quarta-feira, 26 de maio de 2010

Municipalização da água volta a ameaçar Cornélio Procópio

AGORA CORNÉLIO E RÁDIO CORNÉLIO, 26 de maio de 2010


A possibilidade de municipalização da água em Cornélio Procópio volta a ganhar espaço na mídia local. No ano passado, a mesma notícia provocou preocupação na população. O próprio prefeito Amin Hannouche tem dito que a municipalização vai baratear o custo da água e do esgoto para os consumidores. A discussão ganha dimensão porque o contrato de concessão de serviços com a Sanepar acabou e tudo leva a crer que a prefeitura não tem mais interesse na renovação. O vereador Ricardo Leite (foto), que é o líder do prefeito na Câmara, admite dificuldades nas negociações com a diretoria da Sanepar onde hoje tem um procopense que é ex-prefeito de Cornélio Procópio e opositor da atual administração do município, Hermes Fonseca. As dificuldades alegadas pelo vereador da coligação do prefeito dizem respeito na liberação de recursos pedidos pelo município para renovar o contrato.

O presidente da Sanepar, Stênio Jacob esteve na cidade e durante audiência pública realizada no Centro Cultural Galdino de Almeida, disse que tudo estava caminhando bem para a assinatura de um novo contrato de concessão de serviços por mais 30 anos entre a Estatal e o município de Cornélio Procópio. Sabe-se que a prefeitura pediu para renovar o contrato de concessão serviços de infraestrutura no terreno de 26 alqueires adquirido próximo ao parque de exposições Arthur Hoffig para instalação de novas indústrias. Na verdade, a possibilidade de municipalização da água em Cornélio Procópio gera preocupação aos mais de 70 funcionários da Sanepar local.

No portal da Rádio Cornélio os internautas também manifestam preocupação com esta possibilidade, porque a maioria entende que a Sanepar presta um ótimo serviço à população no tocante a água, apesar de considerar o custo do esgoto elevado demais e que o município poderia negociar para barateá-lo. Isso porque corre nos bastidores da política procopense que já está tudo esquematizado para que prefeitura assuma o sistema de água e esgoto em Cornélio Procópio. Isso preocupa porque a cidade tem hoje índice de 92.3% de cobertura de rede de esgoto e a maioria não acredita que a prefeitura tenha condições de arcar com os serviços prestados hoje pela Sanepar. Isso apesar da atual administração ter alegado que a municipalização da água deu certo em cidades da região como Bandeirantes, Ibiporã e Sertaneja. A última renovação de contrato de serviços entre o município de Cornélio Procópio e a Sanepar foi feita na gestão do falecido prefeito Michel Dib que sucedeu Nelson Miyamoto, atualmente subprefeito do distrito de Congonhas.

Em 2008, o então gerente do escritório regional da Sanepar, engenheiro Milton Borghi havia anunciado que a empresa investiria R$ 1 milhão na ampliação da estação de tratamento de água Esses recursos serão utilizados na ampliação da estação de tratamento de água, localizada nas proximidades da Vila América. "Hoje, a população de Cornélio Procópio que consome praticamente 500 mil litros de água por hora e com a ampliação da estação de tratamento de água, esse número aumenta para 600 mil litros", destacou na oportunidade. A Sanepar está presente na vida da cidade há mais de 50 anos.

Ministério Público investiga contratações de Nelson Justus e Curi

GAZETA DO POVO, 26 de maio de 2010

Servidores de Justus e Curi eram cabos eleitorais, diz Ministério Público. Investigação do Ministério Público de Ivaiporã indica que funcionários da Assembleia trabalhavam para os deputados e não para o LegislativoInvestigação do Ministério Público de Ivaiporã indica que funcionários da Assembleia trabalhavam para os deputados e não para o Legislativo


O Ministério Público (MP) de Ivaiporã, na região central do estado, investiga se sete pessoas contratadas pela Assembleia do Paraná atuaram como agentes políticos dos deputados Nelson Justus (DEM) e Alexandre Curi (PMDB), respectivamente presidente e primeiro-secretário do Legislativo estadual.

A denúncia foi publicada na edição de ontem do jornal Folha de Londrina. “Alguns eram cabos eleitorais também”, disse em entrevista à Gazeta do Povo o promotor responsável pelo caso, Marco Aurélio Tavares.

Ele já ouviu depoimentos de seis envolvidos, que afirmaram terem sido nomeados para cargos na presidência e na primeira-secretaria da Assembleia. O projeto de lei que regulamenta a função de assessor parlamentar, que está nas mãos do governador Orlando Pessuti (PMDB) para sanção, proíbe que funcionários ligados às estruturas administrativas da Casa exerçam funções de cunho político.

