quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Prefeito é processado por improbidade administrativa pela terceira vez

FOLHA DE LONDRINA, 9 de setembro de 2009

Prefeito de Terra Rica, que já tem contas bancárias, veículos e imóveis bloqueados pela Justiça, agora é acusado de fraude em licitação

A promotoria de Justiça de Terra Rica, quase divisa com São Paulo, ajuizou nesta quarta-feira (9), ação civil pública por prática de ato de improbidade administrativa contra o atual prefeito, o ex-diretor da SAMAE, empresa de água municipal, e outras sete pessoas.

Este é a terceiro processo proposto pelo MP-PR contra o prefeito Municipal. Devalmir Molina Gonçalves, e o ex-diretor da SAMAE, Marco Antônio Machado, já estão com as contas bancárias, veículos e imóveis bloqueados por conta de outras duas ações de improbidade, ajuizadas pelo Ministério Público este ano.

Nesta terceira ação, a promotoria de Justiça sustenta um novo esquema de fraude em licitação. A suposta fraude teria ocorrido na compra de cloro para a SAMAE, o que teria onerado em R$ 17mil os cofres municipais (valores não corrigidos).

De acordo com o promotor de Justiça Lucas Junqueira Bruzadelli Macedo, em janeiro deste ano, omitindo-se propositalmente em fiscalizar irregularidades, o prefeito teria autorizado a compra de cloro para a empresa de água municipal da firma Quibrás, de Maringá, que teria sido favorecida na licitação por Marco Antônio Machado. Segundo a Promotoria, Machado, é amigo íntimo, ex-empregador e foi o principal cabo eleitoral de Devalmir na última campanha, sendo o próprio prefeito quem o nomeou para o cargo comissionado de Diretor da SAMAE.

A principal prova da fraude na licitação, no entender da Promotoria, é a falta de quatro dos seis envelopes que deveriam ter sido entregues pelas três supostas empresas que teriam disputado a concorrência. Estes envelopes ainda deveriam estar lacrados e seriam abertos no dia do julgamento das propostas. No entanto, durante as investigações, o MP-PR só encontrou dois envelopes anexados à licitação, que visivelmente nunca foram lacrados.

Outra prova apontada pelo promotor de Justiça, é o testemunho de servidor público da SAMAE que afirmou ter ido à empresa Quibrás, de Maringá, e à empresa Potável, de Paiçandú, sob ordens de Marco Antônio Machado, para buscar documentos e propostas de preços antes mesmo da publicação do edital da licitação, sendo que, posteriormente, o funcionário deveria "montar" o procedimento licitatório como se a empresa Quibrás tivesse sido a vencedora da licitação.

Foi mesmo um tornado que atingiu 15 comunidades em Santa Catarina

GAZETA DO POVO, 9 de setembro de 2009


A força do vento que que atingiu a velocidade de 117 quilômetros por hora e durou cerca de 90 minutos, destruiu casas, galpões, aviários, pocilgas, reflorestamento e deixou matas nativas totalmente arrasadas

A cidade catarinense de Guaraciaba foi atingida por um tornado na madrugada de terça-feira (8), causando destruição em 15 municípios e a morte de quatro pessoas, segundo a Defesa Civil. A informação de que o vendaval que atingiu a velocidade de 117 quilômetros por hora tratava-se de um tornado foi confirmada pelo Centro de

Informações de Recursos Ambientais e Hidrometeoroloiga de Santa Catarina (Ciram).
Segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (9), cerca de 170 famílias estão desabrigadas em Guaraciaba e 60 delas perderam todos os bens. As quatro vítimas fatais foram uma mulher de 40 anos, uma idosa de 80, um idoso de 94 e uma criança de 9 anos. Uma pessoa continua internada em estado grave.

As dez equipes, formadas por 32 policiais militares, 30 bombeiros e dezenas voluntários, continuam os trabalhos de socorro às vítimas, desobstrução de ruas, corte de árvores e distribuição de lonas. De acordo com o governo, a força do vento que durou cerca de 90 minutos, destruiu casas, galpões, aviários, pocilgas, reflorestamento e deixaram matas nativas totalmente arrasadas.

Duas escolas estaduais foram atingidas. A Sara Castelhano Kleinkauf, no centro da cidade, teve o telhado e paredes do ginásio, inaugurado no início de 2008, arrancadas e jogadas sobre os blocos de salas de aula. A EEB Julio Vicente de Pelegrin, na Linha Guataparema, foi totalmente destruída, assim como o ginásio, que teve telhado e paredes jogados ao chão. Outras escolas estaduais do município também foram atingidas, mas com menor intensidade. As aulas estão suspensas.

