sábado, 27 de fevereiro de 2010

Requião acusa ministro Paulo Bernardo de superfaturamento

BRASIL LIMPEZA, 26 de fevereiro de 2010

Lula planeja palanques duplos, triplos, infindáveis palanques país afora. Os petistas agem como de costume: fazem o que sempre criticaram nos outros. Neste aspecto são bem parecidos com os bolcheviques, que protestaram bastante contra os crimes do Czar para depois, no poder, fazer até pior.

Mas voltando aos palanques lulo-petistas, no Paraná eles terão dificuldade para construir palanques. O mais importante aliado no estado, o governador Roberto Requião (PMDB), dificilmente subirá em palanque com o PT. Esta semana o governador fez acusações graves contra o Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

Requião acusou Bernardo de tentar superfaturar um projeto de um ramal ferroviário no Estado. É caixa alto: o governador paranaense disse que a obra sairia por R$ 150 milhões e ficou espantado quando o ministro de Lula levou a ele o custo de R$ 550 milhões. A denúncia faz pensar que este governo está ficando cada vez mais caro. É um superfaturamento de cerca de R$ 400 milhões.

Requião fez as declarações na última segunda-feira na reunião semanal de seu secretariado, que é transmitida pela televisão do governo.

O governador disse o seguinte: "O que você está me propondo é o seguinte, Paulo Bernardo: eles [ALL, empresa privada que detém concessões de ramais no Estado] recebem R$ 550 milhões e o governo federal abre mão das prestações. Então, ministro, anote aí: eu não concordo. Se isso for feito, eu denuncio imediatamente".

E denunciou. Paulo Bernardo respondeu imediatamente em nota oficial e piorou as coisas. Chamou Requião de mentiroso e disse que ele, ministro, agiu por determinação do presidente Lula. Bem, aí fica difícil para o cara dizer que não sabia de nada.

Requião, que é de dar boiadas tanto para entrar como para não sair de briga, respondeu de bate-pronto. Desmentiu todas as alegações do ministro e afirmou que não poderia acreditar que Lula tenha montado “a absurda proposta que o ministro me trouxe”.

Na nota, Requião ainda destacou as nada republicanas ligações entre servidores públicos nomeados e os interesses da iniciativa privada que costumam acontecer no governo Lula. Segundo Requião, na reunião com Paulo Bernardo estava presente Bernardo Figueiredo, “àquela época assessor da Casa Civil da Presidência da República e hoje diretor da ANTT”, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, órgão do governo federal que centraliza um plano nacional de reativação do transporte ferroviário no país. É coisa para a imprensa ficar de olho.

Segundo Requião, além de trazer o superfaturamento extraordinário da obra, pela proposta do ministro a ALL, empresa privada do setor, ainda receberia de presente o trecho ferroviário Guarapuava-Ipiranga, deixando de pagar pela concessão da antiga Rede Ferroviária Federal a quantia de R$ 52 milhões por ano.

Nesta quinta-feira a direção estadual do PT também se manifestou a favor do ministro. Bernardo é o chefão do PT no estado e tem pretensões caudilhescas, para isso contando com o domínio praticamente total do partido. O ministro é altamente prestigiado por Lula, na condição de um faz-tudo palaciano que não discute ordens. E é claro que os quase oito anos no ministério dão um cacife danado à ele e seu grupo, que avançam sobre municípios do interior para aumentar suas chances eleitorais.

A briga entre o Paulo Bernardo e Requião vem desta tentativa petista de dominar a política estadual no âmbito da esquerda, área que sempre esteve nas mãos do governador.

Para concretizar seu plano, é claro que Paulo Bernardo não pode colocar a conhecida carranca, de pouca eficiência eleitoral, por isso é sua mulher, Gleisi Hoffmann, a estrela de campanhas eleitorais onde rola muito dinheiro. A campanha dela para a prefeitura de Curitiba (com 1.179.223 eleitores) foi mais cara até do que a de Marta Suplicy, que disputava a prefeitura de São Paulo, cidade com um total de eleitores de 8.198.282.

É sempre grana alta, mas até agora não tem dado resultado. A mulher do ministro perdeu no primeiro turno para o tucano Beto Richa, que teve mais de 70% dos votos. Mas pelo que se vê o projeto deste ano para colocar Gleisi Hoffmann no Senado está bem “azeitado”. Um ano antes da eleição a candidata já forra o estado de outdoors e distribui nas cidades farto material gráfico de alta sofisticação e custo.

