segunda-feira, 9 de maio de 2011

Enquanto o prefeito não cai na real, Cornélio Procópio acumula problemas

INSTITUTO AME CIDADE, 9 de maio de 2011


Chama a atenção dos procopenses o alheamento do prefeito Amin Hannouche (PP) dos reais problemas de Cornélio Procópio. Sabe-se evidentemente que Hannouche tenta imprimir um clima otimista que favoreça a imagem de sua administração, que já está na metade do penúltimo ano. Ocorre, porém, um efeito contrário ao de suas expectativas, já que suas falas propagandísticas não se ajustam à realidade da cidade. A população comenta bastante em termos parecidos com a opinião de um leitor desse blog na área de comentários: "o prefeito sequer vive a realidade da cidade que 'diz' que administra".

Cornélio Procópio sofre hoje com problemas muito graves, causados em grande parte pela precariedade da infraestrutura do Município, uma deterioração de responsabilidade direta de Hannouche, afinal o prefeito já está chegando ao final de seu segundo mandato sucessivo.

Na semana passada, durante a cerimônia de transmissão do cargo ao vice João Carlos Lima (PT), as palavras ditas por Hannouche com muita pompa revelaram uma constrangedora falta de sintonia com os graves problemas que afligem o procopense, alguns deles até colocando em risco a saúde e a integridade física da população.

No caso da saúde, Cornélio Procópio tem sido até motivo de reportagens explosivas na imprensa estadual. A cidade tem altos índices de dengue. Como já noticiamos aqui, este ano o município alcançou o maior índice de infestação de dengue no Estado considerando-se a relação entre o número de habitantes e de casos notificados. A cidade já tem uma morte pela doença.

Outro problema que fica cada vez mais grave é o da segurança. O procopense sofre com roubos, furtos, assaltos, tráfico de drogas e também homicídios, com índices que colocaram a cidade neste primeiro trimestre a frente de todos os municípios paranaenses. Os dados são do relatório estatístico criminal divulgado nesta quarta-feira pela Secretaria de Estado da Segurança Pública.

No caso da violência, nos últimos dias a realidade deu um tranco no discurso alienado do prefeito Hannouche. Quando deu posse ao vice João Carlos Lima, o prefeito disse, falou entre outras coisas, em “tudo de bom que está acontecendo em nosso município”, tentando situar sua administração numa posição de alta eficiência, e aproveitou para dizer o seguinte: “Neste momento encaminhamos para uma posição de destaque em relação a outros municípios”.

Porém, a realidade trouxe de imediato para Hannouche e seus aliados uma mostra de como está o cotidiano da cidade. Na mesma semana, houve um terrível assalto na casa do filho do vereador Sebastião Lagoa, aliado e do mesmo partido do prefeito.

Nos mesmos dias, Hannouche teve também sua casa invadida por bandidos. O prefeito fez a apologia de sua administração no último dia 29, na posse do vice. Pois no dia seguinte bandidos entraram na sua casa, mas felizmente foram afugentados pela intervenção da polícia. Convém apontar que o prefeito mora numa região nobre da cidade, em uma residência de alto padrão e com toda a segurança possível hoje em dia.

A tentativa de assalto na casa do próprio prefeito faz lembrar a “posição de destaque” de que ele falou em seu discurso. Há cerca de duas semanas Cornélio Procópio foi motivo de uma reportagem especial da RPC TV sobre o preocupante índice de homicídios. O índice de assassinatos na cidade proporcionalmente supera o de Londrina e Curitiba. De janeiro a março, foram 17 homicídios, contra 12 no mesmo período do ano passado.