Paraná está em segundo lugar no ranking de acidentes no país

GAZETA DO POVO, 9 de setembro de 2009

Estado teve 17 mortes nas estradas estaduais e federais e prisão de 26 motoristas por embriaguez ao volante


Dezessete mortes foram registradas nas rodovias estaduais e federais que cortam o Paraná de sexta-feira até as 20 horas de ontem. Foram 440 acidentes, com 349 feridos. No balanço nacional, o Paraná foi o segundo estado com mais acidentes nas rodovias federais, atrás de Minas Gerais, e o terceiro no número de mortes, atrás de Minas Gerais e da Bahia.

Ontem, nenhuma morte havia sido registrada. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), metade dos veículos retornou na segunda-feira e outra metade voltou ontem. Mesmo assim o fluxo foi intenso, principalmente na BR-376, entre Paraná e Santa Catarina. No início do feriado, o fluxo sentido Santa Catarina teve picos de 3,5 mil veículos por hora. A PRF registrou nove mortes nas rodovias federais.

A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) registrou 162 acidentes e oito mortes. No mesmo período de 2008, aconteceram 205 acidentes e 19 mortes. Segundo a PRE, não se pode comparar os dois anos. Em 2008, o feriado não foi prolongado e a PRE fiscalizava 3 mil quilômetros a mais de rodovias, pois em maio último 12 mil quilômetros de rodovias federais que estavam sob controle da PRE passaram para a PRF.

Os policiais rodoviários também aumentaram a fiscalização sobre a embriaguez ao volante. Durante o feriado, 11 mil motoristas no Brasil fizeram o teste do bafômetro, resultando em 229 prisões. No Paraná, a PRF prendeu 26 motoristas embriagados. Outros 34, com nível inferior de álcool no sangue, receberam multa no valor de R$ 957.

Jacarezinho marca hora para comércio fechar e proíbe aglomerações

O DIÁRIO DE MARINGÁ, 9 de setembro de 2009

Secretária da Prefeitura diz que "toque de recolher" é interpretação errada da imprensa. Medida, segundo ela, pretende apenas evitar aglomeração junto ao comércio


No município de Jacarezinho, no Norte Pioneiro do Paraná, um decreto assinado pela prefeita Tina Toneti (PT) determina que estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços encerrem as atividades diariamente às 18h30, sobretudo, em finais de semana e feriados. O objetivo é evitar o aumento de casos de influenza A (H1N1) – gripe suína – na cidade, que tem cerca de 40 mil habitantes.

Desde ontem (8), data da publicação do Decreto 2078/2009, está proibida a aglomeração de pessoas nas vias públicas do município, especialmente em pontos próximos a bares, lanchonetes ou casas de shows. A multa para quem desobedecer à determinação será de R$ 300.

Está proibida também a realização de eventos de qualquer natureza, públicos ou particulares, em locais fechados ou ao ar livre, até o dia 27 de setembro. A recomendação inclui eventos de natureza religiosa. O descumprimento implicará multa de R$ 1,5 mil para cada evento realizado. Estão suspensas ainda as atividades escolares municipais, tanto da rede pública quanto da privada, no período compreendido entre 8 e 27 de setembro.

Segundo a secretária de Assuntos Jurídicos da prefeitura, Leana Maria Bacon, a imprensa está interpretando de forma incorreta o decreto, afirmando que há toque de recolher na cidade e que qualquer pessoa que sair às ruas à noite será multada. “Isso não é verdade. O que acontece é que, mesmo com os bares fechados, a população costuma se reunir em grupos nas proximidades desses locais e é isso que queremos evitar. As aglomerações devem ser evitadas em qualquer horário” explicou à Agência Brasil.

De acordo com último boletim da Secretaria de Saúde do Paraná, o município tem 228 casos confirmados da doença e oito mortes. “O número de casos confirmados tem aumentado a cada semana e estamos considerando que o clima frio é propício à proliferação do vírus. Segundo previsões da meteorologia, existe grande probabilidade de queda de temperatura nos próximos dez dias. De acordo com os monitoramento realizado nas escolas, aumentaram os casos suspeitos em professores e em outros profissionais da área educacional, tudo isso foi determinante para a assinatura do decreto” , afirmou a secretária.

Secretário de saúde de Londrina diz que população diminuiu os cuidados para a prevenção da gripe A

JORNAL DE LONDRINA, 9 de setembro de 2009

Último balanço mostrou aumento no número de internações na cidade. Secretário alerta que as pessoas não devem abandonar a rotina de prevenção, pois a gripe perdeu a força, mas não acabou


O secretário de Saúde de Londrina, Agajan Der Bedrossian, mostrou-se preocupado com a diminuição dos cuidados para prevenir a gripe A H1N1. Segundo o secretário, medidas de prevenções básicas, como lavar as mãos, estão deixando de ser rotina. “Alertamos as pessoas para o fato de que a nova doença está perdendo força, mas ainda não acabou. Estamos percebendo uma diminuição na preocupação das pessoas, principalmente dos jovens que sempre estão em grande aglomeração”, disse.

