quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Cesta básica fica mais cara em dez capitais, mostra pesquisa do Dieese

AGÊNCIA BRASIL, 7 de outubro de 2009


O valor da cesta básica subiu, na passagem de agosto para setembro, em dez das 17 capitais onde é feita a apuração do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Mais uma vez, a cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 245,86), com alta de 3,01%. No mês passado, a cesta básica na capital gaúcha havia apresentado custo médio de R$ 238,67%, 0,51% acima do constatado em julho.

O maior reajuste, entretanto, ocorreu em Florianópolis, onde a cesta básica teve aumento de 3,57%, passando a custar R$ 224,26. Em São Paulo, os itens básicos ficaram 1,86% mais caros e chegaram a R$ 229,89, o segundo maior valor entre as 17 capitais pesquisadas.

Entre as sete cidades que registraram queda, a retração mais expressiva foi observada em Goiânia (-7,82), onde foi preciso desembolsar R$ 181,29 para comprar uma cesta básica. A capital goiana apresentou o segundo menor valor, atrás apenas de Sergipe, onde a cesta passou a custar R$ 164,50, 2,12% a menos do que no levantamento de agosto.

No acumulado do ano, de janeiro a setembro, o valor da cesta básica diminuiu em 15 das 17 capitais, na comparação com os dados de igual período do ano passado. Houve alta apenas em Belém ( 1,57%) e em Salvador (1,36%).

A pesquisa mostra que o açúcar foi o produto com maior reajuste (7,3%), seguido da batata (7,1%) e do tomate (6,1%). Já entre os que ficaram mais baratos estão o leite (-6,1%), o feijão (-6,1%) e o arroz (-1,8%).

Pelos cálculos do Dieese, o trabalhador precisaria de uma renda mínima de R$ 2.065,47 para arcar com as despesas da família, levando em consideração o maior valor da cesta encontrado. No levantamento anterior, o vencimento estimado foi de R$ 2.005,07.

Segundo a pesquisa, para conseguir comprar os produtos da cesta básica, o trabalhador que ganha o salário mínimo (R$ 465) tem que cumprir uma jornada de 96 horas e 23 minutos, ante o total de 96 horas e 37 minutos da apuração passada. Houve queda também na comparação com os dados referentes a setembro de 2008, quando o tempo necessário foi calculado em 106 horas e 37 minutos.


Em Curitiba cesta básica sobe 1,32% no mês de setembro
GAZETA DO POVO, 7 de outubro de 200906/10/2009


Na capital, são necessárias 101 horas de trabalho para gastos com alimentação. Para uma família de quatro pessoas o custo é de R$642,78

A cesta básica teve aumento 1,32% em Curitiba no mês de setembro, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). No entanto, ao longo de 2009 o valor da cesta básica registrou queda de 6,60% na capital paranaense e nos últimos 12 meses o acumulado foi de -1,76%.

Em setembro, o custo da cesta básica para um trabalhador foi de R$ 214,26, em Curitiba, sendo que a despesa diária era de R$ 7,14. Em agosto o preço da cesta básica para uma pessoa era de R$ 211,47.

Já para uma família da capital paranaense com quatro pessoas (casal e mais duas crianças) o custo era de R$ 642,78. Nesse caso seria preciso 1,38 salários mínimos apenas para suprir os gastos com alimentação dessa família no mês de setembro.

De acordo com o Dieese, a pessoa que recebeu um salário mínimo em setembro teve que trabalhar 101h22min, da carga de 220 horas determinada por lei, para suprir os gastos com alimentação.

O item da cesta básica que teve o maior reajuste em setembro foi o tomate, o aumento foi de 18,67%. A seguir, as maiores altas foram do açúcar (10,34%) e da batata (9,15%). Já o leite foi o produto que apresentou a maior diminuição no preço (-10,62%) em setembro. A seguir, apareceram o feijão (-5,28%) e o pão (-0,98%).

Curitiba apareceu na nona colocação entre as 17 pesquisadas pelo Dieese com relação ao valor da cesta básica (R$ 214,26) e na sexta colocação no que diz respeito ao aumento do mês de setembro (1,32%).

A capital com a cesta básica mais cara em setembro foi Porto Alegre (R$ 245,86). No entanto, Florianópolis foi a que apresentou a maior elevação com relação ao mês anterior (3,57%).

Além disso, entre as capitais pesquisadas, Aracaju foi a que apresentou cesta básica mais barata do país (R$ 164,50). E Goiânia foi a que teve a maior queda em comparação com o mês anterior (-7,82%).

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