Duas pessoas morreram hoje (24) após a explosão de uma loja de fogos de artifício na cidade de Santo André, na Grande São Paulo. Em entrevista à Agência Brasil, o prefeito de Santo André, Aidan Antonio Ravin, disse que ainda não foi possível identificar os mortos, mas que os corpos são de um homem entre 45 e 50 anos e de uma senhora. O proprietário da loja ainda não foi localizado.
De acordo com o prefeito, quatro casas foram destruídas com a explosão. O Corpo de Bombeiros ainda trabalha no local. Entre cinco e oito pessoas foram atendidas nos hospitais de Santo André. “Quem foi atendido [nos hospitais] não tem nada grave. E isso é bom”, disse o prefeito. Seis casas próximas ao local da explosão foram condenadas pela Defesa Civil, segundo informou o prefeito. “Estamos visitando todas as casas para dar a atenção máxima a todo mundo", disse Ravin.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a explosão na Rua Américo Guazelli, na Vila Alzira, ocorreu por volta das 12h30 e provocou a destruição de casas e carros. “O pessoal que estava no gabinete [do prefeito, que fica a cerca de 2 quilômetros do local do sinistro] acabou ouvindo [a explosão] e vendo a fumaça”, afirmou o prefeito.
O delegado Luiz Carlos Santos, da Delegacia Seccional de Santo André, esteve no local da explosão na tarde de hoje, juntamente com o coronel Luiz Humberto Navarro, comandante do Corpo de Bombeiros, e o prefeito da cidade.
Segundo o delegado, o imóvel onde a explosão ocorreu possuía todos os alvarás em ordem, e atendia aos requisitos de comercialização de fogos de artifício. Santos ainda afirmou que há indícios de que havia fabricação nos fundos do estabelecimento, o que não era permitido. Essa possibilidade está sendo investigada.
De acordo com o prefeito, a loja tinha autorização para vender pipas e fogos de artifício. “É uma loja antiga na região, desde 1996", afirmou o prefeito.
Prefeitura diz que negou pedido de loja para vender fogos de artifício
A prefeitura de Santo André, em nota à imprensa, afirma que a loja que vendia fogos de artifício e que explodiu hoje (24), provocando a morte de duas pessoas, tinha problemas em um dos alvarás para funcionamento. A loja se localizava na altura do número 222 da Rua Américo Guazelli, no bairro Silveira.
Segundo a prefeitura, o proprietário entrou com um pedido para venda de fogos de artifício no varejo em 7 de maio deste ano, com base em uma lei municipal..
No dia 23 de junho, a prefeitura solicitou um novo auto de vistoria do Corpo de Bombeiros. O documento havia vencido no dia 16 de junho. Como o laudo dos bombeiros não foi apresentado pelo comerciante, a prefeitura indeferiu o pedido de venda de fogos de artifício no dia 14 de setembro.
Com a explosão ocorrida hoje (24), quatro casas foram destruídas e 30 foram evacuadas. Segundo a prefeitura, nove pessoas com escoriações leves foram atendidas no Centro Hospitalar Municipal e duas delas permanecem em observação. Dois feridos foram transferidos para outros hospitais. Três pessoas foram atendidas no pronto-atendimento local com escoriações leves.
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