Esse “relaxamento” também está sendo sentido nas farmácias, onde a procura por álcool gel caiu consideravelmente nas últimas semanas. Segundo a farmacêutica da Drogamais, Hilda Sakashita, enquanto na época do pico da pandemia eram comercializados até 50 produtos (entre embalagens grandes e pequenas) nos últimos dias a procura quase não existe. “Antes a procura era constante. Nesta quarta, vendi apenas um álcool gel, depois de dias sem vender nada. Os atacadistas estão até baixando o preço do produto para tentar vender para as farmácias”, disse.

Na Rede Vale Verde a procura por álcool gel caiu 80%. O diretor comercial, Rubens Augusto, disse que no início de agosto eram comercializadas até 500 unidades do produto. “Com essa queda, percebemos que não está havendo a reposição do material, pois as embalagens mais vendidas foram as pequenas. Isso indica que as pessoas não estão usando mais o álcool gel como antes”, afirmou.

O último balanço oficial da gripe A H1N1 em Londrina, divulgado no final da tarde de terça-feira (8), mostrou que houve um aumento no número internações com suspeita da doença. De acordo com o levantamento, 100 pacientes ocupam leitos comuns e 18 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No balanço da sexta-feira (4), 69 pessoas estavam internadas em leitos comuns e 22 em UTI.

Bedrossian informou que a Secretaria está atenta para esse aumento e está investigando as possíveis causas que levaram a esse “soluço”, como classificou. “Nas epidemias esses pequenos surtos são chamados de soluços. Tivemos o feriado prolongado, onde ocorreu uma grande circulação de pessoas chegando e saindo da cidade. Nessa época, as pessoas também deixam os cuidados mais soltos. Ainda não temos uma avaliação final do que aconteceu”, explicou.

Segundo o secretário, uma análise melhor da situação sairá com os dados do balanço oficial desta quarta-feira. “Esperamos os dados deste levantamento para, junto com a análise de outros fatores, como o climático, traçarmos a situação real da doença”, afirmou.


Em relação ao número de pessoas atendidas no Centro de Referência, localizado no Pronto-Atendimento Municipal (PAM), Bedrossian disse que houve uma diminuição da procura. “Pelos últimos relatos, houve uma queda no número de pessoas que procuraram o PAM com sintomas da nova gripe. Isso faz com que ficamos ainda mais alerta para descobrir o motivo desse aumento de internações”, disse.

Tempo de temporais e de falta de políticas públicas de qualidade

Falta de harmonia entre administração pública e meio ambiente, além de graves problemas estruturais, fazem das nossas cidades um cenário desastroso depois de chuvas fortes

INSTITUTO AME CIDADE, 9 de setembro de 2009

O temporal que caiu ontem sobre o sudeste e o sul do país trouxe as notícias dos graves problemas de sempre, com a diferença que as dificuldades típicas do verão vieram antes, ainda no inverno.

O Brasil não cria infraestrutura para evitar problemas previsíveis que poderiam ser evitados com políticas públicas de qualidade. A falta de planejamento e a falta de políticas públicas eficazes e duradouras, que não se circunscrevam aos limites entre uma eleição e outra, como tornou-se prática em nosso país, acaba trazendo prejuízos pesados. O resultado final são gastos ainda maiores para consertar o que poderia ser impedido de acontecer.

Alguns políticos podem até alegar causas naturais para eventos que todos os anos causam desastres no país, mas não podemos esquecer que mesmo a cada vez mais violenta ação da natureza também têm raízes no mau planejamento, que não compatibiliza o necessário equilíbrio entre progresso e meio ambiente.

Além disso, outra praga que inviabiliza a criação de melhores tempos para as nossas cidades é a falta de ética. Por trás de tudo, às escondidas, a corrupção desvia grande parte das verbas públicas, que fazem muita falta em obras de infraestrutura que poderiam evitar sofrimentos que são consequência da falta de prevenção e planejamento.

Boa administração nos tempos em que vivemos significa criar também uma relação harmoniosa entre as nossas cidades e o meio ambiente. Hoje já está definitivamente provado que só é possível alcançar o bem estar duradouro estabelecendo um equilíbrio entre o que vem sendo construído pelo ser humano nos últimos séculos e o que a natureza fez durante milhões de anos.

Abaixo, publicamos uma seleção do noticiário sobre os problemas enfrentados em quatro estados brasileiros com o temporal.

Temporais causam estragos em 41 cidades do Paraná

MARCOS XAVIER VIOCENTE, 9 de setembro de 2009

Os maiores estragos foram na Região Sudoeste do estado, principalmente na cidade de Santo Antônio do Sudoeste, onde 82 pessoas ficaram desabrigadas e 640 desalojadas


As fortes chuvas que caem desde a madrugada dessa terça-feira atingiram 41 municípios do Paraná. De acordo com a Defessa Civil, cerca de 7 mil pessoas foram afetadas pelo granizo e o vento forte que atingiram aproximadamente 2 mil casas. Os maiores estragos foram na Região Sudoeste do estado, principalmente na cidade de Santo Antônio do Sudoeste, onde 82 pessoas ficaram desabrigadas e 640 desalojadas.

