No âmbito da transparência pode-se dizer que foi praticamente uma votação secreta. Desde a sessão da semana passada a Câmara não disponibiliza em seu site nenhum assunto da pauta de ontem.
A única menção ao aumento está na pauta da semana passada. Porém, esta pauta só pode ser vista se o internauta, eleitor e contribuinte clicar na coluna da esquerda do site e chegar até lá. Na página de abertura não há nenhuma menção aos assuntos tratados na única sessão semanal da Câmara.
A transparência é zero. A notícia em destaque na página da Câmara é a pintura nova do prédio em um texto 17 de março. Ao lado, uma foto do prefeito Amin Hannouche (PP) quando passou o cargo ao vice, no dia 29 de abril.
E lá na página da pauta o assunto está no meio de outros e identificado de forma obscura como "recomposição inflacionária e correspondente atualização aos Subsídios dos Vereadores".
Outros assuntos não freqüentam a comunicação da Câmara Municipal de Cornélio, como a Ação Civil Pública do Ministério Público que acusa de irregularidades no uso de diárias de viagens pagas pela Câmara seis vereadores e um suplente, além de alguns funcionários. A investigação e a ação do MP partiram de uma representação do Instituto Ame Cidade e a denúncia por improbidade administrativa foi acatada pela Justiça. Os acusados já tiveram seus bens indisponibilizados.
E é claro que esconderam também o pedido de instalação de uma Comissão Especial de Investigação (CEI) para investigar as diárias, feito pela vereadora Aurora e negado pelos vereadores que agora exigem este aumento em seus salários.
Aurora pediu também que a Câmara investigasse a suspeita de serem falsas notas fiscais descobertas por ela em negócios de publicidade da Prefeitura com uma empresa privada. Em um caso que se desenrola desde a gestão passada de Hannouche, foram encontradas até notas fiscais da mesma empresa com números de série idênticos. O acontecimento é conhecido pelos procopenses como 'Caso das Notas Frias".
Mais um assunto que os vereadores do prefeito tentam apagar é outra ação também do Ministério Público, esta contra o prefeito Hannouche, que, junto com seu vice, é acusado por improbidade administrativa.
Como faz com qualquer assunto do interesse do prefeito, a Câmara esconde qualquer menção a esta Ação Civil Pública que acusa Amin Hannouche e mais três pessoas, inclusive seu vice, por improbidade administrativa. Na ação do MP, que resultou de uma investigação feita a pedido do Instituto Ame Cidade, também é pedido o ressarcimento do Município por danos morais.
Além do prefeito, são denunciados na ação do MP o vice-prefeito João Carlos Chechin Lima, o procurador da Prefeitura, Alfredo José de Carvalho Filho, e Cláudio Roberto Nunes Golgo, advogado responsável pela Ibrama, empresa contratada pelo Município sem licitação.
Um comentário:
Cornelio esta mergulhada no desmando. Logo eu acredito que vao pedir a prisao da vereadora Aurora, porque ter honestidade, em nossa cidade, e crime.
Pessoal do Ame cidade, voces sao uns `mala`, porem a cidade vai ter uma divida eterna com voces.
Parabens.
AURORA PREFEITA
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