesta terça-feira.

As notas fiscais que parecem falsas foram encontradas em investigação feita pela vereadora Aurora, depois que um pedido de informações dela e do então vereador Élio Janoni (PMDB) foi surpreendentemente aprovado pela Câmara na legislatura passada. Para ler sobre o assunto, clique nas chamadas abaixo.