Na região de Curitiba, o estrago maior foi em Tijucas do Sul. Por volta de 1h40 desta terça, começou uma chuva de granizo que durou 6 minutos - o suficiente para desalojar famílias de 163 residências. Depois do granizo, a chuva continuou até por volta de 5 horas. Ninguém ficou ferido.

A área rural do município foi a mais atingida pela chuva da madrugada, principalmente as localidades de Lagoinha, Gama e Ximbuva. Além das residências, dez granjas também foram atingidas pela chuva de granizo em Tijucas do Sul. "As pedras de granizo chegaram ao tamanho de metade de um ovo", explica o coordenador da Defesa Civil do município, Rodrigo Camargo.

A Defesa Civil estadual encaminhou a Tijucas do Sul 4,2 mil metros quadrados de lona para as famílias atingidas. Até quarta-feira a prefeitura deve finalizar a contabilidade dos estragos. Serão distribuídas telhas para os moradores repararem os estragos.

A chuva desta terça também causou estragos em São José dos Pinhais, Pinhais e Colombo, onde houve alagamentos. Em São José dos Pinhais, os ventos fortes derrubaram árvores em cima de três residências.
Alerta

A Defesa Civil estadual emitiu nesta terça à tarde comunicado de alerta aos municípios de Almirante Tamandaré, Itaperuçu e Campo Magro, todos também na região metropolitana de Curitiba. De acordo com o major Gabriel Mocellin, coordenador da Defesa Civil na região metropolitana, a previsão do Instituto Simepar indicava chuva de granizo nessas cidades no fim da tarde e começo da noite desta terça-feira. "Enviamos o comunicado para que a Defesa Civil desses municípios fiquem preparadas para agir rápido se a chuva de granizo se confirmar", explica o major.

Ventos de 72 km/h causam estragos em Londrina

JORNAL DE LONDRINA, FÁBIO LUPORINI, 9 de setembro de 2009

Bombeiros precisaram interditar rua para remover o outdoor danificado. Ninguém ficou ferido


Três árvores caíram e um outdoor foi danificado em decorrência de um rápido e forte vendaval acompanhado de chuva que atingiu Londrina no início da tarde desta terça-feira (8). Esse foi o resultado dos ventos de 72 quilômetros por hora, registrados pelo Instituto Tecnológico Simepar na estação próxima ao Iapar, na PR-445, por volta das 15 horas. Ao todo, choveu 3,2 milímetros.

De acordo com o subtenente Paulo de Tarso Figueiredo, um outdoor foi danificado na Avenida Higienópolis, mas sem provocar queda de energia na região. “Apesar da queda, ninguém ficou ferido”, disse. Segundo funcionários da Escola de Circo de Londrina, que fica próxima ao local, os bombeiros interditaram a rua para remover o outdoor danificado, que corria o risco de cair em cima dos carros que passavam pela Higienópolis.

As árvores caíram na Avenida Santos Dumont, em cima de um carro, na Avenida Maringá e na Guarda-Mirim.
Primeiro de Maio

Chuva e ventos fortes, com velocidade aproximada de 100 quilômetros por horas, assustaram os visitantes de uma festa de rodeio em Primeiro de Maio, Norte do estado, a 63 km de Londrina, na noite da segunda-feira (7). Segundo o Corpo de Bombeiros de Londrina, 14 pessoas ficaram feridas, sendo três em estado mais grave que foram encaminhadas para hospitais de Ibiporã e Londrina, com a queda de um palco.

Temporal de inverno mata 7 e causa caos em São Paulo e no Sul

GAZETA DO POVO, 9 de setembro de 2009

Rio Tietê transborda pela primeira vez desde 2005; deslizamento em Itaquera deixa 2 crianças mortas; em Osasco, 1 pessoa morre e 3 estão desaparecidas; no Sul e na Argentina, mais vítimas e cidades destruídas

Sul e Sudeste enfrentaram ontem dificuldades típicas de verão, com enchentes em 4 Estados, alagamentos e 7 mortes, mas ainda no inverno. A capital paulista registrou o dia de setembro mais chuvoso da história, com 62,6 mm de precipitação até as 15h. Um fenômeno climático atípico, fora de época, causou a tragédia. Os problemas começaram no sul da Argentina, onde tornados mataram 10 e feriram 50 na segunda-feira. Na madrugada, os ventos de mais de 100 km/h chegaram ao Sul do Brasil e causaram a morte de 4 pessoas em Guaraciaba, extremo oeste de Santa Catarina. Há dezenas hospitalizadas. Pelo menos 70% das casas da cidade sofreram danos.

