sábado, 24 de outubro de 2009

Cornélio Procópio não pode perder este trem

INSTITUTO AME CIDADE, 24 de outubro de 2009

Na semana passada enviamos nosso boletim semanal falando sobre o projeto do Trem Pé Vermelho, a reativação do trem de passageiros no norte do Paraná, uma excelente iniciativa que juntou prefeitos, a sociedade civil das cidades onde o trem deve passar e as duas grandes universidades públicas da região, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Universidade Estadual de Maringá (UEM).

O Instituto Ame Cidade está em campanha para que Cornélio Procópio seja incluída no trajeto do Trem Pé Vermelho, o que não ocorre por enquanto. O texto que endereçamos a centenas de destinatários recebeu muitas respostas, o que demonstra uma grande animação dos procopenses e de cidadãos de cidades da região com a causa.

Já existe uma forte consciência não só dos benefícios que Cornélio Procópio pode ter com sua inclusão neste projeto como também com os terrível isolamento dos procopenses caso o Trem Pé Vermelho venha só até Ibiporã, como está previsto no projeto original.

O amigo Ralf até mandou ótimas fotos da estação ferroviária de Cornélio Procópio na época da construção e de sua inauguração em 1930. A estação está preservada até hoje, o que acontece também com o leito ferroviário, inteiramente intacto e cortando todo o perímetro municipal. Esta, inclusive, é uma das razões técnicas que tornam Cornélio Procópio apta para ser incluida no projeto. De Maringá à Cornélio Procópio, a ferrovia está pronta para o uso.

A imensa caixa d'água da foto ainda se mantém do mesmo jeito na atualidade. É uma impressionante obra de engenharia, que parece uma escultura embelezando a cidade.

Veja abaixo as fotos e no outro post o texto sobre o Trem Pé Vermelho.




Está animada a campanha pela entrada de Cornélio no Trem Pé Vermelho

INSTITUTO AME CIDADE, 22 de outubro de 2009


O Instituto Ame Cidade está em campanha para inserir a cidade de Cornélio Procópio no projeto do Trem Pé Vermelho, o trem de passageiros que vai retornar ao norte do Paraná. No projeto está previsto um trajeto ligando Paiçandu, cidade ao lado de Maringá, passando por Sarandi, Marialva, Mandaguari, Jandaia do Sul, Cambira, Apucarana, Arapongas, Rolândia, Cambé, Londrina e chegando até Ibiporã. Nossa proposta é que a rota siga até Cornélio Procópio.

Para o Instituto Ame Cidade, a entrada de Cornélio Procópio numa das pontas do itinerário do Trem Pé-Vermelho viria fortalecer o projeto. O trem de passageiros retoma um meio de transporte que vai estimular a integração sócio-econômica entre as cidades da região, reforçando a ligação histórica de todas com Maringá e Londrina, as duas cidades que atuam como polo. Nossa cidade não pode ficar de fora de algo de tamanha importância

Logo que tivemos conhecimento do projeto, levamos aos responsáveis a proposta da inclusão e sempre tivemos uma boa aceitação ao nosso propósito. Com a cidade numa das pontas do trajeto, toda a região de Cornélio Procópio seria beneficiada.

Já enviamos uma carta ao presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, expondo as razões para a inclusão da nossa cidade. A paranaense Ferroeste é uma das duas únicas empresas ferroviárias públicas no Brasil e seu presidente é o representante do governo estadual no projeto.

Também contatamos os reitores das duas universidades públicas da região, as prestigiadas Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Universidade Estadual de Londrina (UEL). As duas universidades são responsáveis por estudos técnicos para a viabilização do projeto.

Com o reitor da UEM, Décio Sperandio, temos agendada uma reunião na próxima semana. Na UEM, estaremos também com a coordenadora do Observatório das Metrópoles, Ana Lúcia Rodrigues. O reitor Décio Sperandio e a coordenadora já revelaram ser favoráveis à integração da cidade.

Nesta quarta-feira, dia 14, o reitor da UEL, Wilmar Marçal, esteve em Cornélio Procópio para trazer seu apoio à inclusão de Cornélio Procópio e discutir com integrantes do Instituto Ame Cidade o projeto do Trem Pé-Vermelho. Na ocasião, Marçal recebeu uma carta em que o instituto solicita a extensão do trajeto do trem até nossa cidade.

Marçal mostrou-se favorável à causa dos procopenses desde o primeiro momento em que foi procurado na UEL. E em sua visita à cidade, afirmou que a universidade está ao lado de Cornélio Procópio para que a cidade faça parte do projeto. Marçal adiantou também que já levou ao presidente da Ferroeste sua posição favorável à entrada de Cornélio Procópio.

O Instituto Ame Cidade está levando também a idéia da inclusão da cidade no projeto do Trem Pé-Vermelho à sociedade civil procopense. Nossa intenção é criar uma campanha que envolva a população nesta reivindicação importante para o futuro da cidade.

A volta do trem de passageiros deve alterar de forma substancial a realidade do norte do Paraná, criando uma interação estimulante para a economia da região, incentivando o turismo e trazendo transformações culturais. E Cornélio Procópio não pode ficar de fora.

A reativação do transporte ferroviário de passageiros no Brasil é uma necessidade que se impõe pelo aspecto econômico e também o ambiental. Hoje temos uma exigência do uso de meios de transporte menos poluentes e mais econômicos, fatores plenamente supridos pelo trem.

E também por ser muito mais seguro que o transporte rodoviário, o trem de passageiros pode colaborar muito na diminuição dos altos índices de acidentes automobilísticos.

O projeto da volta do trem de passageiros ao norte do Paraná é um dos resultados da recente valorização do setor ferroviário, que começa a receber a atenção merecida, depois de ter sido praticamente desativado até mesmo para o transporte de cargas, com políticas equivocadas que privilegiaram o transporte rodoviário no país. Até 2014 já estão previstos pelos governos federal e estaduais investimentos de cerca de R$ 75 bilhões no setor.