sábado, 11 de setembro de 2010

Secretaria do Ambiente da Prefeitura de Londrina é autuada por crime ambiental

JORNAL DE LONDRINA, 11 de setembro de 2010

IAP flagrou funcionários da prefeitura aplicando herbicidas para eliminar o mato em um fundo de vale no Lago Norte


A Secretaria Municipal do Ambiente foi autuada na tarde desta sexta-feira (10) por um crime ambiental. Fiscais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) flagraram funcionários da Sema aplicando herbicidas em um fundo de vale do Lago Norte, zona norte de Londrina. Uma reunião na segunda-feira (13) vai discutir a aplicação da multa. O serviço foi interrompido assim que os fiscais do IAP, junto com a Polícia Ambiental, chegaram ao local.

De acordo com informações do IAP, servidores da Sema estavam aplicando produtos químicos no mato de uma várzea no Lago Norte sem a autorização ambiental necessária. Os funcionários estavam “eliminando a vegetação” com herbicidas. Segundo o órgão, a atividade é chamada de capina química, e precisa de licenciamento ambiental para ser executada, principalmente em área urbana.

Entretanto, o IAP informou que não existe um produto autorizado para a execução da capina química e, por isso, não está emitindo esse tipo de licença. A aplicação desse tipo de produto pode contaminar o lago.

A reportagem da RPCTV Coroados flagrou os funcionários da prefeitura aplicando o produto químico no local. Um deles chegou a revelar que a técnica já foi utilizada em outros locais da cidade e que o serviço foi realizado a pedido do secretário municipal, José Faraco, que teria estado no local minutos antes do flagrante.

A reportagem do JL ligou para o secretário, mas ele estava com o telefone celular desligado. A assessoria de imprensa da prefeitura também não conseguiu localizar Faraco.


Clique e veja a reportagem da RPCTV onde funcionários da SEMA informam que a aplicação do veneno era feita por ordem do secretário do Meio Ambiente de Londrina, José Faraco, e que isso vem sendo feito em outros pontos da cidade, apesar de ser uma prática ilegal


Pessuti diz que Sanepar em Maringá é 'interesse de Estado'

O DIÁRIO DE MARINGÁ, 11 de setembro de 2010


O governador Orlando Pessuti (PMDB) afirmou na sexta-feira, em Maringá, que a permanência da Sanepar na cidade é uma "questão de interesse de Estado". Ele veio à cidade acompanhado do presidente da companhia, Hudson Calefe, para assinar uma ordem de serviço para ampliação da rede de esgoto.

"O governo do Estado está intervindo (nas discussões entre prefeitura e Sanepar). Afinal de contas, o governo é o maior acionista da Sanepar. Quando a Sanepar está gindo administrativamente ou juridicamente é o governo do Estado que está agindo", disse. "Assim como a prefeitura e a cidade de Maringá se movimentam, nós também nos movimentamos", disse o governador.

O contrato da Sanepar com a Prefeitura de Maringá terminou no dia 27 do mês passado. A companhia mantém os trabalhos no município por conta de uma liminar obtida no Tribunal de Justiça.

Para Pessuti, o aditivo secreto assinado em 1996, durante a gestão do então prefeito Said Ferreira, é o que sustenta a permanência da companhia na cidade.

"A opinião é que o contrato que estamos executando, do ponto de vista da administração, está em pleno vigor. E evidentemente que nós queremos continuar trabalhando em Maringá, assim como em todos os demais municípios do Paraná."

No dia 4 de agosto, o prefeito Silvio Barros (PP) abriu um processo administrativo e comunicou a Sanepar que o contrato não poderá ser renovado. A Procuradoria-Geral do Município concluiu que não há alternativa legal senão retomar os serviços de água e esgoto, por conta da lei municipal 5.474/01, que estabelece a retomada dos serviços de água e esgoto pelo município após o término do contrato com a concessionária.

Silvio esteve ontem com Pessuti no evento e, de acordo com o governador, apesar das opiniões opostas, a relação entre governo e município seguem em tom amistoso.

"A amizade é a mesma. Cada um defendendo aquilo que acredita ser o correto. Nós entendemos que o correto é a Sanepar continuar prestando os serviços de água e esgoto em Maringá", afirmou.

