quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Em Cambé, vereadores tomam decisões importantes que dão respeitabilidade ao legislativo municipal

INSTITUTO AME CIDADE, 29 de setembro de 2011


A Câmara Municipal de Cambé mostrou esta semana uma grande capacidade de representação política, com o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o contrato entre a prefeitura e o Instituto Atlântico, OSCIP envolvida em escândalo de corrupção na área da Saúde em Londrina, em um caso em que já ocorreram prisões feitas pelo Gaeco e a queda de secretários do prefeito Barbosa Neto (PDT).

Como o Instituto Atlântico presta serviços também para a prefeitura de Cambé, os vereadores optaram por fazer uma investigação preventiva para o esclarecimento da população sobre problemas que poderiam estar ocorrendo também na sua cidade. O único vereador que foi contra a CPI foi o líder do prefeito, Junior Felix, para quem não havia qualquer dúvida sobre a lisura do contrato com o Instituto Atlântico.

Em cerca de quatro meses de trabalho foram ouvidos secretários de governos, funcionários da prefeitura, membros da OSCIP e analisadas documentação da prefeitura e do Instituto Atlântico, para concluir no final que de fato existem irregularidades, a começar pelo aditivo de R$ 1,9 milhão acordado entre o Instituto Atlântico e a prefeitura antes mesmo do contrato começar a vigorar. Falamos sobre estes fatos no post acima.

Cidadãos de várias cidades paranaenses têm muitos motivos para invejar a representatividade alcançada pelos vereadores cambeenses neste caso que pode resultar em uma economia de quase dois milhões para Cambé e também na recente posição sobre a composição da Câmara.

Os vereadores mostraram também bom senso e respeito ao interesse público há poucas semanas com a decisão de manter o número de 10 ocupantes na Câmara Municipal de Cambé. Com 96.427 habitantes, pela "PEC dos Vereadores" a cidade poderia ter até 17 vereadores.

Este respeito com a opinião pública não tem ocorrido em várias cidades da região, como é o caso de Cornélio Procópio, onde em vez de trabalhar pela transparência e a atenção aos gastos do dinheiro público, o grupo de vereadores que obedece ao prefeito Amin Hannouche (PP) impede que haja qualquer fiscalização no município, mantendo o legislativo municipal sob o domínio do Executivo.

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