INSTITUTO AME CIDADE, 3 de agosto de 2011
A roubalheira que destrói as finanças e a infra-estrutura de vários municípios brasileiros parece não ter barreira moral alguma. Ontem o prefeito de Teresópolis, Jorge Mário Sedlaceck, foi afastado por corrupção do cargo por 90 dias pela Câmara da cidade. Neste período o prefeito, que foi eleito pelo PT e hoje está sem partido, responderá a uma comissão processante que dificilmente não decidirá pela cassação de seu mandato.
Sedlaceck é acusado do desvio de recursos destinados à reconstrução de Teresópolis após as enxurradas que destruíram várias cidades da região serrana do Rio de Janeiro. As fortes chuvas que atingiram aquela região no início do ano causaram tragédias em várias cidades. O sofrimento das pessoas com enchentes, deslizamentos de terra e desabamentos comoveu o país. Morreram mais de 900 pessoas na região. Em Petrópolis o temporal causou muitos estragos. Em abril a prefeitura informava que foram registrados na cidade 389 mortos e 187 desaparecidos.
O prefeito de Petrópolis já era alvo de uma CPI aberta pela Câmara em março para apurar o desvio de recursos destinados à recuperação da cidade após a tragédia, mas o prazo da CPI acabou sem que fossem concluídos os trabalhos. Mas os vereadores reabriram a comissão depois do jornal O Globo publicar uma série de reportagens revelando o desvio de recursos para uma empresa, a RW construtora.
Em troca de perdão judicial, o dono da construtora contou ao Ministério Público Federal como era o esquema de desvio dos recursos. Na semana da tragédia, empresários e secretários municipais se reuniram no gabinete da prefeitura, administrada pelo PT, para dividir os contratos sem licitação pagos com os recursos federais, num total de R$ 7 milhões.
Em abril, o prefeito Sedlaceck informava à imprensa que a cidade já havia recebido R$ 7 milhões do governo federal e cerca de R$ 4 milhões do governo do Estado.
Outro prefeito da região também é suspeito do desvio de recursos da União repassados para a reconstrução das cidades atingidas pelas chuvas. Na vizinha Nova Friburgo, onde morreram 391 pessoas, já foi aberta uma CPI que começou seus trabalhos hoje. É esperado também o afastamento do prefeito Dermeval Barboza Moreira Neto (PMDB), de Nova Friburgo.
O governo federal encaminhou para a região serrana um total de R$ 100 milhões. Nova Friburgo ficou com R$ 10 milhões. Por causa da falta de prestação de contas sobre as verbas federais o prefeito friburguense Moreira Neto já sofria uma ação de improbidade movida pelo MPF, que havia pedido seu afastamento à Justiça, mas o pedido foi indeferido. Em Nova Friburgo, o prefeito se negava a fornecer documentos pedidos pelos promotores públicos, que tiveram que ser apreendidos na prefeitura pela Polícia Federal.
Já se sabe que a corrupção em uma cidade acaba sempre afetando de forma grave serviços vitais para o bem estar da população, como a saúde ou a educação. Por isso, sem dúvida, o desvio de recursos públicos é um dos crimes mais detestáveis, pois acaba sempre afetando a vida da comunidade.
Mas a cada vez mais desavergonhada imoralidade política que toma conta dos nossos municípios já não está respeitando nem o dinheiro reservado para reconstruir cidades destruídas por tragédias climáticas.
A roubalheira que destrói as finanças e a infra-estrutura de vários municípios brasileiros parece não ter barreira moral alguma. Ontem o prefeito de Teresópolis, Jorge Mário Sedlaceck, foi afastado por corrupção do cargo por 90 dias pela Câmara da cidade. Neste período o prefeito, que foi eleito pelo PT e hoje está sem partido, responderá a uma comissão processante que dificilmente não decidirá pela cassação de seu mandato.
Sedlaceck é acusado do desvio de recursos destinados à reconstrução de Teresópolis após as enxurradas que destruíram várias cidades da região serrana do Rio de Janeiro. As fortes chuvas que atingiram aquela região no início do ano causaram tragédias em várias cidades. O sofrimento das pessoas com enchentes, deslizamentos de terra e desabamentos comoveu o país. Morreram mais de 900 pessoas na região. Em Petrópolis o temporal causou muitos estragos. Em abril a prefeitura informava que foram registrados na cidade 389 mortos e 187 desaparecidos.
O prefeito de Petrópolis já era alvo de uma CPI aberta pela Câmara em março para apurar o desvio de recursos destinados à recuperação da cidade após a tragédia, mas o prazo da CPI acabou sem que fossem concluídos os trabalhos. Mas os vereadores reabriram a comissão depois do jornal O Globo publicar uma série de reportagens revelando o desvio de recursos para uma empresa, a RW construtora.
Em troca de perdão judicial, o dono da construtora contou ao Ministério Público Federal como era o esquema de desvio dos recursos. Na semana da tragédia, empresários e secretários municipais se reuniram no gabinete da prefeitura, administrada pelo PT, para dividir os contratos sem licitação pagos com os recursos federais, num total de R$ 7 milhões.
Em abril, o prefeito Sedlaceck informava à imprensa que a cidade já havia recebido R$ 7 milhões do governo federal e cerca de R$ 4 milhões do governo do Estado.
Outro prefeito da região também é suspeito do desvio de recursos da União repassados para a reconstrução das cidades atingidas pelas chuvas. Na vizinha Nova Friburgo, onde morreram 391 pessoas, já foi aberta uma CPI que começou seus trabalhos hoje. É esperado também o afastamento do prefeito Dermeval Barboza Moreira Neto (PMDB), de Nova Friburgo.
O governo federal encaminhou para a região serrana um total de R$ 100 milhões. Nova Friburgo ficou com R$ 10 milhões. Por causa da falta de prestação de contas sobre as verbas federais o prefeito friburguense Moreira Neto já sofria uma ação de improbidade movida pelo MPF, que havia pedido seu afastamento à Justiça, mas o pedido foi indeferido. Em Nova Friburgo, o prefeito se negava a fornecer documentos pedidos pelos promotores públicos, que tiveram que ser apreendidos na prefeitura pela Polícia Federal.
Já se sabe que a corrupção em uma cidade acaba sempre afetando de forma grave serviços vitais para o bem estar da população, como a saúde ou a educação. Por isso, sem dúvida, o desvio de recursos públicos é um dos crimes mais detestáveis, pois acaba sempre afetando a vida da comunidade.
Mas a cada vez mais desavergonhada imoralidade política que toma conta dos nossos municípios já não está respeitando nem o dinheiro reservado para reconstruir cidades destruídas por tragédias climáticas.