Poucas horas depois, pela manhã, os temporais chegaram à Grande São Paulo. Três pessoas morreram e três continuavam desaparecidas até as 23h, após a queda de um muro de uma escola, na zona leste da capital, e um deslizamento de terra em Osasco. Entre os mortos, duas crianças (Itaquera) e uma mulher (Osasco). Mas pode haver mais vítimas. Pelo menos dois socorridos pelos bombeiros estavam em estado grave. Além disso, em um dos momentos mais graves, cerca de 3 mil atendimentos dos serviços 190 e 193 deixaram de ser feitos, por causa de uma pane no sistema telefônico.

E foi mais um dia de caos no trânsito. A Marginal do Tietê transbordou pela primeira vez desde 2005. Houve 93 pontos de alagamento - 24 intransitáveis, segundo a Defesa Civil do Município -, o trânsito ficou acima da média desde 8h. O pico de lentidão ocorreu às 19h: 160 km.Pelo menos 12 árvores caíram em várias regiões. Três delas provocaram corte de energia em Itaim-Bibi, Ipiranga e Vila Mariana, zona sul. Pirituba, na zona norte, Lapa e Barra Funda, na zona oeste, sofreram mais com a falta de luz - um raio caiu sobre uma estação de transmissão e interrompeu por 38 minutos o fornecimento.

As principais estradas paulistas tiveram lentidão na chegada à capital e as pistas centrais da Via Anchieta, nos dois sentidos, foram fechadas por causa do transbordamento do Ribeirão dos Couros. Entre os aeroportos, Cumbica e Congonhas tiveram voos transferidos para outros Estados.

O governo do Estado afirmou que as obras de aprofundamento da calha do Tietê reduziram os problemas. O governador José Serra (PSDB) determinou que os trabalhos sejam prorrogados por um ano. O prefeito Gilberto Kassab (DEM) destacou que se fez "todo o trabalho de drenagem". "Isso para que a cidade suporte a chuva qualquer que seja a intensidade." Ele afirmou não ter reduzido, neste ano, o investimento em controle de cheias - R$ 132,8 milhões até julho - e atribuiu qualquer responsabilidade por problemas aos governos que o antecederam.

Chuva recorde para São Paulo e altera rotina das empresas

VALOR ECONÔMICO, 9 de setembro de 2009

As chuvas fortes que castigaram São Paulo desde o início da manhã até à tarde de ontem prejudicaram completamente a rotina da cidade, dos moradores, das empresas e do transporte. Os rios Tietê e Pinheiros transbordaram, provocando a interdição das duas marginais, cerca de 70 pontos de alagamento foram formados, houve queda de dezenas de árvores e duas crianças acabaram morrendo, soterradas por um deslizamento de terra, na Zona Leste . Em Osasco, na região metropolitana, outra pessoa morreu, também soterrada.

Em sete horas, choveu mais da metade do esperado para todo o mês de setembro na capital paulista, informou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). De acordo com os meteorologistas, o índice de chuva de ontem foi de 70 milímetros das 8 horas até às 17 horas. Foi o maior volume de chuvas no período de 24 horas em um mês de setembro desde 1943, início das medições do Inmet. As rajadas de vento na Zona Norte chegaram a 53 quilômetros por hora.

Os congestionamentos, fora do período de pico, chegaram aos 140 quilômetros. Em muitas ruas, o lixo acumulado foi levado pelas águas, tampou bueiros e chegou a invadir moradias, como na favela do Sapo, na Zona Norte, onde os moradores, revoltados, recolheram o entulho e o jogaram na Marginal Tietê, prejudicando ainda mais a circulação dos veículos.

Na sede da Nestlé, na avenida Chucri Zaidan, Zona Sul, os telefones não funcionaram na maior parte do dia. Quem pode trabalhar em casa, teve a permissão da empresa. Segundo a assessoria de imprensa, não houve aumento no número de faltas, uma vez que a maioria das pessoas inicia o expediente entre 7h30 e 8h30 - horário em que o trânsito ainda estava tranquilo. Mas os funcionários passaram o dia sem saber como iriam conseguir voltar para casa. A Tetra Pak, que tinha sua sede na avenida Luis Carlos Berrini, também na Zona Sul, não teve sorte ao inaugurar seu novo endereço, na avenida das Nações Unidas, próximo ao Shopping Villa Lobos. A partir das 12 horas, o acesso à empresa se tornou impossível, uma vez que o trânsito na marginal Pinheiros ficou totalmente parado, com motoristas abandonando os carros na pista. "Até ás 18 horas, o escritório ficou completamente sem rede (internet) ou telefone", relatou Claudio Righi, gerente geral da multinacional sueca.

Na Bombril, em São Bernardo do Campo, muitos executivos também preferiram trabalhar em casa. Marco Aurélio Guerreiro de Souza, diretor financeiro e de relações com investidores, por exemplo, teria de decolar do Rio de Janeiro às 7h30. O avião, entretanto, só conseguiu voar às 11 horas. "Só consegui chegar em meu apartamento às 16h30", disse ele ontem à tarde, após enfrentar mais cinco horas de engarrafamento. Na Bombril, os telefones também tiveram pane.

