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Nos últimos dias o presidente Luiz Inácio Lula da Silva soltou uma frase que certamente ficará colada em sua biografia. Na tentativa de justificar suas concessões políticas, o presidente usou a figura de Jesus Cristo. "Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão", ele disse.
Sua fala causou um imediato repúdio na opinião pública. A impropriedade ganhou manchete na mídia. Nas rodas de amigos, nas conversas familiares, a indignação tomou o lugar da costumeira condescendência que seguidas inconveniências do presidente costumam provocar. A CNBB procurou corrigir a visão equivocada de Lula. O secretário-geral da entidade dom Dimas Lara Barbosa lembrou que, além de não ter feito alianças com os fariseus, Cristo “teve palavras duras para com eles”.
A figura sagrada do cristianismo veio para o centro do debate ético num período de duros ataques do Governo Federal a organismos que têm a tarefa de zelar pela boa aplicação do dinheiro do contribuinte, como o Tribunal de Contas da União. Ministros e lideranças governistas estão sempre reclamando da legislação, tendo a frente o presidente, que direcionou críticas inclusive ao papel fiscalizador da imprensa.
O problema evidente de Lula é com as exigências de transparência e ética. Na sua estranha doutrina cabe até a desqualificação das leis brasileiras de controle do uso do dinheiro público, apontadas em pronunciamentos públicos como estorvos para uma boa governança.
Em agosto, em uma cerimônia de entrega de laptops a estudantes, ele criticou os mecanismos de controle de licitações que, na sua forma de pensar, atrasam compras do governo e impedem programas como o da aquisição de computadores para escolas públicas. Numa alusão óbvia ao TCU, ele disse: "Cada vez que a gente faz uma licitação, acontece sempre alguma coisa para atrapalhar a gente a distribuir esses computadores".
O discurso foi claramente combinado, pois no mesmo evento o ministro da Educação, Fernando Haddad, também reclamou do controle de compras do governo, que impediria o governo de atenuar as ansiedades de dirigentes políticos como o governador do Rio, Luiz Fernando, que atende pelo apelido de Pezão: “Enquanto o Pezão me diz para olhar o que está acontecendo em Piraí, os órgãos de controle dizem: peraí”.
As investidas violentas de Lula parecem seguir um roteiro previamente organizado, com o ensaio calculado até do tom supostamente casual das queixas, o mesmo ocorrendo na escolha de personalidades de prestígio ou até veneradas, com foi o caso do uso indevido de Jesus Cristo.
Em abril deste ano, o alvo verbal do petista foi a memória de Juscelino Kubitschek, um dos presidentes mais populares da história brasileira. Em um flagrante exagero comprovado pela situação do meio ambiente brasileiro, ele disse: “Se o Juscelino Kubitschek fosse construir Brasília hoje, não teria nem licença ambiental para construir a pista para ele descer com seu aviãozinho”.
A desqualificação das normas ética na política chegou às alturas no episódio da desrespeitosa suposição de que Jesus Cristo não teria problemas com o convívio e a parceria com a política representada por José Sarney, Renan Calheiros, Fernando Collor e Jader Barbalho, apenas para citar os notórios, em alianças contrárias à ética e até ao bom senso.
Nem é preciso falar da péssima influência política do presidente com esta tentativa de aliar a imagem de Cristo aos mais baixos negócios da República. Em termos éticos é uma didática ao contrário que, caso desse certo, seria um golpe duro no trabalho de elevar os padrões morais no país.
A indignidade felizmente não prevaleceu. Tanto no aspecto histórico quanto no religioso a figura de Cristo permanece ligada à ética. Porém, o fato de um presidente da República chegar a tanto para justificar a queda moral da política pode ser um sinal de que já está hora dos brasileiros buscarem inspiração no Cristo de chicote na mão punindo a imoralidade.
Nos últimos dias o presidente Luiz Inácio Lula da Silva soltou uma frase que certamente ficará colada em sua biografia. Na tentativa de justificar suas concessões políticas, o presidente usou a figura de Jesus Cristo. "Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão", ele disse.
Sua fala causou um imediato repúdio na opinião pública. A impropriedade ganhou manchete na mídia. Nas rodas de amigos, nas conversas familiares, a indignação tomou o lugar da costumeira condescendência que seguidas inconveniências do presidente costumam provocar. A CNBB procurou corrigir a visão equivocada de Lula. O secretário-geral da entidade dom Dimas Lara Barbosa lembrou que, além de não ter feito alianças com os fariseus, Cristo “teve palavras duras para com eles”.
A figura sagrada do cristianismo veio para o centro do debate ético num período de duros ataques do Governo Federal a organismos que têm a tarefa de zelar pela boa aplicação do dinheiro do contribuinte, como o Tribunal de Contas da União. Ministros e lideranças governistas estão sempre reclamando da legislação, tendo a frente o presidente, que direcionou críticas inclusive ao papel fiscalizador da imprensa.
O problema evidente de Lula é com as exigências de transparência e ética. Na sua estranha doutrina cabe até a desqualificação das leis brasileiras de controle do uso do dinheiro público, apontadas em pronunciamentos públicos como estorvos para uma boa governança.
Em agosto, em uma cerimônia de entrega de laptops a estudantes, ele criticou os mecanismos de controle de licitações que, na sua forma de pensar, atrasam compras do governo e impedem programas como o da aquisição de computadores para escolas públicas. Numa alusão óbvia ao TCU, ele disse: "Cada vez que a gente faz uma licitação, acontece sempre alguma coisa para atrapalhar a gente a distribuir esses computadores".
O discurso foi claramente combinado, pois no mesmo evento o ministro da Educação, Fernando Haddad, também reclamou do controle de compras do governo, que impediria o governo de atenuar as ansiedades de dirigentes políticos como o governador do Rio, Luiz Fernando, que atende pelo apelido de Pezão: “Enquanto o Pezão me diz para olhar o que está acontecendo em Piraí, os órgãos de controle dizem: peraí”.
As investidas violentas de Lula parecem seguir um roteiro previamente organizado, com o ensaio calculado até do tom supostamente casual das queixas, o mesmo ocorrendo na escolha de personalidades de prestígio ou até veneradas, com foi o caso do uso indevido de Jesus Cristo.
Em abril deste ano, o alvo verbal do petista foi a memória de Juscelino Kubitschek, um dos presidentes mais populares da história brasileira. Em um flagrante exagero comprovado pela situação do meio ambiente brasileiro, ele disse: “Se o Juscelino Kubitschek fosse construir Brasília hoje, não teria nem licença ambiental para construir a pista para ele descer com seu aviãozinho”.
A desqualificação das normas ética na política chegou às alturas no episódio da desrespeitosa suposição de que Jesus Cristo não teria problemas com o convívio e a parceria com a política representada por José Sarney, Renan Calheiros, Fernando Collor e Jader Barbalho, apenas para citar os notórios, em alianças contrárias à ética e até ao bom senso.
Nem é preciso falar da péssima influência política do presidente com esta tentativa de aliar a imagem de Cristo aos mais baixos negócios da República. Em termos éticos é uma didática ao contrário que, caso desse certo, seria um golpe duro no trabalho de elevar os padrões morais no país.
A indignidade felizmente não prevaleceu. Tanto no aspecto histórico quanto no religioso a figura de Cristo permanece ligada à ética. Porém, o fato de um presidente da República chegar a tanto para justificar a queda moral da política pode ser um sinal de que já está hora dos brasileiros buscarem inspiração no Cristo de chicote na mão punindo a imoralidade.
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