JORNAL DE LONDRINA, 6 de outubro de 2009
Argumento é de que vereador acusado de cobrar propina para aprovação de um projeto teria ameaçado uma testemunha e possa atrapalhar a investigação
O Ministério Público de Londrina pediu o afastamento do vereador Rodrigo Gouvêa (PRP) na última sexta-feira (2). A Justiça tem prazo de 15 dias para se manifestar. O argumento da promotoria é de que o vereador, que já foi denunciado por corrupção passiva em setembro, atrapalhe a investigação. Segundo o MP, Gouvêa teria ameaçado uma testemunha e, por isso, ele foi denunciado por improbidade administrativa.
Denunciado pelo MP e pelo Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina, Gouvêa é acusado de pedir propina para aprovar a lei municipal 10.730/09, que possibilitou a participação do município no programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.
“Depois que ele foi denunciado na ação penal, Gouvêa pediu a suspensão dos trabalhos [na Câmara], e todos os vereadores foram para uma reunião na sala da presidência. Nessa oportunidade, ele desrespeitou, desacatou e ameaçou, dizendo que ia processar uma testemunha, que é o Ivo de Bassi (PTN)”, afirmou o promotor Renato de Lima Castro.
Segundo ele, Gouvêa ameaçou processar Bassi. “Isso certamente influencia negativamente na ação. Ele está atemorizando uma testemunha, que é uma testemunha chave no processo”, avaliou o promotor. Por isso, a ação civil pede o afastamento do vereador a fim de garantir a instrução processual.
Denúncia
A denúncia contra Gouvêa foi feita pelo engenheiro Maurício Costa, da construtora Bonora e Costa, que em depoimento ao MP disse ter sido abordado pelo vereador fora do plenário com a pergunta “quanto vai sobrar para mim?”. Costa disse que “ficou indignado com a solicitação da vantagem econômica, o que o motivou a contar para várias pessoas que se encontravam na Câmara Municipal”.
A abordagem teria acontecido no dia 23 de junho, quando o projeto de lei foi votado em primeira discussão. O engenheiro relata que o vereador o chamou “para fora do plenário, fechou a porta de vidro e questionou se ele se encontrava no Legislativo como empresário”. A pergunta “quanto vai sobrar para mim?” foi feita na sequência.
Argumento é de que vereador acusado de cobrar propina para aprovação de um projeto teria ameaçado uma testemunha e possa atrapalhar a investigação
O Ministério Público de Londrina pediu o afastamento do vereador Rodrigo Gouvêa (PRP) na última sexta-feira (2). A Justiça tem prazo de 15 dias para se manifestar. O argumento da promotoria é de que o vereador, que já foi denunciado por corrupção passiva em setembro, atrapalhe a investigação. Segundo o MP, Gouvêa teria ameaçado uma testemunha e, por isso, ele foi denunciado por improbidade administrativa.
Denunciado pelo MP e pelo Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina, Gouvêa é acusado de pedir propina para aprovar a lei municipal 10.730/09, que possibilitou a participação do município no programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.
“Depois que ele foi denunciado na ação penal, Gouvêa pediu a suspensão dos trabalhos [na Câmara], e todos os vereadores foram para uma reunião na sala da presidência. Nessa oportunidade, ele desrespeitou, desacatou e ameaçou, dizendo que ia processar uma testemunha, que é o Ivo de Bassi (PTN)”, afirmou o promotor Renato de Lima Castro.
Segundo ele, Gouvêa ameaçou processar Bassi. “Isso certamente influencia negativamente na ação. Ele está atemorizando uma testemunha, que é uma testemunha chave no processo”, avaliou o promotor. Por isso, a ação civil pede o afastamento do vereador a fim de garantir a instrução processual.
Denúncia
A denúncia contra Gouvêa foi feita pelo engenheiro Maurício Costa, da construtora Bonora e Costa, que em depoimento ao MP disse ter sido abordado pelo vereador fora do plenário com a pergunta “quanto vai sobrar para mim?”. Costa disse que “ficou indignado com a solicitação da vantagem econômica, o que o motivou a contar para várias pessoas que se encontravam na Câmara Municipal”.
A abordagem teria acontecido no dia 23 de junho, quando o projeto de lei foi votado em primeira discussão. O engenheiro relata que o vereador o chamou “para fora do plenário, fechou a porta de vidro e questionou se ele se encontrava no Legislativo como empresário”. A pergunta “quanto vai sobrar para mim?” foi feita na sequência.
Empresário confirma que vereador falou em propina
BONDE, 6 de outubro de 2009
A promotoria de Defesa do Patrimônio Público ajuizou ação civil contra o vereador Rodrigo Gouvêa (PRP). Ele foi denunciado por improbidade administrativa. Gouvêa fora investigado por tentativa de suborno praticada contra o empresário para aprovação de projeto de lei na Câmara. O Ministério Público também pede o afastamento imediato do parlamentar, por ameçar testemunha.
Segundo a ação, Gouvêa teria discutido e até xingado o vereador Ivo de Bassi (PTN) durante reunião na Câmara. As ameaças foram comprovadas por outros dois parlamentares, Roberto Fú (PDT) e Marcelo Belinati (PP), que também testemunharam.
Em entrevista à rádio CBN, Ivo de Bassi confirmou a discussão e disse que foi chamado de mentiroso. "O vereador Rodrigo Gouvêa pediu suspensão dos trabalhos para uma reunião na presidência, na qual participou a maioria dos vereadores e realmente aconteceu. Ele estava um pouco nervoso pelo fato de estar sendo pressionado pela imprensa para dar alguma entrevista e realmente ele falou algumas coisas pesadas a meu respeito, me chamando de mentiroso, porque ele nunca recebeu ligação, porque ele nunca falou que pediu propina. Então teve essa reunião e alguns vereadores até presenciaram este fato".
Ainda à CBN, Bassi reafirmou que ouviu Gouvêa falando que precisava receber dinheiro. "Eu não tenho motivos para estar omitindo ou aumentando fatos que acontecem ali. E, infelizmente, o vereador Rodrigo Gouvêa foi infeliz nessas colocações e realmente ele falava em dinheiro, que 'nós temos que ganhar um dinheirinho nesse projeto'".
Nenhum comentário:
Postar um comentário