FOLHA DE S. PAULO, 13 de setembro de 2009
Aumento no uso da capacidade instalada pressiona setor a investir em ampliação
Embora tenha ficado estável no segundo trimestre, o nível de investimentos deve começar a aumentar agora, estimulado pela ampliação do uso da capacidade instalada na indústria.
A tendência é que esse fator tenha nos próximos meses participação maior no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), puxado no segundo trimestre especialmente pelo consumo das famílias e pelo setor de serviços.
Segundo Flávio Castelo Branco, gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI (Confederação Nacional da Indústria), a indústria já utiliza em média 80% de sua capacidade -antes da crise, o percentual chegava a 83%.
Com a oferta crescente, o nível de utilização já está chegando a um patamar "justo". "A previsão de alta na demanda obriga as empresas a investir em sua ampliação para não perder espaço no mercado", disse Castelo Branco. "Começa a se aproximar a hora em que as empresas precisarão realizar novos investimentos."
A CNI considera que a crise não está "inteiramente superada", já que a queda de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) em relação ao mesmo período do ano passado "explicita os danos ainda existentes".
O ambiente, porém, está mais favorável para as empresas investirem, afirma Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
"A dose de temor já diminuiu, e as empresas já incorporaram a sensação de que a crise aguda passou."
Para Francini, a ação do governo por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para financiar os investimentos trouxe um estímulo para a indústria investir mais.
"Vamos colher esses frutos no final do ano. Não sabemos em que intensidade, mas sabemos que haverá retorno no nível de investimentos."
Para a compra de máquinas e equipamentos, o BNDES baixou a taxa anual de juros para 4,5% e alongou o prazo de financiamento para até dez anos, com dois de carência. O benefício vale até o fim deste ano.
A Fiesp considera que, apesar do retorno dos investimentos, a "verdadeira recuperação da atividade industrial ocorrerá apenas em 2010".
Segundo Julio Gomes de Almeida, professor da Unicamp e ex-secretário de Política Econômica, os investimentos já "caíram o que tinham que cair". Para ele, a tendência agora é de alta, mas o patamar pré-crise poderá ser alcançado apenas dentro de um ano. "Isso porque o tombo foi muito grande. Demora para recuperar."
Aumento no uso da capacidade instalada pressiona setor a investir em ampliação
Embora tenha ficado estável no segundo trimestre, o nível de investimentos deve começar a aumentar agora, estimulado pela ampliação do uso da capacidade instalada na indústria.
A tendência é que esse fator tenha nos próximos meses participação maior no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), puxado no segundo trimestre especialmente pelo consumo das famílias e pelo setor de serviços.
Segundo Flávio Castelo Branco, gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI (Confederação Nacional da Indústria), a indústria já utiliza em média 80% de sua capacidade -antes da crise, o percentual chegava a 83%.
Com a oferta crescente, o nível de utilização já está chegando a um patamar "justo". "A previsão de alta na demanda obriga as empresas a investir em sua ampliação para não perder espaço no mercado", disse Castelo Branco. "Começa a se aproximar a hora em que as empresas precisarão realizar novos investimentos."
A CNI considera que a crise não está "inteiramente superada", já que a queda de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) em relação ao mesmo período do ano passado "explicita os danos ainda existentes".
O ambiente, porém, está mais favorável para as empresas investirem, afirma Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
"A dose de temor já diminuiu, e as empresas já incorporaram a sensação de que a crise aguda passou."
Para Francini, a ação do governo por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para financiar os investimentos trouxe um estímulo para a indústria investir mais.
"Vamos colher esses frutos no final do ano. Não sabemos em que intensidade, mas sabemos que haverá retorno no nível de investimentos."
Para a compra de máquinas e equipamentos, o BNDES baixou a taxa anual de juros para 4,5% e alongou o prazo de financiamento para até dez anos, com dois de carência. O benefício vale até o fim deste ano.
A Fiesp considera que, apesar do retorno dos investimentos, a "verdadeira recuperação da atividade industrial ocorrerá apenas em 2010".
Segundo Julio Gomes de Almeida, professor da Unicamp e ex-secretário de Política Econômica, os investimentos já "caíram o que tinham que cair". Para ele, a tendência agora é de alta, mas o patamar pré-crise poderá ser alcançado apenas dentro de um ano. "Isso porque o tombo foi muito grande. Demora para recuperar."
Nenhum comentário:
Postar um comentário