terça-feira, 15 de setembro de 2009

Requião determina que Siate e não a polícia atenda vítimas de confrontos com policiais

AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO GOVERNO DO PR, 14 de setembro de 2009


O governador Roberto Requião anunciou, durante a reunião Mãos Limpas desta segunda-feira (14), novo protocolo para atendimento a criminosos vítimas de confrontos com a polícia. A partir de agora, será o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) o responsável pelo atendimento e encaminhamento dos feridos aos hospitais.

“Quando houver confronto de policiais com marginais, os policiais não poderão mais recolher as vítimas e levá-las para os hospitais. Isso era feito para dar mais agilidade no atendimento, só que esta é uma tarefa do Siate. Estamos mudando esses procedimentos para que a sociedade tenha a garantia que a nossa polícia é firme, mas não é violenta. Não aceitamos excessos”, disse o governador. A medida será colocada em prática nos próximos dias.

O secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, explicou que mesmo que o intuito dos policiais seja socorrer as vítimas o mais rápido possível, o atendimento é inadequado, além de alterar a cena do confronto. “Como o prazo de atendimento do Siate hoje é muito rápido, este atendimento será feito pelos nossos paramédicos que são especializados. Esta é uma maneira de estabelecer o protocolo de atuação e ainda preservar a cena do embate para que sejam investigadas as circunstâncias da morte”, disse.

O secretário também adotou a medida de informar, pessoalmente, ao Ministério Público Estadual todos os casos de confronto com morte, para que o processo seja acompanhando até seu encaminhamento ao Judiciário. “É importante dizer que o Ministério Público tem comparecido em todas as ocorrências onde há com confronto com óbito. É dado testemunho pessoal a mim e ao comandante da PM. Estamos com um sistema de controle muito rígido e o objetivo é sempre melhorar”, explicou Delazari.

Em todos os confronto entre policiais e bandidos, os policiais são afastados das funções até que sejam apuradas as circunstâncias em que os tiros ocorreram. Durante este período, eles recebem atendimento psicológico. O inquérito policial-militar tem 40 dias prorrogáveis por mais 20 para ser concluído. O Ministério Público acompanha todo processo até o encaminhamento para o Judiciário.

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