terça-feira, 23 de março de 2010

Paulo Maluf é incluído em alerta vermelho da Interpol e pode ser preso em 181 países por corrupção


INSTITUTO AME CIDADE, 23 de março de 2010

O deputado federal Paulo Maluf, uma das lideranças mais importantes do Partido Progressista, o PP, foi incluído na lista de procurado da Interpol. Agora, se entrar em qualquer um dos 181 países que são membros da Polícia Internacional, ele pode ser imediatamente preso. Flavio Maluf, filho do deputado, também aparece na lista de procurados do site da Interpol acusado dos mesmos crimes e no mesmo processo que envolve o pai.

O nome de Paulo Maluf foi para a lista de procurados da polícia internacional a partir de solicitação dos Estados Unidos. O líder pepista foi incluído após investigação conjunta de promotores brasileiros e americanos, iniciada no Brasil em 2001. Segundo o jornal O Globo, em 2007, a Justiça americana determinou a prisão de Maluf pelos crimes de conspiração, auxílio na remessa de dinheiro ilegal para Nova York e roubo de dinheiro público em São Paulo.

O jornal carioca revela que Maluf é acusado de desviar recursos das obras da Avenida Água Espraiada e remetê-los para Nova York, e em seguida para a Suíça, Inglaterra e Ilha de Jersey, um paraíso fiscal. O MP paulista divulgou que parte do dinheiro era investida na Eucatex, empresa do ex-prefeito em São Paulo.

Nos Estados Unidos existe uma denúncia do promotor Robert Morgenthau, de que o líder pepista teria enviado, de janeiro a agosto de 1998, US$ 11,68 milhões de fundos roubados para uma conta nos Estados Unidos, que teria servido de ponte para encaminhar o dinheiro para a Ilha de Jersey.

Enquanto seu nome permanecer na lista de procurados, Maluf só fica salvo da cadeia no Brasil, onde apesar da Interpol também atuar a decisão da prisão na pode ser cumprida. Segundo a legislação brasileira, nenhum brasileiro nato pode ser extraditado.

Aqui, as ações penais de corrupção contra o líder nacional do PP aguardam julgamento no Supremo Tribuna Federal (STF), já que como deputado o acusado goza de foro provilegiado. As ações contra Maluf estão sob análise do ministro do STF Ricardo Lewandowski, que precisa se apressar. Elas prescreverão se não forem julgadas até daqui aproximadamente um ano.