O evento - Pessuti vei o a Maringá acompanhado do presidente da Sanepar, para entregar um caminhão equipado com sistema de hidrojateamento e uma minicarregadeira à companhia.

Os investimentos são de R$ 367,5 mil e R$ 102,5 mil, respectivamente. Os veículos e equipamentos serão utilizados no sistema de esgotamento sanitário no município.

Após assinar a ordem de serviço, Pessuti se reuniu com secretários de Estado e lideranças regionais do governo na Sociedade Rural de Maringá (SRM). No local foi realizada a Escolinha de Governo, onde o governador discute com os assessores o andamento da administração.

Eleitorado diminui nas capitais e cresce no interior, aponta TSE

ESTADÃO ONLINE, 11 de setembro de 2010

Dados indicam que são cerca de 460 mil eleitores a menos nas capitais e 5.591 milhões a mais no interior


Números divulgados neste domingo (10) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que, em relação às eleições municipais de 2008, o eleitorado das capitais encolheu neste ano e o dos municípios do interior País cresceu. Dados do cadastro eleitoral do TSE registram que nas capitais houve redução do número de eleitores de 31.026.275 para 30.566.956. No interior, o número de pessoas aptas a votar em 3 de outubro passou de 99.445.801 para 105.037.085. Ou seja: são 459.319 eleitores a menos nas capitais e 5.591.284 a mais no interior.

De acordo com o TSE, o eleitorado total calculado para este ano está em 135.804.433 pessoas. Com isso, devem comparecer às urnas 5.200.003 eleitores a mais que os registrados nas eleições municipais de 2008 (130.604.430). Já o número de brasileiros que vivem no exterior e estão aptos a votar subiu nos últimos dois anos de 132.354 para 200.392 eleitores. A assessoria do TSE lembra, contudo, que em 2008 essas pessoas não puderam participar das eleições porque o voto no exterior só é permitido para os cargos de presidente e vice-presidente da República.

Listas de funcionários do Ciap serão investigadas pela Prefeitura

JORNAL DE LONDRINA, 11 de setembro de 2010

Levantamento começa na próxima semana e tem o objetivo de checar se houve algum pagamento profissionais que estavam afastados ou mesmo mortos


A Procuradoria Jurídica da Prefeitura de Londrina vai investigar, na próxima semana, as listas de funcionários apresentadas pelo Centro Integrado de Apoio Profissional (Ciap). No estudo, devem ser analisados os holerites dos trabalhadores desde 2004, quando os contratos entre a administração e a entidade foram assinados. O Ciap é suspeito de praticar um desvio milionário de recursos públicos.

O procurador jurídico Demétrius Coelho afirmou, na manhã desta sexta-feira (10), que o levantamento será realizado depois que chegaram ao órgão informações de que haveria na lista de funcionários profissionais que não estavam mais trabalhando. “Chegou ao meu conhecimento que as listas poderiam conter nomes de pessoas que estavam de licença médica ou mesmo falecidas. Mas ainda não tem nada comprovado”, disse.

Coelho negou que tenha afirmado, durante a sessão da Câmara de Vereadores na quinta-feira (9), que o Ciap incluía o nome de pessoas falecidas na lista de funcionários. “Não houve essa afirmação. Disse apenas que chegou essa informação e que vamos apurar se realmente isso ocorreu”, declarou.

De acordo com o procurador, em anos anteriores, a prefeitura fazia o pagamento cheio da lista de funcionários. Se um não tivesse trabalhando, o dinheiro era repassado da mesma forma. “Se isso ocorreu a prefeitura, em tese, pagou um profissional que não estava trabalhando. Pode ser que estavam afastadas de licença médica ou mesmo falecidas. Mas, ainda não podemos afirmar que Ciap incluía nome de pessoas mortas na lista.”

Protesto - Os agentes de endemias, responsáveis pelo combate à dengue em Londrina, realizam um novo protesto, na manhã desta sexta-feira (10). Aproximadamente 70 profissionais interditaram parcialmente o trânsito da Avenida Duque de Caxias, área central. Eles protestaram pelo atraso no pagamento dos benefícios de vale-transporte e ticket alimentação dos meses de julho e agosto.

A manifestação é realizada em frente à sede da Faculdade Inesul, que pertence ao coordenador do Ciap. De acordo com um agente, que pediu para não ser identificado por medo de represália, o protesto durará até o final da tarde e será realizado enquanto não forem quitados os benefícios. “Até agora não recebemos nada e a previsão é que o pagamento ocorra somente na próxima terça-feira”, disse.