A última nota do PT estadual chama Requião de mentiroso e divisionista. A briga é boa e não vai pela cabeça de nenhum paranaense a idéia de apartar. Requião é firme no confronto e o PT não goza de simpatia entre os paranaenses. Além perder feio na capital, o partido também levou uma sova nas cidades mais importantes do interior.

Em Londrina, maior colégio eleitoral do interior, o candidato petista a prefeito só não ficou em último lugar porque o PSOL tinha um candidato para evitar que o vexame fosse total. O deputado federal André Vargas, muito próximo do ministro, quase teve menos votos que o vereador mais votado do município.

Os palanques sonhados para Dilma Rousseff estão, portanto, neste pesadelo no Paraná. Com esta briga política, que dificilmente terá um fim próximo, não deve sobrar estrutura para Lula montar palanque algum.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O Brasil não é isso

INSTITUTO AME CIDADE, 24 de fevereiro de 2010


Brasília completa neste ano seu cinqüentenário. A inauguração da capital brasileira foi no dia 21 de abril de 1960 e representou à época uma esperança de avanço social para o País.

No entanto esta data redonda, tão ao gosto dos simbolismos oficiais e que deveria ser comemorada com grandes festividades, representa este ano a carga histórica de corrupção que tem minado os cofres públicos brasileiros e que faz o país patinar e muitas vezes andar para trás em áreas determinantes na construção de qualquer nação: vamos mal na saúde; nossa educação capenga em todos os níveis, do ensino básico às universidades; perdemos capacidade industrial e tecnológica, com efeitos negativos na capacitação profissional e na qualidade científica brasileira; o meio ambiente se degrada, com conseqüências destrutivas sobre grande porção da fauna e da flora brasileira e que que já começa a atingir a agricultura e a pecuária; a insegurança toma conta do país, com a ausência do Estado na proteção dos cidadãos e o domínio cada vez maior do crime organizado sobre a vida das pessoas.

Hoje Brasília não tem governante. O governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) está preso. O vice Paulo Octávio (DEM) renunciou ao cargo ontem. Ambos são acusados de corrupção, sendo que além disso Arruda está preso por constranger testemunhas e atrapalhar investigações.

O esquema de corrupção descoberto no governo distrital de Brasília acabou sendo chamado de “Mensalão do DEM”, apelido que vem do Mensalão do governo Lula, ou “Mensalão do PT”, o esquema de suborno de parlamentares para facilitar votações governistas no Congresso Nacional. O mensalão do PT foi o maior escândalo ocorrido até hoje no País. E o fato de um partido oposicionista, o DEM, estar envolvido em outro escândalo que recebe apelido parecido serve muito bem para demonstrar que hoje a corrupção tem ramos espalhados por toda a sociedade brasileira, da oposição à situação e até em órgãos que têm o dever da vigilância e punição.

O escândalo que estragou a festa da nossa capital é apenas um elemento da enormidade de atos de corrupção que envolvem dirigentes políticos em todas as esferas públicas, afetando a economia de municípios, de estados e de todo o país e que engloba Câmaras Municipais, Prefeituras, Governos Estaduais, Assembléias Legislativas, Judiciário e o Governo Federal e o Congresso Nacional.

É lamentável que o cinqüentenário da cidade que surgiu para lançar o país em um espaço futuro de modernidade tecnológica e política tenha tal cenário. Mas também é um bom momento para que o país se aperceba que a corrupção já avançou além do suportável e começa a agredir a própria governabilidade em todas as instâncias políticas.

Esta falta de ética que enfrentamos por vezes chega a desanimar os brasileiros de bem, já que o imenso contágio da corrupção faz parecer que não há mais o que fazer quando tudo parece estar tomado pela roubalheira.

Dessa forma, até apelos contra a corrupção trazem argumentos mais pesarosos que incentivadores da consciência cívica e da honestidade. Sobre o assunto, corre sempre pela internet uma famosa frase de Rui Barbosa (1849-1923) que diz o seguinte: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”

É uma daquelas constatações sábias de Rui Barbosa, intelectual e homem público que ocupa um espaço permanente na memória brasileira, mas não é com este pensamento que enfrentaremos a corrupção.