Outras empresas, como Hypermarcas, Herbalife e Carrefour ficaram o dia todo com as linhas de telefone mudas e celulares funcionando apenas em alguns intervalos do dia.
O transporte de passageiros e de cargas foi muito afetado. O presidente da transportadora Trafti, Marco Antonio Capitanio, disse que os atrasos das entregas ficaram muito acima do normal para dias de chuva. "A média de atraso de hoje (ontem) girou em torno de 5 horas, em média. Em uma situação de chuvas consideradas normais e agravamento do trânsito, normalmente, gera atrasos entre 1 hora e 2 horas."

O transporte aéreo também foi afetado. No aeroporto internacional de Guarulhos, oito voos foram desviados para outros aeroportos de manhã. Outros oito (5%) foram cancelados e pelo menos 81 (49%) atrasaram . Em Congonhas, 67 (40%) dos 168 voos programados atrasaram e 26 (15%) foram cancelados.

O setor de construção civil é um dos que mais sofre com qualquer chuva, ontem foi duramente afetado. Segundo fontes do setor, em um dia como o de ontem os canteiros de obras ficam totalmente paralisados e há o risco de alguns trabalhos terem de ser refeitos. Todos os serviços externos, como fundação, escavação, fachada, concretagem, pintura e impermeabilização, não podem ser feitas em dias de chuva. "O risco de acidentes de trabalho é maior", afirma Carlos Borges, diretor de tecnologia
do Secovi. "A execução da obra fica bastante comprometida em dias de chuva."

Ainda que o ciclo da construção seja longo, as chuvas fora de época atrapalham ainda mais. "A indústria já planeja dias de não produtividade, mas não no mês de setembro", afirma Eduardo Zaidan, diretor do Sinduscon. Quando as aprovações permitem, as empresas procuram antecipar a fase inicial da obra - a fundação - para antes do verão, por exemplo. "Ninguém posterga, mas muita gente antecipa para tentar fugir da chuva, quando é possível", diz Borges.

Vários serviços de construção são terceirizados e, nesse caso - já prevendo chuva - a empresa contratante paga por produtividade e não por dia útil. O prejuízo fica com a empresa que executa o serviço.

Após 4 anos, Rio Tietê transborda com metade da chuva

O ESTADO DE S. PAULO, 9 de setembro de 2009

O Rio Tietê transbordou ontem depois de quatro anos. Cansados, motoristas chegaram a desligar os motores e descer dos carros. Às 19h, havia 160 km de lentidão na capital paulista - e o rodízio foi suspenso pela Prefeitura, no período das 17 às 20 horas. O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) registrou nove pontos intransitáveis na Tietê - no Cebolão e nas Pontes dos Remédios, Atílio Fontana, Piqueri, Limão, Bandeiras, Jânio Quadros, Tatuapé e Aricanduva.

O pior problema ocorreu na área do Cebolão, causando a interdição das pistas expressa e local da Marginal à tarde. A última vez que os paulistanos enfrentaram dificuldades provocadas por alagamentos foi em maio de 2005, quando em um único dia choveu 140,4 milímetros, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Desta vez, o caos veio à tona com metade da chuva: apenas 62,6 milímetros caíram na cidade.

Os órgãos públicos não chegaram a um acordo sobre o transbordamento dos rios. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou às 13h39 que a água dos rios havia invadido as pistas das Marginais e pedia aos motoristas para evitarem as vias. No meio da tarde, o órgão recuou e negou a informação. No entanto, manteve as Marginais em estado de alerta até as 20 horas.

Procurado, o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), negou que tenha ocorrido um transbordamento. "Eu percorri o rio de ponta a ponta de helicóptero, e depois de carro, e não vi transbordamento da calha em ponto nenhum. O que ocorreu foram pontos onde a água não conseguia chegar ao rio. Se em algum ponto houve (o transbordamento), nossos técnicos não constataram, não recebi essa informação. Falaram que transbordou na Ponte das Bandeiras, mas aquilo era água que não chegava (ao rio)", alegou o superintendente, Ubirajara Tannuri Felix.

O problema na Marginal do Tietê começou às 13h15, quando um ponto de alagamento se formou na altura da Ponte da Anhanguera, no sentido da Rodovia Ayrton Senna. Em seguida, o sentido Castello Branco foi bloqueado, por causa da água acumulada sob o Cebolão. A fila de carros chegou a 20 km.

Segundo a CET, a Marginal Tietê foi desinterditada na altura da Ponte Atílio Fontana às 14 horas - e perto da Ponte das Bandeiras, às 15 horas.