Avanço no emprego industrial do Paraná é lento

GAZETA DO POVO, 11 de setembro de 2010

Para analista, série do IBGE é curta para demonstrar o avanço histórico do setor no estado, que depende muito do agronegócio


A geração de empregos pela indústria paranaense em julho cresceu em ritmo bastante inferior à média nacional, uma relação que se mantém ao menos pelos últimos doze meses, apontou ontem a Pequisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho, o emprego industrial no Paraná avançou 1,60% em relação ao mesmo mês do ano passado, enquanto no Brasil o crescimento foi de 5,36%.

A análise de períodos mais longos demonstra que a base de empregos industriais no Paraná antes da crise econômica mundial estava mais alta em relação à média nacional. Com a turbulência financeira, o volume de trabalho na indústria caiu de forma mais brusca no estado, que não tem conseguido recuperar os níveis de emprego na mesma velocidade que o restante do país. A comparação entre o acumulado de 2010 em relação ao mesmo período de 2009 aponta 2,89% de crescimento nacional e 0,58% de crescimento paranaense. E o acumulado dos últimos 12 meses ante os 12 meses anteriores (agosto de 2008 a julho de 2009), que alcança em retrospecto a crise, aponta queda de 0,51% na geração de empregos no Brasil, enquanto no Paraná esse recuo foi de 2,39%.

Para Maurílio Schmitt, coordenador do departamento econômico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), a série histórica bianual é muito curta para revelar o real crescimento na abertura de vagas do estado. “Na última década, o Paraná cresceu 84,3% (na geração de empregos industriais), enquanto o Brasil cresceu 59,22%. O Paraná é o primeiro colocado no confronto com as maiores economias do país; em seguida aparecem Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo”, relaciona.

Schmitt entende que a disparidade entre os avanços nacional e local é causada pelas particularidades da indústria paranaense. “A estrutura industrial do Paraná é diferente da de São Paulo ou Minas Gerais. Nós temos larga interferência de matérias primas agrícolas. Em São Paulo, para usar como exemplo a maior economia do Brasil, o setor agro não tem um peso tão grande no conjunto da indústria”, afirma. A cotação das commodities foi seriamente afetada pela crise econômica entre o fim de 2008 e meados de 2009, com queda nas exportações ao longo de todo o ano passado.

Mesmo nos setores mais estruturados da economia industrial paranaense, a recuperação do emprego é mais lenta. A indústria de fabricação de meios de transporte, que reúne montadoras de automóveis, caminhões e ônibus, teve um aumento de empregos de 8,78% no Brasil em julho deste ano, em relação ao mesmo mês do ano passado, e de 0,59% no Paraná. Na mesma projeção, a indústria de alimentos e bebidas cresceu 2,26% no país, enquanto no estado recuou 1,25%.

Novos investimentos - Nos últimos meses, foram anunciados diversos investimentos para a instalação de novas fábricas no estado. A Caterpillar, produtora de maquinário para construção e mineração, vai montar uma unidade fabril em Campo Largo (região metropolitana de Curitiba) que irá empregar 900 pessoas a partir do início de 2012. Na mesma cidade, foi inaugurada em junho uma unidade da FPT, do grupo Fiat, para produção de motores. A fábrica deverá empregar 400 funcionários até o fim deste ano. Em Ibiporã (Norte do estado), a Quartzolit investe R$ 20 milhões em uma nova fábrica de argamassas, ainda sem estimativas de criação de postos de trabalho. “São investimentos que vão amadurecendo devagarinho, e devem aparecer nas futuras edições da pesquisa”, espera Schmitt.

Salários - A mesma pesquisa do IBGE apontou a evolução dos salários em julho em relação ao mesmo mês do ano passado. A folha de pagamento da indústria brasileira registrou aumento de 25,3%, com destaque para os setores de refino de petróleo, coque, combustíveis nucleares e álcool (250,25%) e indústrias extrativas (158,24%). No Paraná, o aumento dos salários industriais foi de 12,38% no mesmo comparativo, também puxado pelo setor de petróleo, coque, combustíveis nucleares e álcool (50,82%), e ainda por fabricação de meios de transporte (21,87%) e metalurgia básica (17,29%).