Todos que lemos a famosa máxima imediatamente nos identificamos com o sujeito da frase que se empenha em ser honesto, mesmo que aparentemente esta não seja exatamente a atitude mais elogiada no tempo de Rui Barbosa ou mesmo hoje em dia.

E não é à toa que acontece esta identificação. O corrupto não gosta do que vê no espelho todas as manhãs, pois a consciência coletiva jamais acolhe o mal como algo suportável. É o bem que alimenta positivamente nossa estrutura psicológica, sendo a corrupção o pior crime que pode ser cometido contra o próximo.

Nós ficamos com Rui Barbosa, mas não este Rui quase pessimista. O motivo que nos move é a consciência de que a maioria dos brasileiros trabalha com esforço e honestidade e que estes ladrões do dinheiro público são uma minoria e devem ser expelidos, condenados e presos.

O próprio Rui Barbosa dizia isto em um discurso feito no Senado Brasileiro no início do século passado e que localizamos recentemente. O discurso foi proferido em março de 1919, já no final da vida de Rui Barbosa e nele este grande homem público deixou este manifesto em prol da ética e que agora passamos para vocês.


“O Brasil não é isso! O Brasil não é sócio do clube de jogo e da pândega que se apoderaram de sua fortuna, e o querem tratar como a libertinagem trata as companheiras momentâneas de sua luxúria.

Não! O Brasil não é esse ajuntamento coletivo de criaturas taradas, sobre que possa correr, sem a menor impressão, e sopro das aspirações que nesta hora agitam a humanidade.

Não! O Brasil não é essa nacionalidade fria, deliqüescente, cadaverizada, que recebe na testa, sem estremecer, o carimbo de uma armadilha, como a messalina, recebe no braço a tatuagem do amante, como o calceta, no dorso, a flor-de-lis do verdugo.

O Brasil não aceita a cova que estão cavando os cavadores do Tesouro. Não são os comensais do erário, o Brasil. Não são os sanguessugas de riqueza pública, o Brasil; não são os compradores de jornais, o Brasil, não são os corruptores do sistema republicano, o Brasil. Não são os publicistas de aluguel. Não são os estadistas de impostura.”


Discurso de Rui Barbosa, em 20 de março de 1919

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Cornélio Procópio no lado certo: o da ética e da transparência

INSTITUTO AME CIDADE, 22 de fevereiro de 2010


Em nenhum dos documentos que enviou à Comissão Processante da Câmara Muncipal de Cornélio Procópio atendendo a formalidades do caso, a vereadora Aurora Fumie Doi (PMDB) “reconheceu que errou”, como diz o líder do prefeito na Câmara, Ricardo Leite (PPS). Isso também não foi feito em nenhum pronunciamento oficial ou informal da vereadora. Até porque a vereadora não incorreu em nenhum erro. Não há lógica alguma em sua fala na Rádio Cornélio, que publicamos na nota abaixo. A não ser que para o vereador da situação seja um erro zelar pela transparência no Legislativo municipal.

E quanto a “representar bem a população”, está bem claro há uns bons anos na atuação da vereadora Aurora que em sua vida política esta função não se conjuga no futuro. No mandato passado a vereadora teve conduta exemplar e agora na entrada do segundo ano do mandato atual já se revela a vereadora mais atuante na Câmara de Cornélio Procópio.

A capacidade de trabalho de Aurora tem evitado inclusive vexames para a administração municipal, como ocorreu no final do ano passado quando o prefeito mandou à Câmara o Plano Plurianual (PPA) uma absurda previsão para ser aplicada no município de Londrina. O erro crasso, que havia passado despercebido inclusive do líder do prefeito, acabou sendo anulado depois de ser apontado pela vereadora oposicionista.

A vereadora Aurora sai deste caso do mesmo modo que entrou: de cabeça erguida e cercada de respeito da população. Os apoios vindo de pessoas com as mais variadas posições políticas mostraram que os procopenses têm um lado: é o lado da ética e da transparência.

E pela reação de apreço e solidariedade que recebeu da população em razão deste ataque a seu mandato tramado pelo Partido Progressista, o notório PP envolvido no mensalão, tornou-se visível seu alto prestígio político. Hoje, seguramente, Aurora uma das personalidades mais respeitadas na política da região.

