sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Gripe A: 1.116 casos confirmados na região de Cornélio Procópio

AGORA CORNÉLIO, 25 de setembro de 2009


Com 1.166 casos confirmados, a 18ª Regional de Saúde, sediada em Cornélio Procópio, continua em terceiro lugar no tocante a gripe Influenza A (H1N1), também conhecida como gripe suína no Paraná. É o que aponta o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde. Nele, o Estado tem hoje 13.351 casos confirmados por exame laboratorial e por critérios clínicos, sendo que 245 tiveram complicações e foram a óbito. Outros 3.470 casos foram negativos. Curitiba e região aparece em primeiro lugar com (5.075), seguido de Cascavel com (1.458 casos).

As regiões com maior número de casos confirmados são Cornélio Procópio (1.166), Francisco Beltrão (1.097) e Pato Branco (823). Já as regiões com maior número de óbitos são Curitiba e região (80), Cascavel (20), Foz do Iguaçu (19), Maringá (18), Toledo (12) e Londrina (12).

As mortes ocorreram entre os dias 14 de julho e 23 de setembro e estão distribuídas por sexo e faixa etária: 57% eram mulheres e 43%, homens. Quanto à faixa etária, 60,4% das mortes ocorreram em pessoas que tinham entre 20 e 49 anos, 21,2% entre 50 e 59 anos e 9% entre 5 e 19 anos.

Em entrevista concedida ao site de notícias Agora Cornélio, o chefe da 18ª Regional de Saúde, Dr. Evandro Bazan de Carvalho disse que os números mostram que a etapa mais intensa da epidemia da nova gripe já passou e que estamos entrando em uma fase de estabilização. "Temos a certeza de que a demanda por assistência à saúde foi atendida neste período e que ninguém que precisou do medicamento ficou sem", afirmou.

Ele acredita que com a chegada da primavera, a tendência é que haja uma redução de casos de gripe, porém, isto não significa que a população deve baixar a guarda, mantendo os cuidados necessários com a higiene. "Lavar as mãos e manter as janelas abertas ajudam inclusive na prevenção de outras doenças", observou o médico. Dr. Evandro lembrou que apesar da região de Cornélio Procópio ter 1.166 casos da nova gripe, foram registrados apenas dois óbitos, ambos no município de Santa Amélia. Na sua opinião, isso é fruto do trabalho desenvolvido pelos funcionários da 18ª Regional de Saúde, priorizando atendimento aos pacientes da doença nos 23 municípios de sua área de atuação.

A diretora do Departamento Municipal de Saúde, enfermeira Alessandra Mariucci lembra que a gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal. Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.

A especialista citou estudo do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos comprovando que as gestantes correm mesmo um risco maior de complicações graves com a nova gripe. "Isso porque toda grávida passa por mudanças importantes nos sistemas de respiração e de defesa do organismo. Por isso ficam mais vulneráveis a certos vírus", observou. Alessandra Mariucci assinalou que a imunidade das grávidas diminui para permitir que o bebê se desenvolva sem ser combatido como um possível corpo estranho. "Outro fator é que o útero aumenta e comprime o pulmão, que fica mais sujeito a infecções", acentuou. De acordo com ela, os sintomas e os sinais desta gripe, tanto na grávida, quanto nas pessoas não grávidas, são os mesmos, com a diferença é que na grávida as coisas ocorrem com mais rapidez e mais severidade. Mas os sintomas de modo geral, são a febre, a tosse, dor de garganta, dor de cabeça, dor no corpo e não poucos casos, estão tendo também diarréias e vômitos.

A transmissão se dá muito mais pelo contato manual até, do que pela inalação, se alguém está resfriado e encosta a mão em algum lugar, o vírus vai ficar lá um tempão", lembrou. Alessandra Mariucci ressalta também que, quem colocar a mão em um lugar contaminado vai passar a carregar milhões de partículas do vírus e aí o contágio acontece de forma simples: basta levar a mão à boca, ao nariz ou ao olho para adquirir a doença. As crianças correm mais risco. "Onde tem um quadrado com 30, 40, 50 crianças fechadas, é muito ruim, se uma criança destas espirrar passa para todo mundo", concluiu ela.

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