Já a Marginal do Pinheiros foi bloqueada às 13h25, por causa do alagamento sob a Ponte do Jaguaré. O congestionamento chegou a 18 quilômetros. No sentido Interlagos (zona sul), próximo do Cebolão-Jaguaré, a pista só foi desinterditada às 19h40; e no sentido Castelo Branco-Jaguaré, às 21h20. Por conta disso, de Santo Amaro, na zona sul, até Pinheiros, na zona oeste, o percurso demorava até três horas. Entre a Cidade Universitária e Pirituba - um trecho menor, só que mais afetado pela proximidade com a área interditada do Cebolão - era possível demorar até duas horas. E os motoristas precisavam desligar o motor por várias vezes.

Por volta das 16 horas, a 23 de Maio, no sentido Interlagos, também foi bloqueada. Isso por causa de um alagamento na altura do Ibirapuera. A pista acabou liberada rapidamente no fim da tarde.

Lixo nas ruas agrava alagamentos em São Paulo

FOLHA DE S. PAULO, 9 de setembro de 2009

O lixo acumulado no centro de São Paulo por causa da falta de coleta por parte da prefeitura --que cortou gastos na área-- ajudou a agravar os problemas provocados pelas chuvas. Pela manhã, ventos e enxurradas espalharam os materiais descartados nas vias, o que chegou a tapar bueiros e bocas-de-lobo.

O lixo deixado fora de sacos ou de forma inadequada em sacolas de supermercado era visto em ruas que sofreram alagamentos, como as alamedas Glete e Nothmann (Santa Cecília) e a praça Júlio Prestes. Na rua Brigadeiro Tobias (República), os bueiros foram obstruídos.

No largo do Paissandu, sacolas se abriram e o conteúdo foi levado por ruas como a Capitão Salomão e poderia chegar até a praça do Correio, onde mais sacolas se acumulavam. O lixo fora de sacos também se dispersou em frente à estação da Luz e sob o viaduto Santa Ifigênia.

Os canteiros centrais de avenidas também se tornaram local de depósito. Nem o viaduto Jacareí, em frente à Câmara Municipal, foi poupado. Assim como a praça João Mendes, onde fica um dos fóruns de SP.

A frente de imóveis abandonados em ruas comerciais, como a Florêncio de Abreu (Sé), foi aproveitada para receber resíduos. Pedaços de isopor e de caixas estavam jogados no meio da via, sem sacolas.

Em uma travessa da rua São Paulo (Liberdade), até manequim de loja de roupa foi despejado na calçada.

Caixas de papelão deixadas por comerciantes da rua 25 de Março (Sé) ficaram molhadas com a chuva e também apresentavam risco de bloquear o escoamento da água. A via sofreu alagamentos na proximidade da Basílio Jafet.

Em SC, 4 mortos e 102 feridos

O ESTADO DE S. PAULO, 9 de setembro de 2009

Meteorologistas desconfiam que o tornado argentino atingiu 46 municípios do Estado
Júlio Castro, O Estado de S. Paulo, 9 de setembro de 2009


Um temporal forte e repentino na madrugada de ontem, com ventos de mais de 100 km/h, causou a morte de quatro pessoas e deixou 89 feridos em Guaraciaba, cidade de 10,6 mil habitantes no extremo oeste de Santa Catarina. Quarenta pessoas foram hospitalizadas. Ao menos 70% das residências sofreram danos. A cidade ficou por três horas sem energia elétrica e telefone.

Os meteorologistas não confirmaram, mas suspeitam da ação de um tornado, vindo da Argentina. Moradores relataram que pessoas chegaram a ser suspensas do solo pela força do vento.

A Defesa Civil de Santa Catarina registrou ocorrências em outros 45 municípios do Estado. Cerca de 1,5 milhão de pessoas ficaram sem energia elétrica. Foram registrados 102 feridos. "Achamos que uma destruição dessa magnitude foi provocada por um tornado. Foi algo assombroso", afirmou Márcio Luiz Alves, secretário de Estado da Defesa Civil.

Alves informou que algumas casas de Guaraciaba foram arrastadas por mais de 50 metros. Ele não descarta a possibilidade de o vento ter alcançado a velocidade de até 200 km/h.

De acordo com o secretário, a relação de estragos provocados pelo temporal deve aumentar com o repasse das informações das prefeituras para a Defesa Civil. Até o fim da tarde de ontem, diversos municípios estavam sem comunicação.

Em todo o Estado foram registrados chuva moderada a forte, muita atividade elétrica e temporais com granizo e ventos fortes. As cidades atingidas com mais intensidade foram as mais próximas da fronteira com a Argentina.

CIDADES ATINGIDAS

O município de São Domingos, também no oeste catarinense, decretou situação de emergência. Na tarde de ontem, os telefones não funcionavam.

Vargem Bonita contabilizou o destelhamento em 180 residências e, até o início da noite, permanecia sem abastecimento de água e energia elétrica.