A denúncia chegou à promotoria de Ivaiporã pelas mãos do vereador Ademir Prudêncio da Silva (PT). No dia 18 de maio, o promotor começou a investigar a denúncia, que envolve até um aluno de Medicina de Presidente Prudente (SP), que teria sido contratado pela Assembleia no mesmo período em que estava fazendo o curso.

A maioria dos citados na denúncia é ligada a aliados políticos dos deputados na região. Adílio Goedert Soares de Souza é filho do presidente da Câmara Municipal da cidade, Ademar Soares de Souza. E, em 2007, quando foi nomeado para a primeira-secretaria da Assembleia, estaria estudando no estado vizinho.

Outra estudante universitária citada na investigação é Luma de Oliveira, de 19 anos, que cursa Direito em Londrina. Em entrevista para a Folha de Londrina, ela disse que assessorou o deputado Alexandre Curi e que tinha relatórios de trabalho para comprovar. Ela foi nomeada para a primeira-secretaria em 2008, quando ainda não tinha 18 anos completos, contrariando a lei sobre a investidura de cargos públicos.

Luma é filha de Sidney Oliveira, que é funcionário comissionado da Câmara Municipal de Ivaiporã. O vice-presidente do PMDB na cidade, Lázaro Bueno, também esteve entre os contratados pela Assembleia.

O promotor Marco Aurélio Tavares relata que alguns dos funcionários constavam da folha de pagamento do Legislativo paranaense até abril, quando todos os servidores em cargos comissionados foram exonerados.

Os agentes políticos ouvidos recebiam salários entre R$ 1 mil e R$ 1,3 mil. “Disseram que faziam trabalho de divulgação política, participavam de reuniões em sindicatos, associações de moradores, representando os deputados e que faziam propaganda do trabalho dos parlamentares. Isso tudo é incompatível com o que se espera de funcionários nomeados para a presidência e a primeira-secretaria”, enfatiza o promotor Tavares.

Ele também destacou que, nos depoimentos, os servidores disseram providenciar encaminhamento para serviços públicos. “Se alguém precisava de uma consulta médica e de remédios, mandavam o caso o gabinete do deputado, para conseguir o benefício”, diz.

Alguns dos envolvidos disseram que elaboravam relatórios mensais das atividades desempenhadas. Os depoentes, segundo o promotor, “achavam normal o trabalho que faziam” e alguns se mostraram indignados por serem considerados fantasmas, uma vez que estariam apenas exercendo a função para a qual haviam sido contratados.

“No mínimo, as contratações configuram casos de imoralidade, já que não existia nenhum controle sobre o trabalho dessas pessoas”, afirma Tavares. Cópias dos depoimentos foram remetidas para a força-tarefa do Ministério Público que investiga as denúncias recentes envolvendo a Assembleia Legislativa. Tavares considera que seu trabalho em Ivaiporã esta encerrado.

O caso de Ivaiporã não é isolado. Outros exemplos de nomeação de agentes políticos lotados na estrutura administrativa, como a presidência e a primeira-secretaria, já foram identificados nas cidades de Guaratuba e Pitanga.

O outro lado

A assessoria de imprensa da Assembleia informou que Justus e Curi não se pronunciariam sobre o caso porque já há um inquérito aberto para apurar as contratações no Ministério Público. A assessoria informou ainda que o Legislativo vai colaborar com as investigações.

Presidente de sindicato da Assembleia Legislativa acusa tentativa de intimidação

GAZETA DO POVO, 26 de maio de 2010

Cerca de 15 seguranças e funcionários da Assembleia paranaense teriam invadido a sede da entidade para forçá-la a renunciar ao cargo


A presidente interina do Sindicato dos Servidores Públicos da Assembleia Legislativa do Paraná (Sindilegis), Diva Scaramella Ogibowski, acusou funcionários e seguranças da Casa de estarem tentando intimidá-la. Segundo Diva, um grupo de cerca de 15 pessoas invadiram a sede do sindicato, que fica no centro de Curitiba, para forçá-la a assinar uma carta de renúncia da presidência da entidade. Ela disse que se negou a assinar o documento e foi ameaçada.

Esse foi o segundo incidente envolvendo recentemente o Sindilegis – cujo presidente oficial é o ex-diretor-geral da Assembleia Abib Miguel, o Bibinho, preso há cerca de um mês sob acusação de chefiar um esquema de desvio de dinheiro público da Assembleia Legislativa (AL).

No fim do mês passado, o sindicato obteve uma liminar do Tribunal de Justiça do Paraná que restringia o acesso do Ministério Público Estadual aos dados financeiros dos funcionários do órgão.

