O GLOBO, 18 de novembro de 2010
Marcos Roberto Bispo dos Santos, o Marquinhos, foi condenado a 18 anos de prisão nesta quinta-feira pela morte do então prefeito de Santo André, Celso Daniel, em janeiro de 2002. A sentença foi lida pelo juiz Antonio Hristov às 17h30. Foragido, Marcos Roberto Bispo dos Santos, o Marquinhos, não compareceu e foi julgado à revelia. Ele foi o primeiro dos sete réus a ser levado a julgamento.
Os jurados concordaram com a tese do Ministério Público de que o crime foi cometido por encomenda e em troca de pagamento de recompensa, o que deve levar a pena do réu.
O julgamento começou pouco antes das 10h. Não houve depoimento de testemunhas, apenas debates entre a defesa e a acusação.
O promotor Francisco Cembranelli sustentou que o crime foi cometido a mando de Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, amigo e ex-assessor do prefeito. Celso Daniel teria decidido tomar providências para interromper um esquema de corrupção na administração municipal, que era comandado por Sombra e abastecia também caixas de campanha do PT, inclusive o da candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a presidente, em 2002. Marquinhos teria participado da captura do prefeito na ação do dia 18 de janeiro de 2002. Ele estava ao volante de um dos três carros usados pelo bando.
A defesa argumentou que não havia prova da participação de Marquinhos no caso e que o depoimento à polícia em que ele confessou a participação no assassinato foi obtido mediante tortura. Em depoimento em juízo, ele mudou a versão e negou envolvimento.
- A única prova contra o Marcos está em confissão (à Polícia Civil), que foi conseguida mediante tortura - afirmou o advogado de defesa, que criticou ainda a participação do ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) nos depoimentos dos presos. A defesa queria que Greenhalgh prestasse depoimento no julgamento, mas ele não foi localizado para ser intimado.
- O deputado foi acusado pelo réu Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira, o Bozinho, de torturá-lo - lembrou.
Marquinhos foi o único a ser julgado agora porque os outros seis réus do processo, incluindo Sombra, recorreram da sentença judicial que os mandou a júri popular. A expectativa é que eles sejam julgados apenas em 2012.
Celso Daniel era obstáculo', diz promotor - A acusação sustentou que o assassinato foi cometido a mando de Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, amigo e ex-assessor de Celso Daniel. Marquinhos teria dirigido um dos carros usados na abordagem a Celso Daniel no dia 18 de janeiro de 2002 na Zona Sul de São Paulo. O prefeito foi achado morto dois dias depois.
- Ele capitaneava esse esquema e se tornou um dos homens mais poderosos da região. Essas pessoas queriam apenas enriquecer. Havia preocupação com o desfile de ostentação dessas pessoas e isso trazia desconforto ao prefeito, que estava preocupado também com as consequências de um escândalo.
Marcos Roberto Bispo dos Santos, o Marquinhos, foi condenado a 18 anos de prisão nesta quinta-feira pela morte do então prefeito de Santo André, Celso Daniel, em janeiro de 2002. A sentença foi lida pelo juiz Antonio Hristov às 17h30. Foragido, Marcos Roberto Bispo dos Santos, o Marquinhos, não compareceu e foi julgado à revelia. Ele foi o primeiro dos sete réus a ser levado a julgamento.
Os jurados concordaram com a tese do Ministério Público de que o crime foi cometido por encomenda e em troca de pagamento de recompensa, o que deve levar a pena do réu.
O julgamento começou pouco antes das 10h. Não houve depoimento de testemunhas, apenas debates entre a defesa e a acusação.
O promotor Francisco Cembranelli sustentou que o crime foi cometido a mando de Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, amigo e ex-assessor do prefeito. Celso Daniel teria decidido tomar providências para interromper um esquema de corrupção na administração municipal, que era comandado por Sombra e abastecia também caixas de campanha do PT, inclusive o da candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a presidente, em 2002. Marquinhos teria participado da captura do prefeito na ação do dia 18 de janeiro de 2002. Ele estava ao volante de um dos três carros usados pelo bando.
A defesa argumentou que não havia prova da participação de Marquinhos no caso e que o depoimento à polícia em que ele confessou a participação no assassinato foi obtido mediante tortura. Em depoimento em juízo, ele mudou a versão e negou envolvimento.
- A única prova contra o Marcos está em confissão (à Polícia Civil), que foi conseguida mediante tortura - afirmou o advogado de defesa, que criticou ainda a participação do ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) nos depoimentos dos presos. A defesa queria que Greenhalgh prestasse depoimento no julgamento, mas ele não foi localizado para ser intimado.
- O deputado foi acusado pelo réu Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira, o Bozinho, de torturá-lo - lembrou.
Marquinhos foi o único a ser julgado agora porque os outros seis réus do processo, incluindo Sombra, recorreram da sentença judicial que os mandou a júri popular. A expectativa é que eles sejam julgados apenas em 2012.
Celso Daniel era obstáculo', diz promotor - A acusação sustentou que o assassinato foi cometido a mando de Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, amigo e ex-assessor de Celso Daniel. Marquinhos teria dirigido um dos carros usados na abordagem a Celso Daniel no dia 18 de janeiro de 2002 na Zona Sul de São Paulo. O prefeito foi achado morto dois dias depois.
- Ele capitaneava esse esquema e se tornou um dos homens mais poderosos da região. Essas pessoas queriam apenas enriquecer. Havia preocupação com o desfile de ostentação dessas pessoas e isso trazia desconforto ao prefeito, que estava preocupado também com as consequências de um escândalo.