INSTITUTO AME CIDADE, 16 de maio de 2011
A denúncia feita na última terça-feira na Câmara de Vereadores de Cornélio Procópio pela vereadora Aurora Fumie Doi (PMDB) trouxe fortes suspeitas sobre o uso de notas fiscais frias em pagamentos de publicidade feitos pela Prefeitura. Os procopenses falam na necessidade de uma CEI feita pela Câmara para esclarecer o fato, mas dificilmente isso acontecerá, pois o prefeito Amin Hannouche (PP) exerce um controle rígido sobre a maioria dos vereadores.
Até o momento Hannouche tem segurado tudo na Câmara, que funciona hoje como um mero instrumento do Executivo. Não é permitida a aprovação nem do mais banal pedido de informações.
Por uma razão que até agora ninguém compreende, em 2008, na legislação passada, um pedido de informações à Prefeitura feito por Aurora e pelo vereador Élio Janoni (PMDB)surpreendentemente acabou sendo aprovado na Câmara. As investigações feitas pelos parlamentares a partir desse pedido de informação acabaram encontrando fortes indícios de um esquema que pode ter usado notas fiscais em negócios com a Prefeitura.
A questão envolve bastante dinheiro. Quase 200 mil reais foram pagos a apenas uma das empresas envolvidas no caso, a Correprom, que tem sede em Fazenda Rio Grande, município da Região Metropolitana de Curitiba. Por coincidência, a empresa foi aberta exatamente no ano em que começou a prestar serviços para a prefeitura de Cornélio Procópio.
Este é um caso de muitas coincidências. Um outro paralelo que chama a atenção é que a empresa Correprom é da mesma Fazenda Rio Grande de onde é Josinei Tadeu de Oliveira, que foi presidente da comissão de licitação e pregoeiro da prefeitura de Cornélio Procópio entre 2005 e 2008, o período em que a Correprom foi contratada pela Prefeitura.
Depois dessa passagem pela equipe do prefeito Hannouche, Oliveira foi para a prefeitura de Sarandi, também cuidar de licitações, como assessor do prefeito Milton Martini, que, aliás (outra coincidência), é do mesmo partido do prefeito procopense Hannouche. Ambos são do PP.
Martini foi afastado do cargo pela Justiça em dezembro de 2009, após denúncia de corrupção feita pelo Ministério Público. Junto com o prefeito foram afastados quatro assessores, entre eles Josinei Tadeu de Oliveira.
Em março de 2001, o prefeito de Sarandi teve o mandato cassado por unanimidade pela Câmara (dez votos a zero). Uma das razões da cassação foi compra sem licitação.
Outra coincidência com os acontecimentos em Sarandi é que gastos com publicidade estão entre as denúncias contra o prefeito cassado Milton Martini — segundo o MP ele responde a 36 inquéritos.
Em Cornélio Procópio foram encontradas graves irregularidades em notas fiscais emitidas pela empresa Correprom. Em documentação da Prefeitura conseguida pela vereadora Aurora depois de uma árdua batalha, na qual teve que haver até a intervenção da Justiça, apareceram notas com números de série iguais e datas e valores diferentes. Em outras havia contradição entre as datas de emissão e a seqüência da numeração.
Para conseguir os documentos do Município foi necessário até busca e apreensão feita por um Oficial de Justiça. Essa dificuldade de Hannouche em lidar com a transparência já é um defeito seu muito conhecido entre os procopenses. Mesmo com o voto favorável da Câmara para o pedido de informações, ele continuou desrespeitando as prerrogativas legais dos vereadores, que foram obrigados a apelar para a Justiça.
Porém, mesmo com o desrespeito do prefeito Hannouche pela transparência e até aos direitos legais do Legislativo, foi possível descobrir várias irregularidades que parecem apontar para o uso de notas fiscais frias. Com um simples pedido de informações os dois vereadores demonstraram o peso que pode ter a Câmara Municipal na condução dos negócios públicos de forma ética.
Na apresentação do resultado parcial da análise dos documentos, feita de forma oficial na última terça-feira pela vereadora Aurora, a parlamentar fez um apelo aos colegas para que a Câmara Municipal se coloque de forma atuante para o esclarecimento deste fato, que já está sendo chamado de “Caso das Notas Frias”.
A população já comenta também sobre a necessidade de uma comissão de inquérito composta pelos vereadores para tirar a limpo todas as dúvidas e suspeitas sobre este caso. Não é fácil que isso ocorra numa Câmara Municipal submissa ao prefeito, mas é evidente que os procopenses estão de olho no que cada vereador está fazendo.
A denúncia feita na última terça-feira na Câmara de Vereadores de Cornélio Procópio pela vereadora Aurora Fumie Doi (PMDB) trouxe fortes suspeitas sobre o uso de notas fiscais frias em pagamentos de publicidade feitos pela Prefeitura. Os procopenses falam na necessidade de uma CEI feita pela Câmara para esclarecer o fato, mas dificilmente isso acontecerá, pois o prefeito Amin Hannouche (PP) exerce um controle rígido sobre a maioria dos vereadores.