Menos de uma semana depois de obter a liminar, Diva deu uma entrevista à Gazeta do Povo e à RPC TV contando que teria sido “usada” e “enganada” para obter a liminar. Uma das pessoas citadas por Diva foi Antônio Carlos Gulbino, que até então era diretor de pessoal da Assembleia. Depois disso, o MP pediu o afastamento do diretor e uma sindicância interna foi aberta pela Assembleia para apurar o caso. Após a entrevista, Diva decidiu desistir da ação judicial proposta pela entidade para impedir o acesso de informações dos servidores do MP.

Sem queixa oficial

Diva procurou ontem os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga as denúncias contra a Assembleia. Mas preferiu não registrar a queixa de ameaça.

Ela contou que esteve no sindicato ontem para fazer uma cópia dos registros de imóveis adquiridos na gestão dela. “Peguei também um extrato do banco que tinha R$ 400 mil [do sindicato] aplicados”, contou. “Daí eles entraram invadindo, dizendo que o sindicato estava sob intervenção.”

Depois do ocorrido ontem, Diva disse que pensa em deixar o cargo de presidente interina do Sindilegis. No último dia 17, 16 dos 20 integrantes da atual diretoria do sindicato assinaram um documento pedindo destituição dos atuais dirigentes da entidade e a convocação de uma assembleia extraordinária para escolha de uma junta governativa. No documento, a que a reportagem teve acesso, constam até as assinaturas do presidente afastado Abib Miguel e do tesoureiro afastado José Ary Nassiff (este, ex-diretor administrativo da Assembleia). Nassif, assim como Bibinho, também está preso sob a acusação de desvio de dinheiro público.

Outro lado
A reportagem da Gazeta do Povo procurou ontem a Assembleia para comentar a acusação de que seguranças da Casa teriam participado da invasão no sindicato. A diretoria de comunicação do Legislativo informou desconhecer o fato e que não comenta assuntos relacionados ao Sindilegis.

Fusão da Cocamar e Corol criará segunda maior cooperativa do Paraná

JORNAL DE LONDRINA, 26 de maio de 2010

O negócio precisa ser autorizado pelos quase 15 mil cooperados. Assembleias para votação da proposta estão agendadas para junho. Juntas, as cooperativas faturam R$ 2 bilhões por ano e atendem a 120 municípios


O drama da Corol Cooperativa Agroindustrial, de Rolândia, que acumula dívidas de mais de R$ 300 milhões, pode chegar ao fim nas próximas semanas com uma possível fusão com a Cocamar, de Maringá. As discussões, que começaram há cerca de um mês, estão em estágio adiantado e a transação já é dada como certa pelas diretorias das duas cooperativas. União das cooperativas dará origem ao segundo maior grupo do gênero no Paraná, atrás apenas da Coamo Agroindustrial Cooperativa.

Conforme o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, os conselhos administrativos e fiscais das cooperativas já teriam aprovado a transação. “A tendência de ser confirmada é forte, pois fizemos várias reuniões e muitas pessoas estão abençoando, sinalizando positivamente”, confirma o presidente da Corol, Eliseu de Paula.

Para que a fusão se concretize, contudo, ainda é necessário que os quase 15 mil cooperados de Cocamar e Corol autorizem o negócio. As empresas agendaram para a próxima semana uma série de reuniões para a apreciação da proposta. “Dessas pré-assembleias, sairão delegados para uma grande assembléia, a ser marcada no dia 11 de junho, em local a ser definido, para aprovação oficial da fusão”, explica De Paula.

Ele afirma ter sondado a opinião de produtores associados à Corol e relata que eles seriam favoráveis à união. Lourenço estima que, se for aprovado, o negócio pode ser finalizado ainda neste ano. “Trata-se de uma fusão histórica, importante e grandiosa. São duas cooperativas que têm sinergia de agroindústria verticalizada e isso tudo vai convergir para atender as necessidades de todos os cooperados da região. Esse modelo certamente vai desencadear outras prováveis fusões de cooperativas no Paraná e no Brasil.

Estamos somando não só capitais, mas principalmente pessoas numa só família”, considera. Para a Corol, a fusão pode marcar o início da recuperação de uma crise financeira que começou no ano passado e fez a cooperativa acumular dívidas de R$ 320 milhões. “O valor ainda é suportável, porque o patrimônio da Corol está estimado em R$ 1 bilhão. Mas a crise mundial fez com que a Corol descapitalizasse um pouco. Por esse motivo, não estamos aproveitando todo o potencial de produção na região", conta De Paula.

