ULTIMA INSTÂNCIA, 2 de novembro de 2009
O MPF (Ministário Público Federal) em Bauru e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em conjunto com a Polícia Federal, desvendaram um esquema milionário de desvio de verbas públicas que ocorria na Associação Hospitalar de Bauru, conveniada ao SUS (Sistema Único de Saúde), mantenedora do Hospital de Base e da Maternidade Santa Isabel, na mesma cidade.
De acordo com as investigações, iniciadas em fevereiro deste ano, foram interceptações telefônicas, mediante autorização da 2ª Vara Federal de Bauru, que possibilitaram o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão de documentos, na última quinta-feira (29/10).
O teor das conversas revelou conselheiros e diretores da Associação Hospitalar se articulando para aprovar as contas de um empréstimo no valor de R$ 16 milhões, contraído junto à Caixa Econômica Federal —quantia esta que foi emprestada com o objetivo de antecipar verbas federais à entidade.
Com isso, foram decretadas as prisões de Joseph Saab (presidente da Associação há 14 anos), Marcelo Saab (dentista, filho do presidente), Vladmir Scarpp (superintendente, diretor financeiro), Samuel Fortunato (diretor técnico, responsável pelo setor de compras), Célio Parisi (conselheiro), Maria Lúcia Lopes Saab (supervisora de serviço de apoio).
A prisão temporária destas seis pessoas foi pedida pelos MPs, e considerada imprescindível, por conta dos primeiros resultados do trabalho, já que foi descoberta a intenção deles de ocultar alguns indícios materiais do empréstimo e destino do dinheiro.
Investigação continua
Procuradores, promotores e a Polícia Federal prosseguem com as investigações, analisando o material apreendido, interrogando os acusados presos e ouvindo testemunhas. As novas informações serão compartilhadas com o Denasus, órgão de fiscalização do SUS, e com a Secretaria de Estado da Saúde.
São investigadas também outras formas de desvio, como duplicidade na cobrança dos atendimentos médicos do SUS (há casos de procedimentos pagos até três ou mais vezes) e fraudes na aquisição de medicamentos e próteses.
O MPF, o MP-SP e a PF investigam indícios de vários crimes, como falsidade material e ideológica, peculato (apropriação de verbas públicas) e crime de quadrilha ou bando. A investigação poderá resultar ainda em ações por improbidade administrativa nos casos em que houve apropriação indevida de recursos do SUS.
A operação de busca e apreensão foi realizada e a investigação prossegue com os hospitais mantidos pela associação abertos normalmente, prestando atendimento normal à população de Bauru e região.
*Com informações da assessoria de imprensa do MPF.
O MPF (Ministário Público Federal) em Bauru e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em conjunto com a Polícia Federal, desvendaram um esquema milionário de desvio de verbas públicas que ocorria na Associação Hospitalar de Bauru, conveniada ao SUS (Sistema Único de Saúde), mantenedora do Hospital de Base e da Maternidade Santa Isabel, na mesma cidade.
De acordo com as investigações, iniciadas em fevereiro deste ano, foram interceptações telefônicas, mediante autorização da 2ª Vara Federal de Bauru, que possibilitaram o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão de documentos, na última quinta-feira (29/10).
O teor das conversas revelou conselheiros e diretores da Associação Hospitalar se articulando para aprovar as contas de um empréstimo no valor de R$ 16 milhões, contraído junto à Caixa Econômica Federal —quantia esta que foi emprestada com o objetivo de antecipar verbas federais à entidade.
Com isso, foram decretadas as prisões de Joseph Saab (presidente da Associação há 14 anos), Marcelo Saab (dentista, filho do presidente), Vladmir Scarpp (superintendente, diretor financeiro), Samuel Fortunato (diretor técnico, responsável pelo setor de compras), Célio Parisi (conselheiro), Maria Lúcia Lopes Saab (supervisora de serviço de apoio).
A prisão temporária destas seis pessoas foi pedida pelos MPs, e considerada imprescindível, por conta dos primeiros resultados do trabalho, já que foi descoberta a intenção deles de ocultar alguns indícios materiais do empréstimo e destino do dinheiro.
Investigação continua
Procuradores, promotores e a Polícia Federal prosseguem com as investigações, analisando o material apreendido, interrogando os acusados presos e ouvindo testemunhas. As novas informações serão compartilhadas com o Denasus, órgão de fiscalização do SUS, e com a Secretaria de Estado da Saúde.
São investigadas também outras formas de desvio, como duplicidade na cobrança dos atendimentos médicos do SUS (há casos de procedimentos pagos até três ou mais vezes) e fraudes na aquisição de medicamentos e próteses.
O MPF, o MP-SP e a PF investigam indícios de vários crimes, como falsidade material e ideológica, peculato (apropriação de verbas públicas) e crime de quadrilha ou bando. A investigação poderá resultar ainda em ações por improbidade administrativa nos casos em que houve apropriação indevida de recursos do SUS.
A operação de busca e apreensão foi realizada e a investigação prossegue com os hospitais mantidos pela associação abertos normalmente, prestando atendimento normal à população de Bauru e região.
*Com informações da assessoria de imprensa do MPF.
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