quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Em Apucarana, ex-presidente da Câmara Municipal é processado pelo Ministério Público e investigado por comissão processante

INSTITUTO AME CIDADE, 10 de agosto de 2011


Em Apucarana, a Câmara Municipal decidiu nesta segunda-feira pela instalação de uma Comissão processante para a apuração de irregularidades na gestão do ex-presidente Mauro Bertoli (PTB). O pedido havia sido protocolado por um cidadão, Jeferson Marques, tendo como base a ação civil pública proposta pelo promotor Eduardo Augusto Cabrini, da Promotoria de Proteção do Patrimônio Público de Apucarana.

A CP vai apurar também se houve participação nas irregularidades do servidor da Câmara, Júlio César Ravazzi Santos, e se na administração de Bertoli ocorreram outras ilegalidades.

Bertoli, que ainda é vereador, é acusado de promoção pessoal num caso até curioso. Ele incluiu em placas de veículos da Câmara as iniciais de seu nome e números que utiliza em suas campanhas eleitorais.

Na ação proposta na última quinta-feira, o Ministério Público do Paraná requer, liminarmente, também a substituição das placas dos veículos oficiais que fazem referência ao vereador. A condenação por ato de improbidade pode levar a sanções como perda da função pública e a devolução aos cofres municipais dos gastos indevidos.

Durante a sessão da Câmara que decidiu pela CP contra o ex-presidente Bertoli, vereadores da base de apoio à administração do prefeito João Carlos de Oliveira (PMDB) saíram em defesa do vereador acusado de promoção pessoal. O prefeito de Apucarana também responde a uma ação do MP por improbidade pessoal. Oliveira é acusado de contratação irregular de uma empresa do de propriedade do ex-prefeito Valter Pegorer. Oliveira é do mesmo grupo político de Pegorer. O vice-prefeito atual é o mesmo Antônio Waldemar Garcia, que foi vice de Pegorer.De acordo com o MP, em 10 anos os gastos foram de R$ 5 milhões.