GAZETA DO POVO, 9 de setembro de 2009
Rio Tietê transborda pela primeira vez desde 2005; deslizamento em Itaquera deixa 2 crianças mortas; em Osasco, 1 pessoa morre e 3 estão desaparecidas; no Sul e na Argentina, mais vítimas e cidades destruídas
Sul e Sudeste enfrentaram ontem dificuldades típicas de verão, com enchentes em 4 Estados, alagamentos e 7 mortes, mas ainda no inverno. A capital paulista registrou o dia de setembro mais chuvoso da história, com 62,6 mm de precipitação até as 15h. Um fenômeno climático atípico, fora de época, causou a tragédia. Os problemas começaram no sul da Argentina, onde tornados mataram 10 e feriram 50 na segunda-feira. Na madrugada, os ventos de mais de 100 km/h chegaram ao Sul do Brasil e causaram a morte de 4 pessoas em Guaraciaba, extremo oeste de Santa Catarina. Há dezenas hospitalizadas. Pelo menos 70% das casas da cidade sofreram danos.
Poucas horas depois, pela manhã, os temporais chegaram à Grande São Paulo. Três pessoas morreram e três continuavam desaparecidas até as 23h, após a queda de um muro de uma escola, na zona leste da capital, e um deslizamento de terra em Osasco. Entre os mortos, duas crianças (Itaquera) e uma mulher (Osasco). Mas pode haver mais vítimas. Pelo menos dois socorridos pelos bombeiros estavam em estado grave. Além disso, em um dos momentos mais graves, cerca de 3 mil atendimentos dos serviços 190 e 193 deixaram de ser feitos, por causa de uma pane no sistema telefônico.
E foi mais um dia de caos no trânsito. A Marginal do Tietê transbordou pela primeira vez desde 2005. Houve 93 pontos de alagamento - 24 intransitáveis, segundo a Defesa Civil do Município -, o trânsito ficou acima da média desde 8h. O pico de lentidão ocorreu às 19h: 160 km.Pelo menos 12 árvores caíram em várias regiões. Três delas provocaram corte de energia em Itaim-Bibi, Ipiranga e Vila Mariana, zona sul. Pirituba, na zona norte, Lapa e Barra Funda, na zona oeste, sofreram mais com a falta de luz - um raio caiu sobre uma estação de transmissão e interrompeu por 38 minutos o fornecimento.
As principais estradas paulistas tiveram lentidão na chegada à capital e as pistas centrais da Via Anchieta, nos dois sentidos, foram fechadas por causa do transbordamento do Ribeirão dos Couros. Entre os aeroportos, Cumbica e Congonhas tiveram voos transferidos para outros Estados.
O governo do Estado afirmou que as obras de aprofundamento da calha do Tietê reduziram os problemas. O governador José Serra (PSDB) determinou que os trabalhos sejam prorrogados por um ano. O prefeito Gilberto Kassab (DEM) destacou que se fez "todo o trabalho de drenagem". "Isso para que a cidade suporte a chuva qualquer que seja a intensidade." Ele afirmou não ter reduzido, neste ano, o investimento em controle de cheias - R$ 132,8 milhões até julho - e atribuiu qualquer responsabilidade por problemas aos governos que o antecederam.
Rio Tietê transborda pela primeira vez desde 2005; deslizamento em Itaquera deixa 2 crianças mortas; em Osasco, 1 pessoa morre e 3 estão desaparecidas; no Sul e na Argentina, mais vítimas e cidades destruídas
Sul e Sudeste enfrentaram ontem dificuldades típicas de verão, com enchentes em 4 Estados, alagamentos e 7 mortes, mas ainda no inverno. A capital paulista registrou o dia de setembro mais chuvoso da história, com 62,6 mm de precipitação até as 15h. Um fenômeno climático atípico, fora de época, causou a tragédia. Os problemas começaram no sul da Argentina, onde tornados mataram 10 e feriram 50 na segunda-feira. Na madrugada, os ventos de mais de 100 km/h chegaram ao Sul do Brasil e causaram a morte de 4 pessoas em Guaraciaba, extremo oeste de Santa Catarina. Há dezenas hospitalizadas. Pelo menos 70% das casas da cidade sofreram danos.
Poucas horas depois, pela manhã, os temporais chegaram à Grande São Paulo. Três pessoas morreram e três continuavam desaparecidas até as 23h, após a queda de um muro de uma escola, na zona leste da capital, e um deslizamento de terra em Osasco. Entre os mortos, duas crianças (Itaquera) e uma mulher (Osasco). Mas pode haver mais vítimas. Pelo menos dois socorridos pelos bombeiros estavam em estado grave. Além disso, em um dos momentos mais graves, cerca de 3 mil atendimentos dos serviços 190 e 193 deixaram de ser feitos, por causa de uma pane no sistema telefônico.
E foi mais um dia de caos no trânsito. A Marginal do Tietê transbordou pela primeira vez desde 2005. Houve 93 pontos de alagamento - 24 intransitáveis, segundo a Defesa Civil do Município -, o trânsito ficou acima da média desde 8h. O pico de lentidão ocorreu às 19h: 160 km.Pelo menos 12 árvores caíram em várias regiões. Três delas provocaram corte de energia em Itaim-Bibi, Ipiranga e Vila Mariana, zona sul. Pirituba, na zona norte, Lapa e Barra Funda, na zona oeste, sofreram mais com a falta de luz - um raio caiu sobre uma estação de transmissão e interrompeu por 38 minutos o fornecimento.
As principais estradas paulistas tiveram lentidão na chegada à capital e as pistas centrais da Via Anchieta, nos dois sentidos, foram fechadas por causa do transbordamento do Ribeirão dos Couros. Entre os aeroportos, Cumbica e Congonhas tiveram voos transferidos para outros Estados.
O governo do Estado afirmou que as obras de aprofundamento da calha do Tietê reduziram os problemas. O governador José Serra (PSDB) determinou que os trabalhos sejam prorrogados por um ano. O prefeito Gilberto Kassab (DEM) destacou que se fez "todo o trabalho de drenagem". "Isso para que a cidade suporte a chuva qualquer que seja a intensidade." Ele afirmou não ter reduzido, neste ano, o investimento em controle de cheias - R$ 132,8 milhões até julho - e atribuiu qualquer responsabilidade por problemas aos governos que o antecederam.
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