INSTITUTO AME CIDADE, 19 de agosto de 2010
Esta semana a Câmara Municipal de Cornélio demonstrou novamente que está impedida de cumprir seu papel fiscalizador, que serve de base para a existência do Legislativo e também é a razão essencial da atuação do vereador.
A vereadora Aurora Fumie Doi (PMDB) teve recusado seu pedido para a instauração de uma Comissão Especial de Investigação (CEI) para apurar denúncias do Ministério Público do Trabalho (MPT), que entrou com ação civil pública referente a irregularidades na contratação de serviços de limpeza pública em Cornélio Procópio.
A ação movida pelo Ministério Público foi em cima da terceirização desses serviços, que vem sendo feita pela prefeitura de Cornélio Procópio. Para a execução dos serviços de limpeza pública no município foi constituída uma cooperativa de trabalhadores, a COTRASGE, sem o atendimento às exigências legais, acabando por constituir relações afetas aos direitos trabalhistas, daí a interferência do MPT no caso.
No decorrer da investigação, os procuradores se depararam também com irregularidades na área da licitação, quando houve a transferência do serviço, feita de forma suspeita da cooperativa COTRASGE (que o MPT chama de “falsa cooperativa”) para uma empresa privada, a MKS Construtora, com procedimentos duvidosos como o de alterar o objeto de suas atividades dez dias antes da publicação do edital de licitação exatamente para abranger o serviço exigido. Além disso, foram também constatadas triangulações entre Prefeitura, cooperativa e uma empresa privada. Na ação civil pública o MPT afirma que tem um farto material que revela a existência de "um esquema de fraudes em processos licitatórios".
A ação, que é do MPT de Londrina, foi acatada pela juíza da Vara do Trabalho de Cornélio Procópio, Ziula Cristina da Silveira Sbroglio. E tomando conhecimento do caso, a vereadora Aurora solicitou na sessão da Câmara desta terça-feira a instauração de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), que foi rechaçada pela bancada do prefeito.
A terceirização de serviços na administração pública vem sendo um dos grandes problemas políticos da atualidade. Este tipo de procedimento administrativo exige muito cuidado, para que o atendimento à população não seja prejudicado e também não ocorra corrupção, como aconteceu no caso do Ciap, em Londrina.
Dos procedimentos licitatórios à execução dos serviços, a terceirização exige da administração pública cuidados redobrados para evitar que a cidade seja prejudicada. Em Londrina o problema afetou o serviço de Saúde e até a manutenção de ambulâncias.
E em Cornélio Procópio, a limpeza pública já vinha sendo tocada de forma ineficiente em razão da terceirização mal conduzida pela Prefeitura. Antes mesmo desta denúncia de irregularidades feita pelo Ministério Público a população já vinha se queixando da má qualidade do serviço.
Segundo a ação civil pública, a Prefeitura procopense pode ser responsabilizada por várias irregularidades na condução da terceirização do serviço, como a formação de uma Cooperativa sem atender requisitos legais e fraude em licitação. O documento do Ministério Público inclusive aponta o próprio prefeito Amin Hannouche (PP) na participação da formação da cooperativa COSTRAGE (veja na imagem acima, em um trecho da ação) que, junto com a Prefeitura, é uma das rés do processo.
O estatuto da Cooperativa, ressalta o Ministério Público, foi confeccionado por um advogado nomeado por Hannouche. O MPT frisa que “é impossível” o desconhecimento dos fatos por parte da Prefeitura e afirma que as provas demonstram que a Prefeitura tem participação em todo o “processo de arquitetura desta fraude”.
Esta semana a Câmara Municipal de Cornélio demonstrou novamente que está impedida de cumprir seu papel fiscalizador, que serve de base para a existência do Legislativo e também é a razão essencial da atuação do vereador.
A vereadora Aurora Fumie Doi (PMDB) teve recusado seu pedido para a instauração de uma Comissão Especial de Investigação (CEI) para apurar denúncias do Ministério Público do Trabalho (MPT), que entrou com ação civil pública referente a irregularidades na contratação de serviços de limpeza pública em Cornélio Procópio.
A ação movida pelo Ministério Público foi em cima da terceirização desses serviços, que vem sendo feita pela prefeitura de Cornélio Procópio. Para a execução dos serviços de limpeza pública no município foi constituída uma cooperativa de trabalhadores, a COTRASGE, sem o atendimento às exigências legais, acabando por constituir relações afetas aos direitos trabalhistas, daí a interferência do MPT no caso.
No decorrer da investigação, os procuradores se depararam também com irregularidades na área da licitação, quando houve a transferência do serviço, feita de forma suspeita da cooperativa COTRASGE (que o MPT chama de “falsa cooperativa”) para uma empresa privada, a MKS Construtora, com procedimentos duvidosos como o de alterar o objeto de suas atividades dez dias antes da publicação do edital de licitação exatamente para abranger o serviço exigido. Além disso, foram também constatadas triangulações entre Prefeitura, cooperativa e uma empresa privada. Na ação civil pública o MPT afirma que tem um farto material que revela a existência de "um esquema de fraudes em processos licitatórios".
A ação, que é do MPT de Londrina, foi acatada pela juíza da Vara do Trabalho de Cornélio Procópio, Ziula Cristina da Silveira Sbroglio. E tomando conhecimento do caso, a vereadora Aurora solicitou na sessão da Câmara desta terça-feira a instauração de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), que foi rechaçada pela bancada do prefeito.
A terceirização de serviços na administração pública vem sendo um dos grandes problemas políticos da atualidade. Este tipo de procedimento administrativo exige muito cuidado, para que o atendimento à população não seja prejudicado e também não ocorra corrupção, como aconteceu no caso do Ciap, em Londrina.
Dos procedimentos licitatórios à execução dos serviços, a terceirização exige da administração pública cuidados redobrados para evitar que a cidade seja prejudicada. Em Londrina o problema afetou o serviço de Saúde e até a manutenção de ambulâncias.
E em Cornélio Procópio, a limpeza pública já vinha sendo tocada de forma ineficiente em razão da terceirização mal conduzida pela Prefeitura. Antes mesmo desta denúncia de irregularidades feita pelo Ministério Público a população já vinha se queixando da má qualidade do serviço.
Segundo a ação civil pública, a Prefeitura procopense pode ser responsabilizada por várias irregularidades na condução da terceirização do serviço, como a formação de uma Cooperativa sem atender requisitos legais e fraude em licitação. O documento do Ministério Público inclusive aponta o próprio prefeito Amin Hannouche (PP) na participação da formação da cooperativa COSTRAGE (veja na imagem acima, em um trecho da ação) que, junto com a Prefeitura, é uma das rés do processo.
O estatuto da Cooperativa, ressalta o Ministério Público, foi confeccionado por um advogado nomeado por Hannouche. O MPT frisa que “é impossível” o desconhecimento dos fatos por parte da Prefeitura e afirma que as provas demonstram que a Prefeitura tem participação em todo o “processo de arquitetura desta fraude”.