Em Abelardo Luz, uma chuva de granizo causou prejuízos em 370 casas. O município de Coronel Martins ficou sem energia elétrica até as 20 horas de ontem. Árvores tombaram e danificaram a rede elétrica.

Monte Castelo informou à Defesa Civil Estadual a existência de 100 residências danificadas. Pelo menos 80 moradores ficaram desabrigados. Duas pessoas precisaram de atendimento médico no município, uma delas vítima de enfarte.

Penha, na foz do Rio Itajaí-Açu ficou sem abastecimento de água e eletricidade, além de ter 150 residências danificadas pelas chuvas.

Em Blumenau, no Vale do Itajaí, foram verificados destelhamentos, quedas de árvores e o desabamento de um galpão de uma empresa de transporte coletivo.

Foram registradas ocorrências também em Itajaí, Jaraguá do Sul, Navegantes, Porto União, Schroeder, Santa Cecília, Canoinhas, Santa Terezinha, Faxinal dos Guedes, Tigrinhos, Guaramirim, Rio das Antas, Lebon Régis, Joinville, Itaiópolis, Salto Veloso, Bom Jesus, São Bento do Sul, Campo Erê e São Bernardino.

Temporal em Santa Catarina afeta 72 mil pessoas e já atinge 45 cidades

G1, GLOBO.COM, 9 de setembro de 2009

Seis cidades estão em estado de emergência e uma de calamidade.No estado, mais de 6,7 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas


A Defesa Civil de Santa Catarina informou por volta das 19h desta terça-feira (8) que mais de 72 mil pessoas de 45 cidades foram afetadas pelas fortes chuvas que atingem o estado.

Subiu para seis o número de cidades que decretaram situação de emergência - Santa Terezinha do Progresso, São Domingos, Vargeão, Vargem Bonita, Dionísio Cerqueira e Ipuaçu, segundo a Defesa Civil. Mais cedo, o prefeito de Guaraciaba anunciou que decretou situação de calamidade pública.

A Defesa Civil informou que não foi oficialmente informada sobre a situação de Guaraciaba, mas disse que isso ocorre porque a administração pode estar mais voltada para resolver os problemas da população e, por esse motivo, pode ainda não ter tido condições de oficializar a situação.

Guaraciaba, com 10 mil habitantes, é o município com situação mais crítica, onde quatro pessoas morreram na madrugada desta terça.

Segundo a Defesa Civil, nas 45 cidades, mais de 6,7 mil pessoas estão desabrigadas (sem ter para onde ir) ou desalojadas (em casas de parentes ou amigos). Além disso, 138 ficaram feridas.

Entre as demais cidades atingidas, a maioria - entre elas Joinville, Blumenau e Itajaí - teve prejuízos considerados leves pela Defesa Civil, como destelhamentos e quedas de árvore. No entanto, nesses locais não foram registradas vítimas fatais. Confira infográfico abaixo sobre a situação no estado.

O secretário da Defesa Civil Estadual, major Márcio Luiz Alves, informou ao G1 nesta terça que tentou ir a Guaraciaba de avião no início desta tarde, mas não conseguiu pousar. Ele tentou em bases nas cidades de Chapecó e São Miguel do Oeste, que ficam perto de Guaraciaba. Uma nova tentativa será feita na quarta (9), informou.
"Tentamos chegar, mas não foi possível de maneira alguma. Equipes estão indo por terra para avaliar os estragos no local", afirmou o major.

Segundo ele, o governador do estado, Luiz Henrique da Silveira, deve tentar visitar o local na quarta, já que a estimativa é de melhora do tempo na região.
O secretário da Defesa Civil afirmou que a situação no estado é bem menos grave do que o registrado no fim do ano passado, quando mais de 120 pessoas morreram em razão das fortes chuvas.

No entanto, o major destaca que o quadro pode piorar se a chuva persistir. "No ano passado, aconteceu após quatro meses de chuva com pico em novembro. Mas é claro que podemos ter um agravante na situação atual se a chuva persistir."

A Defesa Civil estima que o prejuízo seja "considerável", mas que ainda está contabilizando os estragos. "Não conseguimos recuperar as casas dessa forma (se a chuva não parar). O que estamos fazendo é cobrindo com lona", contou.

Os ventos com velocidade acima de 120 quilômetros por hora e os temporais que atingiram Santa Catarina na madrugada desta terça-feira (8) poder ter sido resultado da passagem de um tornado, segundo a meteorologista Gilsânia Cruz, da Empresa de Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/Ciram).

“Tudo indica que foi um tornado. Não temos ainda como afirmar com certeza, porque não conseguimos chegar à cidade, mas pela análise de fotos e imagens é muito provável que seja um tornado”, diz Gilsânia.

De acordo com a especialista, ferros retorcidos, casas totalmente destruídas e árvores grandes arrancadas do chão são sinais de que um tornado teria atingido a cidade catarinense.