quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Vereador suspeito de manter funcionária fantasma é preso pelo Gaeco

JORNAL DE LONDRINA, 14 de outubro de 2009

Rodrigo Gouvêa (PRP) teve a prisão preventiva decretada e cumprida na tarde desta terça-feira (13) em Londrina. Ele ainda é investigado por ser suspeito de cobrar propina para aprovar um projeto


O vereador Rodrigo Gouvêa (PRP) foi preso na tarde desta terça-feira (13) em Londrina. Ele foi levado para a sede do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O promotor Cláudio Esteves confirmou ao JL a prisão do vereador, que foi preso com base nas denúncias de manter uma funcionária fantasma em seu gabinete – o que ele nega.

De acordo com o despacho da juíza que autorizou a prisão do vereador, Carla Pedalino, da 4ª Vara Criminal, Gouvêa foi preso para não atrapalhar a investigação processual nem a ordem pública. Ele foi preso por peculato, no início da tarde, enquanto estava no trânsito, na Rua Benjamin Constant.

Segundo o Ministério Público (MP), o vereador teria dividido salários com uma suposta funcionária fantasma, Maria Aparecida Vieira. Seria uma forma de “pagar por serviços eleitorais prestados por ela”, já que Maria não prestava os serviços para os quais foi contratada. A suposta funcionária fantasma recebia perto de R$ 2 mil.

O vereador não esteve presente na sessão desta terça-feira da Câmara de Vereadores. De acordo com informações da Rádio Paiquerê AM, o vereador foi preso na casa do pai dele, por policiais do serviço reservado da Polícia Militar (PM) e por integrantes do serviço reservado do Gaeco.

O vereador também está sendo investigado pelo Ministério Público (MP) por suspeita de cobrar propina para votar leis. Ele já foi denunciado por corrupção passiva em setembro, pelo Ministério Público de Londrina, que também pediu o afastamento dele sob o argumento de que o vereador pode atrapalhar a investigação.

O Conselho de Ética do diretório estadual do Partido Republicano Progressista PRP decidiu, no dia 8 de outubro, expulsar o vereador londrinense Rodrigo Gouvêa. Ele respondia um processo por infidelidade partidária porque apoiou o prefeito Barbosa Neto (PDT), no chamado terceiro turno das eleições municipais, enquanto a coligação do partido estava apoiando o candidato Luiz Carlos Hauly (PSDB).

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