JORNAL DE LONDRINA, 30 de outubro de 2009
Suplente do PRB incomodou os vereadores ao dizer que "o povo está cansado de ver denúncias contra políticos serem jogadas debaixo do tapete"
O primeiro suplente da chapa de vereadores do PRP, Zaqueu Berbel, tomou posse ontem em substituição a Rodrigo Gouvêa, que foi afastado por liminar da 7ª Vara Cível e preso há 17 dias no Centro de Detenção e Ressocialização (CDR), numa ação em que é acusado de peculato (contratação de suposta funcionária “fantasma”) e constrangimento ilegal (ameaça a testemunha). Berbel levou uma claque e fez um discurso duro, que provocou mal estar entre os vereadores. Ele disse que Gouvêa teve “oportunidades”, mas “nada fez para provar a sua inocência”. “Preferiu se esconder atrás do regimento, permitindo o arquivamento da denúncia”, disparou Berbel, que não parou por aí. “O povo está cansado de ver denúncias contra políticos serem jogadas debaixo do tapete”, completou o novo vereador, na frase que mais incomodou os colegas.
A reação foi instantânea: o presidente da Casa, José Roque Neto (PTB), o Padre Roque, declarou que Berbel não foi convocado para trabalhar numa "fábrica de tapetes". Joel Garcia (PDT) fez coro: "aqui não é Casa de tapetes.” "Me respeitem porque eu fiz 2.300 votos. Não tenho medo de rico. Não sou tapeceiro, sou honesto e trabalhador. Sou gente honesta e trabalhadora, me respeite", rebateu o pedetista.
Tito Valle (PMDB) ironizou o vereador “calouro”. “Ele está começando, tem que dar o desconto pelo noviciado”, declarou. Segundo o peemedebista, ao entrar disparando contra colegas, Berbel corre o risco de se isolar. “Aqui ninguém caminha sozinho. Para aprovar projetos o vereador precisa dos votos dos pares”, adiantou.
Além de reagirem batendo na tecla da expressão “embaixo do tapete”, os vereadores fizeram a defesa da Câmara e de Gouvêa. Com relação ao vereador afastado, o argumento foi que ele ainda não foi julgado. Com relação à Casa, o principal argumento foi a Comissão Especial de Inquérito que investigou a planilha que define o preço da passagem de ônibus em Londrina, a chamada CEI da planilha.
Depois da repercussão negativa (entre os vereadores) do seu discurso de posse, Berbel não recuou. Declarou que "não disse mentira", reafirmou que a Câmara arquivou o primeiro pedido de investigação sobre a suposta funcionária "fantasma". "O procedimento começou aqui", declarou.
No final da conversa com jornalistas ele disse que não se arrepende do discurso e arrematou: "se a carapuça serviu para alguém, que vista".
Suplente do PRB incomodou os vereadores ao dizer que "o povo está cansado de ver denúncias contra políticos serem jogadas debaixo do tapete"
O primeiro suplente da chapa de vereadores do PRP, Zaqueu Berbel, tomou posse ontem em substituição a Rodrigo Gouvêa, que foi afastado por liminar da 7ª Vara Cível e preso há 17 dias no Centro de Detenção e Ressocialização (CDR), numa ação em que é acusado de peculato (contratação de suposta funcionária “fantasma”) e constrangimento ilegal (ameaça a testemunha). Berbel levou uma claque e fez um discurso duro, que provocou mal estar entre os vereadores. Ele disse que Gouvêa teve “oportunidades”, mas “nada fez para provar a sua inocência”. “Preferiu se esconder atrás do regimento, permitindo o arquivamento da denúncia”, disparou Berbel, que não parou por aí. “O povo está cansado de ver denúncias contra políticos serem jogadas debaixo do tapete”, completou o novo vereador, na frase que mais incomodou os colegas.
A reação foi instantânea: o presidente da Casa, José Roque Neto (PTB), o Padre Roque, declarou que Berbel não foi convocado para trabalhar numa "fábrica de tapetes". Joel Garcia (PDT) fez coro: "aqui não é Casa de tapetes.” "Me respeitem porque eu fiz 2.300 votos. Não tenho medo de rico. Não sou tapeceiro, sou honesto e trabalhador. Sou gente honesta e trabalhadora, me respeite", rebateu o pedetista.
Tito Valle (PMDB) ironizou o vereador “calouro”. “Ele está começando, tem que dar o desconto pelo noviciado”, declarou. Segundo o peemedebista, ao entrar disparando contra colegas, Berbel corre o risco de se isolar. “Aqui ninguém caminha sozinho. Para aprovar projetos o vereador precisa dos votos dos pares”, adiantou.
Além de reagirem batendo na tecla da expressão “embaixo do tapete”, os vereadores fizeram a defesa da Câmara e de Gouvêa. Com relação ao vereador afastado, o argumento foi que ele ainda não foi julgado. Com relação à Casa, o principal argumento foi a Comissão Especial de Inquérito que investigou a planilha que define o preço da passagem de ônibus em Londrina, a chamada CEI da planilha.
Depois da repercussão negativa (entre os vereadores) do seu discurso de posse, Berbel não recuou. Declarou que "não disse mentira", reafirmou que a Câmara arquivou o primeiro pedido de investigação sobre a suposta funcionária "fantasma". "O procedimento começou aqui", declarou.
No final da conversa com jornalistas ele disse que não se arrepende do discurso e arrematou: "se a carapuça serviu para alguém, que vista".