JORNAL DE LONDRINA, 21 de outubro de 2009
Moradores precisaram ser retirados durante a noite. Defesa Civil da cidade está em alerta e preparada para levar as pessoas aos abrigos municipais, caso seja necessário
Apesar de ter cessado a chuva em Ibiporã e Jataizinho, Norte do Paraná, o nível do Rio Tibagi continua pelo menos 5 metros acima do normal e não dá sinais de que vai baixar. Famílias de oito chácaras às margens do Rio, que resistiram à retirada do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil para esperarem o nível baixar, tiveram de sair no início da madrugada, deixando móveis e bens para trás.
A situação do rio deixa em alerta as autoridades. “A nascente do Tibagi fica em Ponta Grossa, e a gente fica dependente das chuvas naquela região”, afirmou o coordenador da Defesa Civil de Jataizinho, Dorival Pereira Duarte. Segundo ele, há previsão de chuvas a partir da madrugada. “Continuamos em alerta porque o tempo não está dando trégua. Vamos permanecer nessa condição até retornar à normalidade do clima”, disse o coordenador da Defesa Civil de Ibiporã, subtenente Saul de Lima Brendink.
De acordo com o subtenente, a situação mais grave é em Jataizinho. Do lado de Ibiporã, nenhuma família precisou ser retirada e a cidade volta, aos poucos, à normalidade. Em todas as escolas municipais e estaduais atingidas pela chuva dos últimos dias, as aulas foram retomadas. As que permanecem interditadas, segundo ele, são a Escola Municipal Aldivina Moreira de Paula (Jardim Pinheiros), o Colégio Estadual Antônio Iglesias (situado num prédio ao lado) e o Centro de Educação Infantil Bárbara Machado (Jardim San Rafael).
O prédio da Biblioteca Pública ainda é o mais afetado. Os funcionários foram transferidos para a Fundação Cultural e o acervo foi coberto com lona e transferido para um local seco. De acordo com a prefeitura, o forro cedeu sobre o setor infantil e algumas placas de gesso ficaram comprometidas.
Rio Jataizinho
Depois de passarem a noite em abrigos ou casas de familiares, alguns moradores começaram a voltar, nesta terça-feira (20), para suas casas, à beira do córrego Jataizinho. Com a cheia do Tibabi, o córrego transbordou em alguns pontos na segunda-feira (19), obrigando moradores a saírem de suas casas. Foram pelo menos 18 famílias da Vila Bernardes. “Alguns dormiram no salão comunitário da igreja católica enquanto outros penduraram os móveis no teto e foram para casa de parentes”, afirmou Duarte. A Rua Orlando Sales permanece interditada porque estourou a tubulação.
Noroeste
Estragos também foram registrados no noroeste do estado. Em Loanda, tanques usados pelo Ibama para reprodução de peixes foram levados pela enxurrada. Em São João do Ivaí, pelo menos 60 casas foram destelhadas e a cobertura do Ginásio de Esportes foi ao chão.
Entretanto, a situação mais grave foi mesmo na zona rural. Mais de 70 postes caíram e uma plantação de eucaliptos ficou destruída. No Distrito de Luar, uma ponte de 35 metros sobre um rio que cortava o local foi destruída.
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