Cornélio Procópio violenta
Veja na RPC TV
reportagem sobre
o alto alto índice
de homicídios em
Cornélio Procópio

A passarela de Cornélio Procópio pede socorro: com o descuido de uma má administração os bens públicos vão se deteriorando

INSTITUTO AME CIDADE, 9 de maio de 2011


Os problemas de infraestrutura urbana causados pela administração de Amin Hannouche (PP) em Cornélio Procópio causam um desconforto cotidiano aos cidadãos procopenses. O conjunto de serviços públicos da cidade tem funcionado de forma precária. O desmazelo tomou conta da cidade, deixando locais importantes com aspecto de descuido e muita sujeira. Há também uma falta de atenção com a manutenção do patrimônio público, que em alguns casos pode até colocar em perigo a integridade física da população.

Um desses bens públicos dos procopenses que sofreu tanto descuido foi a passarela que passa sobre a antiga estação ferroviária da cidade. A passarela foi inaugurada em setembro de 2002, na administração do prefeito José Antônio Otoni Fonseca. E nos dois mandatos de Hannouche não teve nenhum serviço de manutenção. Como ela é toda feito em ferro, a ferrugem foi consumindo a estrutura em vários pontos, de forma que hoje a obra apresenta até o risco de se romper em alguns lugares.

Além de ser uma obra prática que facilita a mobilidade de milhares de pessoas, esta passarela de Cornélio Procópio também teve nesses quase dez anos um papel de integração urbana muito importante para a cidade, pois acabou com uma divisão que era forçada pela linha do trem. A passarela incorporou o centro a vários bairros com uma passagem segura que facilitou uma caminhada que antes era até um risco de vida por causa dos trens que passam pela cidade.

O estrago causado pela desatenção pode ser visto nesta foto feita pelo Instituto Ame Cidade. Os pontos de ferrugem se espalharam pela passarela e em muitos pontos a deterioração já destrói a estrutura.

Hoje, a passarela está com ar de abandonada. Suas imediações não recebem um serviço permanente de limpeza, o que faz o lixo se acumular e o mato tomar conta. Existe até o risco dela acabar tornando-se inviabilizada se a Prefeitura não tomar medidas urgentes de reparo.

É claro que quando afinal esses necessários reparos forem feitos a conta ficará bem cara para os cofres da Prefeitura e, por extensão, o bolso do contribuinte. Isso obviamente não ocorreria se o prefeito cumprisse com seu dever de fazer a manutenção correta nesses mais de seis anos de sua administração.

Falta de segurança força o procopense a temer até marca de tinta na parede

INSTITUTO AME CIDADE, 9 de maio de 2011


O grave problema da insegurança em Cornélio Procópio acabou criando um clima de paranóia na cidade. E não é para menos. O índice de criminalidade é alto e a cidade tem pontos que acabaram se tornando áreas de alto risco em razão da falta de cuidados por parte da Prefeitura. Tem muitos lugares na cidade em que depois que o sol se põe o procopense não pode mais frequentar. Em alguns é bom ter todo cuidado até durante o dia.

O clima de paranóia foi ao extremo nos últimos dias com o surgimento de uma estranha marca de tinta nos muros de várias residências e prédios comerciais da cidade. Como o procopense vive hoje com temor, imediatamente o acontecimento foi vinculado a algum possível ato de violência premeditada.

Existe até o temor de que a marca feita com um spray de tinta faça parte de um plano criminoso de ladrões de residências, como conta o jornalista Odair Matias, em seu blog na internet. Matias, que tem um programa diário na Rádio Cornélio, emissora de maior audiência entre os procopenses, recebeu várias manifestações de ouvintes trazendo esta preocupação. Veja acima a foto retirada de seu blog.

A marca pode ser também alguma ação de jovens com a intenção de criar alguma expressão supostamente criativa na cidade pichando com a marca colorida as paredes. Talvez até uma infeliz tentaiva de marketing comercial.

De qualquer forma, o medo criado entre a população por um simples borrão de tinta demonstra que, ao contrário do que se fala em gabinetes confortáveis, Cornélio Procópio não está nada bem.

A população de Cornélio Procópio não merece isso. Aliás, como diz a moçada, ninguém merece.