Até o momento Hannouche tem segurado tudo na Câmara, que funciona hoje como um mero instrumento do Executivo. Não é permitida a aprovação nem do mais banal pedido de informações.
Por uma razão que até agora ninguém compreende, em 2008, na legislação passada, um pedido de informações à Prefeitura feito por Aurora e pelo vereador Élio Janoni (PMDB)surpreendentemente acabou sendo aprovado na Câmara. As investigações feitas pelos parlamentares a partir desse pedido de informação acabaram encontrando fortes indícios de um esquema que pode ter usado notas fiscais em negócios com a Prefeitura.
A questão envolve bastante dinheiro. Quase 200 mil reais foram pagos a apenas uma das empresas envolvidas no caso, a Correprom, que tem sede em Fazenda Rio Grande, município da Região Metropolitana de Curitiba. Por coincidência, a empresa foi aberta exatamente no ano em que começou a prestar serviços para a prefeitura de Cornélio Procópio.
Este é um caso de muitas coincidências. Um outro paralelo que chama a atenção é que a empresa Correprom é da mesma Fazenda Rio Grande de onde é Josinei Tadeu de Oliveira, que foi presidente da comissão de licitação e pregoeiro da prefeitura de Cornélio Procópio entre 2005 e 2008, o período em que a Correprom foi contratada pela Prefeitura.
Depois dessa passagem pela equipe do prefeito Hannouche, Oliveira foi para a prefeitura de Sarandi, também cuidar de licitações, como assessor do prefeito Milton Martini, que, aliás (outra coincidência), é do mesmo partido do prefeito procopense Hannouche. Ambos são do PP.
Martini foi afastado do cargo pela Justiça em dezembro de 2009, após denúncia de corrupção feita pelo Ministério Público. Junto com o prefeito foram afastados quatro assessores, entre eles Josinei Tadeu de Oliveira.
Em março de 2001, o prefeito de Sarandi teve o mandato cassado por unanimidade pela Câmara (dez votos a zero). Uma das razões da cassação foi compra sem licitação.
Outra coincidência com os acontecimentos em Sarandi é que gastos com publicidade estão entre as denúncias contra o prefeito cassado Milton Martini — segundo o MP ele responde a 36 inquéritos.
Em Cornélio Procópio foram encontradas graves irregularidades em notas fiscais emitidas pela empresa Correprom. Em documentação da Prefeitura conseguida pela vereadora Aurora depois de uma árdua batalha, na qual teve que haver até a intervenção da Justiça, apareceram notas com números de série iguais e datas e valores diferentes. Em outras havia contradição entre as datas de emissão e a seqüência da numeração.
Para conseguir os documentos do Município foi necessário até busca e apreensão feita por um Oficial de Justiça. Essa dificuldade de Hannouche em lidar com a transparência já é um defeito seu muito conhecido entre os procopenses. Mesmo com o voto favorável da Câmara para o pedido de informações, ele continuou desrespeitando as prerrogativas legais dos vereadores, que foram obrigados a apelar para a Justiça.
Porém, mesmo com o desrespeito do prefeito Hannouche pela transparência e até aos direitos legais do Legislativo, foi possível descobrir várias irregularidades que parecem apontar para o uso de notas fiscais frias. Com um simples pedido de informações os dois vereadores demonstraram o peso que pode ter a Câmara Municipal na condução dos negócios públicos de forma ética.
Na apresentação do resultado parcial da análise dos documentos, feita de forma oficial na última terça-feira pela vereadora Aurora, a parlamentar fez um apelo aos colegas para que a Câmara Municipal se coloque de forma atuante para o esclarecimento deste fato, que já está sendo chamado de “Caso das Notas Frias”.
A população já comenta também sobre a necessidade de uma comissão de inquérito composta pelos vereadores para tirar a limpo todas as dúvidas e suspeitas sobre este caso. Não é fácil que isso ocorra numa Câmara Municipal submissa ao prefeito, mas é evidente que os procopenses estão de olho no que cada vereador está fazendo.
7 comentários:
Vergonha nacional para nossa cidade.
João Carlos Lima, não seja cumplice denuncie, abra as portas da prefeitura à transparência.
A hora que o povo tomar vergonha na cara, nossos politicos, com rara excessão, irão todos para penitenciária, levando junto alguns de seus assessores e irmão parasita do dinheiro publico.
Que vergonha, que vergonha.
Paulo Maluf, Belinati, Severino Cavalcanti, Milton Martini, Amin Hannouche. Esse PP não é fácil, não!!!
Seria bom mesmo a Câmara fazer uma CEI para esclarecer o que aconteceu com essas notas. Mas como fazer que esses vereadores se mexam para defender os interesses da cidade?
saulo gostaria de saber se josinei,tambem fraudou a prefeitura da fazenda rio grande,se ele fez isso aqui imagine lá , escoria , parasitas , fraudadores ........ cadeia pra eles !!!!
que vergonha, para nossa cidade ,cade a justiça , manda tudo pra cadeia ,vaõ roubar lá.
esse oliveira naõ parecia mesmo confiavel , aquele jeito quieto tava só querendo meter a maõ no nosso dinheiro. cade a justiça .
sera que esse oliveira continua na politica ,hahahaha ?
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