terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Em Londrina, lojistas devem ir à Justiça contra Cidade Limpa

BONDE, 25 de janeiro de 2011

A Acil reconheceu que os empresários deixaram a regulamentação para a última hora, crentes de que não haveria fiscalização


A Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil) poderá recorrer à Justiça para tentar estender o prazo para o início da fiscalização dos estabelecimentos comerciais que ainda não se adequaram às normas do projeto "Cidade Limpa", que prevê regulamentação das placas publicitárias afixadas em suas fachadas.

Os lojistas tentaram dissuadir a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) de iniciar a fiscalização em 3 de fevereiro, mas a diretoria da companhia e o prefeito Homero Barbosa Neto (PDT) se demonstram irredutíveis.

A Acil argumenta que não há tempo suficiente para que todos se adaptem à lei, retirando placas e colocando novas. Os empresários dizem que não há mão de obra suficiente, já que todos estão contratando operários agora.

A CMTU, no entanto, tem insistido que a lei foi aprovada há mais de seis meses e os empresários tiveram tempo suficiente para fazer as adequações e evitar multas.

"A Acil representa seus associados e, em última instância, temos que fazer a vontade do associado. Então, vamos tentar alguma medida judicial para garantir um prazo maior para nosso associado", disse o presidente da Acil, Nivaldo Benvenho. "A maioria dos associados concorda com a lei, mas o desentendimento é com a relação ao prazo. Queremos uma flexibilização do início da fiscalização", acrescentou.

Benvenho disse que tem tentado convencer o prefeito de que os londrinense acostumou-se a ver o não cumprimento da leis ao longo das décadas e, por isso, os empresários teriam deixado de se adequar a lei no tempo hábil. "O empresário vem com este histórico de gestores que não faziam cumprir a lei e aí chega um prefeito que exige o cumprimento da lei. Então o empresário, fica pensando: e se eu tirar a placa e meu empresário não tirar? E se eu gastar e meu concorrente não gastar?", declarou. "Agora todo mundo percebeu que terá que cumprir a lei, só que não há mais tempo hábil". (Com informações da Rádio Paiquerê AM).

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