O processo organizado pelo PP nunca teve cabimento algum e, se levado adiante, iria detonar um processo de discussão que poderia ser alçado ao plano nacional. O ineditismo de cassar um parlamentar que exerce o dever de zelar pela transparência teria sem dúvida conseqüências bem graves para o grupo do prefeito Amin Hannouche (PP). Foi um erro que atentou até contra os interesses pepistas e que, mais cedo ou mais tarde, levaria a um puxão de orelhas dado por autoridades partidárias de maior poder.

O pedido de cassação do PP não tinha base nem sequer no motivo alegado, já que em momento algum Aurora pediu mais que transparência aos colegas. O discurso da vereadora que serviu de base ao ataque pepista pode ser conferido aqui. Conforme pode ser visto nesta sua fala, que acabou se tornando um documento histórico da luta pela ética em nossa cidade, a alegação de desrespeito feita pelo PP só pode ser levada à sério acreditando-se que o partido de Janene, Paulo Maluf, Severino Cavalcanti e outros menos notórios acredita que ética e transparência no Legislativo são matérias desrespeitosas.

O que se pergunta é qual a voz maior que mandou parar o processo contra Aurora. O que se sabe em Cornélio Procópio é que o problema já causava muita preocupação às altas instâncias partidárias, entre elas o ex-deputado José Janene, chefe federal da sigla e de grande ascendência sobre o prefeito Amin Hannouche. É óbvio que esta ascendência é grande também sobre a bancada da situação na Câmara.

De qualquer forma, o processo foi muito útil até no sentido de firmar a posição antidemocrática da atual administração e de seus apoiadores. Ficou clara a intenção de calar o Legislativo e transformá-lo em mero apêndice do Executivo municipal. O ataque ao mandato da vereadora Aurora foi também importante para demonstrar que os procopenses não aceitam de forma alguma ataques aos que estão do lado da ética e da transparência.

Vereadora que pediu transparência recebe advertência da Câmara Municipal de Cornélio Procópio

AGORA CORNÉLIO E RÁDIO CORNÉLIO, 19 de fevereiro de 2010

Na última sessão da Câmara de Vereadores de Cornélio Procópio, houve consenso entre situação e oposição no caso da falta de decoro parlamentar envolvendo a vereadora Aurora Fumie Doi (PMDB) que denunciou no final de 2009 a "farra das diárias" no Legislativo local. A denúncia causou revolta na situação porque envolvia diretamente três vereadores da base aliada do prefeito Amin Hannouche: Vanildo Felipe Sotero (PP); Sebastião Angelino Ramos (PTB) e Edmar Gomes Filho (PPS).

Em entrevista concedida ao Fala Cidade, da Rádio Cornélio, o vereador Ricardo Leite Ribeiro (PPS), que presidiu a última sessão e que foi o relator do processo contra Aurora, disse que não era caso para cassação de mandato como foi cogitado anteriormente. "Entendo que houve sim falta de decoro parlamentar e, portanto, tem que haver uma penalidade e acabei optando pela pena mais branda de todas que é uma advertência verbal da vereadora", explicou Ricardo, acrescentando que o relatório foi aprovado por unanimidade. A cassação de mandato da vereadora Aurora Fumie Doi por falta de decoro parlamentar foi pedida pelo presidente do Partido Progressista (PP), Luiz Carlos Amâncio.

O vereador, que também é líder do prefeito Amin Hannouche, afirmou que Aurora Fumie Doi reconheceu que errou e que tudo fará para representar bem a população, já que a sua situação recebeu um "sentimento de solidariedade" por parte de muitos procopenses. Ricardo Leite Ribeiro lembrou que conhece perfeitamente o histórico de honestidade, de bom comportamento e de boa conduta da vereadora do PMDB, embora reconheça que ela tenha recebido influência política para denunciar os colegas de casa.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Ameaçada pelo crime, a população de Cornélio Procópio espera as ações da Prefeitura

INSTITUTO AME CIDADE, 2 de fevereiro de 2010


A polícia de Cornélio Procópio prendeu em Londrina dois suspeitos da morte do professor Benedito Fernandes Torres. Os acusados, Jonathan Pereira dos Santos, de 25 anos, e Pedro Henrique Pereira dos Santos, 20, aparecem nas gravações feitas pelo sistema de segurança da casa da vítima e, segundo a polícia, um deles já confessou sua participação no crime.

