quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Pesquisa em Londrina mostra que a população não que aumento do número de vereadores

INSTITUTO AME CIDADE, 24 de agosto de 2011


A Associação Comercial de Londrina (ACIL) divulgou nesta quarta-feira uma pesquisa que mostra que o londrinense não quer o aumento do número de vereadores em sua cidade.

A pesquisa foi feita pelo Instituto Portinari, que ouviu 855 pessoas entre os dias 13 e 15 de agosto. É bem grande a porcentagem de pessoas que desejam que a Câmara Municipal permaneça com o mesmo número atual de 19 vereadores. Com quase 500 mil habitantes, a cidade pode ter até 25 vereadores.

Londrina segue uma tendência nacional, pois em todo o país nota-se uma alta rejeição a este aumento das vagas. No entanto, mesmo com a clara rejeição dos cidadãos, em muitas cidades existem propostas de vereadores para o aumento. Em Cornélio Procópio, uma emenda coletiva aumentando de 9 para 13 o número de vereadores na cidade teve sua primeira votação ontem. A emenda é assinada por sete vereadores.

Na pesquisa feita em Londrina, para 55,8% dos entrevistados, o número de vereadores não deve ser alterado, mantendo as 19 cadeiras. E 14,1% é favorável à uma redução de vagas na Câmara, o que dá uma soma de 69,9% de pessoas desfavoráveis ao aumento. Apenas 20,6% defendem o aumento defenderam o aumento para 21 vereadores.

Outros números que apareceram na pesquisa revelam o baixo grau de credibilidade dos legislativos municipais atualmente. A população está muito insatisfeita com seus vereadores. Para 24% dos entrevistados a atuação dos vereadores é péssima e 25% a avaliam como ruim. Apenas 4,6% consideraram como ótimo o trabalho da Câmara de Vereadores.

Este aumento do número de ocupantes nas câmaras municipais de todo o país veio com a aprovação pelo Congresso Nacional em setembro de 2009 da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) criando 7.709 vagas de vereadores em todo o país.

Conhecida como "PEC dos Vereadores", a emenda à Constituição previa inclusive a posse imediata de suplentes para ocupar as novas vagas, o que não foi permitido na época pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A "PEC dos Vereadores" foi promulgada depois de um fortíssimo lobby de vereadores e suplentes, que foram em caravana à Brasília para pressionar os parlamentarais federais pelo aumento de vagas.