quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Ministra Gleisi Hoffmann culpa o governo do Paraná pelo fato do estado receber poucos recursos

INSTITUTO AME CIDADE, 5 de outubro de 2011


Pegou muito mal a ministra Gleisi Hoffmann colocando a culpa nos próprios paranaenses pelo fato do estado receber poucos recursos. A ministra esteve no Paraná participando de um encontro organizado pela direção estadual do PT, quando aproveitou para criticar o governador Beto Richa (PSDB). Na sua opinião o governo tucano não tem “um projeto estruturante” para o estado e por isso não conquista verbas federais.

Entre os 27 estados brasileiros, o Paraná é o 5º estado que mais contribui em riquezas e tributos para os cofres do governo federal. Porém, em recebimento de recursos o Paraná fica em 26º lugar. Só perde para São Paulo, o estado mais rico da federação.

O levantamento foi feito pela Gazeta do Povo. Analisando o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) da União para 2012, o jornal concluiu que na comparação com os estados da Região Sul, cada paranaense receberá R$ 68,55 em repasses federais, contra R$ 132,32 de cada catarinense e R$ 172,55 do gaúcho.

A reportagem da Gazeta revela também que apesar de ser o terceiro porto do país em volume de movimentação de carga, o Porto de Paranaguá tem bem menos recursos federais previstos para 2012 que os portos menos movimentados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Com a crítica aos paranaenses dá a impressão de que a ministra Gleisi Hoffmann se coloca como de fora do Paraná na hora de discutir a péssima situação do estado em investimentos do governo federal. Com esse tipo de argumento, a ministra mantém de fora também seu partido e os três ministros paranaenses que fazem parte do governo Dilma Rousseff, inclusive seu marido, Paulo Bernardo, atualmente no ministério das Comunicações, mas que esteve nos ministério do governo Lula.

Isso sem falar nos deputados federais do PT, além dos deputados da base aliada que, de qualquer forma, também têm uma grande parcela de culpa pelo estado estar entre os cinco que mandam mais dinheiro para Brasília e ficar no final da fila em recebimento de recursos.

A ministra também parece fazer questão de esquecer que nos oito anos anteriores, o Paraná foi governado por Roberto Requião, um aliado de primeira hora e de sempre do governo Lula, e que hoje faz parte da base aliada do governo Dilma como senador.

O Brasil já está com quase três dezenas de partidos

INSTITUTO AME CIDADE, 5 de outubro de 2011


O Brasil já tem seu 29º partido. Na noite desta terça-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceitou o pedido de registro do Partido Pátria Livre (PPL). O partido utilizará o número 54 e poderá participar das eleições municipais do próximo ano.

O PPL é formado é formado por herdeiros políticos do MR8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro), grupo armado que participou do sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick durante a ditadura militar.

A quantidade de partidos no Brasil é tão absurda que o próprio presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, não conseguiu evitar uma crítica irônica depois do anúncio de mais este partido.

"Estamos indo além do pluripartidarismo, estamos ingressando no hiperpartidarismo. É uma novidade que criamos no Brasil", ele disse.

Ficar sem camisa na Câmara não dá cassação em Maringá e em Londrina vereadores não aprovam CP contra prefeito

INSTITUTO AME CIDADE, 5 de outubro de 2011


A Câmara Municipal de Maringá criou ontem uma espécie de jurisprudência interna: tirar a camisa em plenário não dá cassação de mandato. O vereador John Alves (PMDB) pegou dez dias de suspensão por ter ficado sem camisa para evitar uma votação na Câmara.

Como haverá desconto em folha de pagamento o vereador perderá R$ 2,1 mil de seu salário de R$ 6.312.

O vereador tirou a camisa durante a discussão sobre a revogação da restrição da construção de casas geminadas na cidade. O assunto é bastante polêmico em Maringá e objeto de pressão de manifestantes favoráveis às casas geminadas, que hoje tem um regulamento restritivo sob a alegação dos problemas urbanos que esse tipo de imóvel pode trazer.

Os vereadores mais animados com a cassação de John Alves são do grupo favorável às casas geminadas. Não é a primeira vez que o vereador peemedebista apronta na Câmara, mas seus colegas foram até tolerantes com sua avacalhação da solenidade da Casa. O regimento interno da Câmara prevê até 21 dias de supensão em casos assim.

E em Londrina a Câmara rejeitou a abertura de Comissão processante contra o prefeito Barbosa Neto (PDT) e o vice José Joaquim Ribeiro. O pedido era para investigar irregularidades na Guarda Municipal (veja mais no post abaixo).

A decisão dos vereadores de Londrina vai de encontro à posição do Ministério Público que, em julho deste ano, entrou com ação contra o prefeito londrinense também por irregularidades no curso de formação da Guarda Municipal.

Foram nove votos favoráveis à Comissão processante e oito contrários. Para a aprovação em necessários 13 votos. O petista Jacks Dias se ausentou, apresentando atestado médico.

O vereador peemedebista votou a favor, apesar de junto com o colega Jairo Tamura ter votado contra relatório anterior de Lenir de Assis (PT) em Comissão Especial de Investigação (CEI) sobre o mesmo tema. O relatório responsabilizava o prefeito.

Na ocasião, Dias e Tamura substituíram o relatório da vereadora por um outro, tão parcial ao prefeito que repudiado publicamente por alguns vereadores e foi recusado pela Câmara.

Tito Valle justificou a posição de agora a favor da abertura da CP dizendo em plenário o seguinte: “Atendi a uma solicitação do meu partido e grupo político. O PMDB decidiu democraticamente".

Veja abaixo o voto de cada vereador.


SIM
Marcelo Belinati (PP)
Eloir Valença (PT)
Lenir de Assis (PT)
Gérson Araújo (PSDB)
Márcio Almeida (PSDB)
Roberto Kanashiro (PSDB)
Rony Alves (PTB)
Tito Valle (PMDB)
Sandra Graça (PP)


NÃO
Sebastião dos Metalúrgicos (PDT)
Jairo Tamura (PSB)
Roberto Fu (PDT)
Renato Lemes (PRB)
Rodrigo Gouvea (sem partido)
Padre Roque (sem partido)
Ivo de Bassi (sem partido)
Roberto da Farmácia (PTC)