No ano passado, o faturamento da Corol foi de R$ 600 milhões e o da Cocamar, R$ 1,4 bilhão. “Creio que com a fusão, em cerca de três anos, o faturamento total pode chegar a R$ 3 bilhões, já que existem muitos produtores que podem ainda ser conquistados na região de atuação da Corol”, estima Lourenço. Se houver a fusão, a nova cooperativa será a segunda maior do Paraná, atrás da Coamo, e estará entre as cinco maiores do Brasil, atendendo, diretamente, a cerca de 120 municípios das regiões Norte e Noroeste do Paraná.

4,5 mi já se vacinaram contra a Gripe A no Paraná

GAZETA DO POVO,26 de maio de 2010

Governo estima que terá seis em cada dez paranaenses imunizados até o fim da campanha. Mesmo assim, vírus continuará circulando no estado


Faltando uma semana para o fim da campanha de vacinação contra a gripe A (H1N1), cerca de 4,5 milhões de pessoas já foram imunizados no Paraná. Se os faltantes dos grupos prioritários comparecerem até o próximo dia 2, o estado terá seis em cada dez habitantes protegidos contra a nova gripe. Serão cerca de 6 milhões de indivíduos imunizados (contando as 5,5 milhões que fazem parte dos grupos prioritários e as 500 mil, aproximadamente, que já tiveram a doença e não foram vacinadas) entre os 10,7 milhões de paranaenses, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde.

O número, porém, não significa que o Paraná estará livre do vírus. A diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria de Saúde de Curitiba, Karin Regina Luhm, explica que um vírus é considerado fora de circulação quando cerca de 95% da população está imunizada. “Tem que ser cobertura muito alta e não foi esse o objetivo dessa campanha”, diz. A estratégia foi vacinar os grupos com maior risco de complicação e de morte pela nova gripe.

Com os números e o quadro observado no Hemisfério Norte, autoridades de saúde e especialistas dão como certo de que a segunda onda da doença será menos intensa. Para o secretário de estado da Saúde (Sesa), Carlos Moreira Júnior, o índice de pessoas imunizadas significa que a circulação do vírus irá cair, caso o H1N1 não sofra nenhuma mutação.

O estado pretende ampliar ainda mais a cobertura vacinal, principalmente entre crianças de até 12 anos. A decisão cabe ao Ministério da Saúde, que não sinalizou nada nesse sentido. Como precaução, estudantes estarão de férias no período mais crítico para a doença, esperado entre 15 de julho e 15 de agosto.

Percalços

Para atingir a meta de vacinação do Ministério da Saúde, o estado precisa ampliar a cobertura entre adultos de 30 e 39 anos. De 1,6 milhão de pessoas esperadas dessa faixa etária, 954,1 mil compareceram às unidades de saúde (58,1%). A meta mínima é imunizar 80% de cada grupo.

De acordo com a chefe do serviço de epidemiologia do Hospital de Clínicas da UFPR, Suzana Dal-Ri Moreira, a faixa etária mais afetada pela nova gripe foi de pacientes de 20 a 39 anos. “Nos preocupa o fato de a população nessa faixa etária não estar procurando.” Suzana explica que a vacina é como uma barreira, que faz com que menos pessoas adquiram a infecção e menos transmitam. Dessa forma, o H1N1 continua circulando, mas em menor intensidade do que ocorreu no ano passado, segundo a médica.

O pedreiro Márcio José Miranda dos Santos, 34 anos, e a digitadora Márcia Regina dos Santos, 39 anos, estão entre os que não foram em busca da vacina. Márcia tem medo de agulha e Márcio diz que falta tempo. Os dois passaram ontem na frente do posto de vacinação da Praça Ouvidor Pardinho, mas não pararam. “A maioria está tomando. Uma pessoa não vai fazer diferença”, disse a digitadora. Já o farmacêutico bioquímico Bruno Rizzo Osternack, 30 anos, conseguiu se vacinar, ontem, porque o prazo foi prorrogado. “Falta tempo. Estava em plantão direto e agora deu uma folga.”

O Paraná já tem 11 mortes pela nova gripe em 2010. Segundo a Sesa, entre as vítimas não estava nenhum paciente vacinado.

Alcance de 90% não está correto
A Secretaria de Estado da Saúde divulgou ontem que o Paraná foi o primeiro estado a ultrapassar o índice de 90% de vacinação do público alvo total contra a gripe A (H1N1). O Ministério da Saúde, no entanto, afirma que não é correto o cálculo e que

o índice deve ser analisado para cada grupo prioritário. Segundo o órgão, não é válida a análise do porcentual geral porque alguns grupos extrapolaram o previsto enquanto outros não atingiram a meta. No estado está abaixo da cobertura mínima de 80% a vacinação entre adultos de 30 a 39 anos (58,1%) e a de gestantes (78,8%). Por outro lado, foram ministradas doses acima do previsto para trabalhadores de saúde (116,7%) e doentes crônicos (154,6%).