sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Em Londrina, presidente da Câmara Municipal volta atrás e defende que não haja aumento do número de vereadores

INSTITUTO AME CIDADE, 26 de agosto de 2011


Em Londrina, o presidente da Câmara Municipal, Gerson Araújo (PSDB), mudou de posição sobre o aumento do número de vereadores. Araújo era favorável à mudança de 19 para 21 cadeiras, mas afirmou que a partir de agora defenderá a manutenção das 19 cadeiras.

Em sua página no Twitter, o vereador escreveu que na reunião de diretório de seu partido defenderá que a Câmara permaneça com o número atual de 19 vereadores. Araújo afirmou também que a cidade tem problemas mais urgentes para resolver. “Com problemas mais graves, como a saúde, por exemplo, torna inoportuna a discussão sobre o aumento de vereadores”, ele escreveu. Veja na imagem ao lado.

Duas pesquisas que saíram nesta semana mostraram que o londrinense não quer um aumento no número de vereadores. Nesta quarta-feira a Associação Comercial e Industrial divulgou pesquisa feita pelo Instituto Portinari, que mostrou que 55,8% dos entrevistados são de opinião que o número de vereadores não deve ser alterado. Já 14,1% são favoráveis à redução de vagas e apenas 20,6% defenderam o aumento para 21 vereadores.

Anteriormente, o jornal Folha de Londrinade também havia publicado outra consulta à opinião pública da cidade feita pela Alvorada Pesquisas que também demonstrou a rejeição do londrinense ao aumento. Segundo a pesquisa, 82,5% dos entrevistados escolheram a opção de 19 vereadores entre outras seis possíveis.

Na cidade, entidades da sociedade civil, como a própria Acil, a Sociedade Rural do Paraná e também o Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Norte do Paraná, já se manifestaram contrárias à medida. No mês passado, 22 entidades entregaram aos vereadores um manifesto pedindo que Londrina continue tendo 19 cadeiras.

Gleisi Hoffmann fez acerto com Itaipu para ser demitida e receber uma dinheirama de indenização

INSTITUTO AME CIDADE, 26 de agosto de 2011


Um acordo na alta cúpula dirigente da Itaipu Binacional permitiu à ministra Gleisi Hoffmann receber pelo menos R$ 145 mil quando ela saiu por conta própria da diretoria da empresa em março de 2006: ela saiu candidata ao Senado naquele ano, mas não foi eleita.

Gleisi fez um acordo que permitiu que em vez de pedir demissão ela fosse “exonerada”. Com isso, recebeu, além de férias proporcionais, entre outros, os 40% de indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), além de poder sacar o próprio FGTS.

A descoberta do acordo foi feita pelo jornal O Estado de S. Paulo. A assessoria da ministra confirmou que ela recebeu a multa de 40% relativa ao FGTS no valor de R$ 41.829,79. O jornal foi informado ainda que ela sacou o fundo, mas Gleisi se recusou a revelar o valor. Segundo o Estadão, pelo cálculo em cima dos 40%, a ministra teria pelo menos R$ 104 mil de FGTS. Ou seja, o “acerto” com Itaipu rendeu a ela cerca de R$ 145 mil em 2006.

O jornal revela ainda que a “exoneração” de Itaipu foi publicada no Diário Oficial da União no dia 29 de março de 2006, dois dias antes do prazo final de desincompatibilização dela para sair candidata. O dinheiro entrou na conta de Gleisi quando ela já era pré-candidata ao Senado, mas sua assessoria nega que o recurso tenha sido investido para esse fim.

A ministra também não quis explicar ao jornal por que não pediu a exoneração. Quando deixou Itaipu, sua remuneração bruta era de R$ 31 mil.

Na época do acerto de Gleisi Hoffmann para ser “exonerada” em vez de pedir demissão o presidente da Itaipu Binacional era o mesmo de agora, o político petista Jorge Samek. A ministra e Samek tem uma amizade antiga,desde que Gleisi entrou na política. Quando em 1988 Samek foi eleito para seu primeiro mandato como vereador de Curitiba, ele convidou Gleisi para assessorá-lo na Câmara Municipal.