O ESTADO DE S. PAULO, 15 de outubro de 2010
Movimento divulgou apoio em nota intitulada 'Vamos eleger Dilma Rousseff presidenta do Brasil'
O Movimento dos Sem-Terra (MST) decidiu assumir sua simpatia ao atual governo e entrar na campanha da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Em nota divulgada nesta sexta-feira, 15, o movimento conclama a militância para "se engajar nessa luta, que é importantíssima para a classe trabalhadora". Com o título "Vamos eleger Dilma Rousseff presidenta do Brasil", o comunicado assinado também pela Via Campesina - braço internacional do MST -, e por outros 13 movimentos sociais diz que é preciso "derrotar a candidatura Serra (José Serra, candidato do PSDB), que representa as forças direitistas e fascistas do país".
Crítico do governo Lula, apesar de ter suas bases abastecidas com recursos federais, o movimento decidiu sair dos bastidores da disputa eleitoral depois de avaliar a possibilidade de derrota da candidata petista. A cúpula do MST vinha negociando com outros movimentos a forma de exteriorizar o apoio sem o risco de piorar ainda mais o quadro eleitoral. Embora as invasões de terra tenham sido praticamente suspensas desde o último "abril vermelho" - a jornada de lutas do movimento -, em função do calendário eleitoral, a maioria da população não aprova as ações do MST como indicam pesquisas recentes. O texto do "comunicado ao povo brasileiro" foi definido quinta-feira à noite, depois de uma série de reuniões em Brasília, São Paulo e outras capitais, mas só divulgado na sexta.
Os signatários consideram que os avanços do governo Lula na reforma agrária foram insuficientes. Manifestam, ainda, preocupação com o arco de alianças da candidatura de Dilma Rousseff, pois "há forças políticas que se contrapõem a essas demanda sociais", masveem no candidato tucano um "inimigo" de suas bandeiras de luta. "Pelo caráter antidemocrático e antipopular dos partidos que compõem sua aliança (de Serra), estamos convictos de que uma possível vitória sua significará um retrocesso paras os movimentos sociais e populares." No primeiro turno, o MST liberou os simpatizantes para votarem em candidatos identificados com os partidos de esquerda que, segundo a nota, "infelizmente tiveram votação inexpressiva".
Nesta sexta, no interior de São Paulo, coordenadores regionais reuniram-se com as bases em assentamentos e acampamentos para definir estratégias de ação. "Estamos conclamando a militância para que saia às ruas e peça votos para a Dilma", disse Clédson Mendes, da coordenação estadual. Segundo ele, além da ligação histórica do PT com os movimentos sociais, o candidato tucano José Serra tomou posição contra a reforma agrária. "Quando governador, o Serra fez um projeto de lei repassando as terras públicas do Pontal do Paranapanema para os grileiros", disse Mendes, numa referência ao projeto do governo estadual para a regularização fundiária da região.
De acordo com o líder dos sem-terra, as lutas do movimento vão continuar seja quem for o novo presidente. "Nesse momento não se fala em ocupação, não devido às eleições, mas porque não estava planejado em nosso calendário de lutas." Entre as entidades que assinam o documento de apoio à Dilma estão o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Federação de Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB), Movimento Camponês Popular (MCP), União de Estudantes Afrodescendentes (Uneafro) e Rede Brasileira de Integração dos Povos (Rebrip).
Movimento divulgou apoio em nota intitulada 'Vamos eleger Dilma Rousseff presidenta do Brasil'
O Movimento dos Sem-Terra (MST) decidiu assumir sua simpatia ao atual governo e entrar na campanha da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Em nota divulgada nesta sexta-feira, 15, o movimento conclama a militância para "se engajar nessa luta, que é importantíssima para a classe trabalhadora". Com o título "Vamos eleger Dilma Rousseff presidenta do Brasil", o comunicado assinado também pela Via Campesina - braço internacional do MST -, e por outros 13 movimentos sociais diz que é preciso "derrotar a candidatura Serra (José Serra, candidato do PSDB), que representa as forças direitistas e fascistas do país".
Crítico do governo Lula, apesar de ter suas bases abastecidas com recursos federais, o movimento decidiu sair dos bastidores da disputa eleitoral depois de avaliar a possibilidade de derrota da candidata petista. A cúpula do MST vinha negociando com outros movimentos a forma de exteriorizar o apoio sem o risco de piorar ainda mais o quadro eleitoral. Embora as invasões de terra tenham sido praticamente suspensas desde o último "abril vermelho" - a jornada de lutas do movimento -, em função do calendário eleitoral, a maioria da população não aprova as ações do MST como indicam pesquisas recentes. O texto do "comunicado ao povo brasileiro" foi definido quinta-feira à noite, depois de uma série de reuniões em Brasília, São Paulo e outras capitais, mas só divulgado na sexta.
Os signatários consideram que os avanços do governo Lula na reforma agrária foram insuficientes. Manifestam, ainda, preocupação com o arco de alianças da candidatura de Dilma Rousseff, pois "há forças políticas que se contrapõem a essas demanda sociais", masveem no candidato tucano um "inimigo" de suas bandeiras de luta. "Pelo caráter antidemocrático e antipopular dos partidos que compõem sua aliança (de Serra), estamos convictos de que uma possível vitória sua significará um retrocesso paras os movimentos sociais e populares." No primeiro turno, o MST liberou os simpatizantes para votarem em candidatos identificados com os partidos de esquerda que, segundo a nota, "infelizmente tiveram votação inexpressiva".
Nesta sexta, no interior de São Paulo, coordenadores regionais reuniram-se com as bases em assentamentos e acampamentos para definir estratégias de ação. "Estamos conclamando a militância para que saia às ruas e peça votos para a Dilma", disse Clédson Mendes, da coordenação estadual. Segundo ele, além da ligação histórica do PT com os movimentos sociais, o candidato tucano José Serra tomou posição contra a reforma agrária. "Quando governador, o Serra fez um projeto de lei repassando as terras públicas do Pontal do Paranapanema para os grileiros", disse Mendes, numa referência ao projeto do governo estadual para a regularização fundiária da região.
De acordo com o líder dos sem-terra, as lutas do movimento vão continuar seja quem for o novo presidente. "Nesse momento não se fala em ocupação, não devido às eleições, mas porque não estava planejado em nosso calendário de lutas." Entre as entidades que assinam o documento de apoio à Dilma estão o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Federação de Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB), Movimento Camponês Popular (MCP), União de Estudantes Afrodescendentes (Uneafro) e Rede Brasileira de Integração dos Povos (Rebrip).
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