quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Sobre ditaduras e os que se colocam na defesa da democracia

INSTITUTO AME CIDADE, 30 de dezembro de 2009

Quando noticiamos o episódio acontecido no dia 9 deste mês em que a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cornélio Procópio chamou a polícia quando procopenses se manifestavam pacificamente contra o pedido de cassação do mandato da vereadora Aurora Fumie Doi, lembramos a famosa de Ulysses Guimarães (1916-1992), na ocasião em ele disse que "baioneta não é urna e cachorro não é voto".

O político que ficou conhecido em nossa história como "Senhor Diretas" por seu importante papel na luta por eleições diretas no país, disse a frase durante a ditadura militar.

O fato da presidência de uma instituição que é chamada de "Casa do Povo" apelar para a polícia, num gesto que pareceu tentativa de intimidação, é ainda mais absurdo porque os cidadãos ali estavam para protestar de forma ordeira contra uma situação que é até grotesca: o pedido de cassação da vereadora que pediu aos colegas respeito à transparência.

Além de meterem a polícia no meio de uma discussão democrática, a situação guarda outras semelhanças: na época em que Ulysses e seus companheiros combatiam o arbítrio vivia-se sob uma ditadura, que é o que o pedido do Partido Progressista, o PP do mensalão, pode instalar em Cornélio Procópio caso tenha sucesso em seu ataque ao mandato da vereadora Aurora.

Após a citação da fala de Ulysses Guimarães recebemos vários pedidos para publicarmos mais informações sobre este importante episódio da nossa história. A frase é parte de um discurso que felizmente foi preservado e que hoje publicamos na íntegra.

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