O corpo do professor foi encontrado em sua casa no último dia 14, com indícios de que sua morte teria ocorrido dias antes da descoberta do crime. O professor Benedito, de 63 anos, era uma pessoa bastante respeitada em razão de sua dedicação à educação. Ele foi professor do Colégio Castro Alves, um dos mais tradicionais de Cornélio Procópio e atualmente atuava no Núcleo Regional de Ensino (NRE).

A morte do professor foi um dos crimes que chocaram a cidade, que teve nos últimos meses um crescimento impressionante de atos criminosos como assaltos à mão armada, roubos de residências e até de homicídios, que hoje alcançam uma taxa que nunca se viu na região. Nos últimos 40 dias já foram mortas sete pessoas. A insegurança atinge também a área rural, com o roubo de tratores e outros maquinários agrícolas.

A população tem cobrado da Prefeitura mais ação na proteção do patrimônio e da vida dos procopenses e também de medidas preventivas para conter a violência, mas pelo que se vê, até em outras áreas o desempenho desta administração tem é agravado a insegurança no município.

Nesta semana, o jornalismo da Rádio Cornélio, a emissora de maior audiência na cidade, apurou que uma das obras inacabadas da Prefeitura já começa a atrair criminosos. Segundo a emissora procopense, o “Clube do Povo”, obra iniciada no ano passado pelo prefeito Amin Hannouche e que segue em ritmo bastante lento, tornou-se um ponto de tráfico de drogas e prostituição.

Por graves dificuldades de gestão, a atual administração não tem conseguido cumprir prazo algum em várias construções que seguem em ritmo lento ou acabam ficando paradas, dando à cidade em várias regiões um ar de abandono. O problema ocorre inclusive na região central do município. O exemplo mais destacado da falta de capacidade administrativa é a construção do novo Calçadão, que infernizou a vida de comerciantes e da população durante meses e até agora não foi finalizado.

Também a falta de manutenção em diversos bens públicos tem contribuído para aumentar a insegurança urbana, atingindo até locais que já foram um cartão postal da cidade, como a antiga Estação Ferroviária, que há alguns anos foi totalmente restaurada e transformada em museu. Hoje este patrimônio histórico tornou-se um lugar inseguro, principalmente no horário noturno.

Em novembro do ano passado o prefeito Amin Hannouche prometeu em reportagens que saíram em vários veículos que já no início de janeiro a cidade contaria com uma “Secretaria Antidrogas”.

Na ocasião, falando ao jornal Folha de Londrina, Amin Hannouche afirmou que Cornélio Procópio "é uma das cidades mais seguras do Paraná" e que a Prefeitura mantinha "um trabalho preventivo". Nesta reportagem, o prefeito garantiu que em janeiro a nova secretaria dedicada à segurança pública já estaria pronta.

No entanto, até o momento não existe nem sequer esboço do Projeto de Lei que é obrigatório para a criação deste novo órgão.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Crimes em excesso preocupam procopenses

AGORA CORNÉLIO, RÁDIO CORNÉLIO, 30 de janeiro de 2010

Assassinato ocorrido na última sexta-feira é o sétimo em menos de quarenta dias. Até agora apenas um dos casos teve um suspeito preso, por isso a população cobra mais eficiência da polícia. Uma das obras inacabadas da administração Amin Hannouche virou ponto de tráfico de drogas e prostituição


Mais um menor (14 anos), foi morto ontem, Leonardo Rodrigues de Oliveira, que foi baleado na Rua Avelino Nunes da Costa, próximo as dependências do "Clube do Povo" no Conjunto Florêncio Rebolho.

Segundo informações, dois homens em uma motocicleta o alvejaram com três disparos de arma de fogo (costas, ombro e nuca).

O rapaz foi levado por familiares até a Casa de Misericórdia de Cornélio Procópio, onde entrou em óbito. A Polícia Civil está em diligências para elucidar mais esse caso.

O "Clube do Povo" segundo já foi apurado por nossa reportagem e confirmado pelos moradores do bairro, é um local onde acontecem práticas de tráfico de drogas e prostituição, antes mesmo do término da obra.

Até quando?
A população tem cobrado, principalmente nos orgãos de imprensa, uma solução desses crimes por parte da polícia, mas até agora dos sete assassinatos ocorridos em Cornélio Procópio, um somente teve suspeito preso.

Operação
A Polícia Militar desencadeou na segunda quinzena de janeiro a Operação Ano Novo. Foram várias diligências e abordagens, mas, até agora, a população não sentiu os resultados, as mortes continuam acontecendo.