JORNAL DE LONDRINA, 8 de julho de 2010
No Paraná, segundo o TRE, são 9 candidatos disputando uma vaga na bancada federal e 10 por uma cadeira na Assembleia; médias estão maiores que em 2006
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná publicou ontem a relação com os candidatos que pediram registro de candidatura para as eleições deste ano. São 7 candidatos a governador, 7 a vice, 12 ao Senado, 24 a suplentes de senador, 289 a deputado federal e 583 a estadual.
A julgar pelo número de candidatos, a disputa nas eleições proporcionais neste ano será mais disputada no Paraná: a média é de 9,63 candidatos para cada uma das vagas na bancada federal (em 2006, com 256 candidatos disputando, a média era de 8,53 candidatos por vaga). Para a combalida Assembleia Legislativa, alvo do escândalo que estourou com a publicação da série “Diários Secretos”, pela Gazeta do Povo e a RPCTV, a média é de 10,79 candidatos para cada uma das 54 vagas. Em 2006, a relação era 9,74 candidatos por vaga (526 participaram da disputa).
Os números podem mudar, já que amanhã começa o prazo de cinco dias (até a terça-feira, dia 13), para os pedidos de impugnação de candidaturas. Com o advento da “lei da ficha limpa”, que já vale para as eleições deste ano, é possível que muitos candidatos sejam impugnados. A lei prevê que quem foi condenado por algum colegiado fica inelegível.
Em Londrina, entram na disputa três ex-prefeitos – dois deles já são deputados estaduais e tentam a reeleição -, seis vereadores, dois ex-reitores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e três deputados federais. Como o número de vagas – e o tamanho das chapas – para a Câmara de deputados é menor, poucos se aventuram na eleição para o Congresso.
Jairo Tamura é o único vereador que tenta um mandato na Câmara Federal, pelo PSB. Além dele, os atuais deputados Alex Canziani (PTB), André Vargas (PT) e Luiz Carlos Hauly (PSDB) tentam renovar seus mandatos. Em 2006, a cidade elegeu quatro deputados federais: além dos três que tentam a reeleição, o hoje prefeito Barbosa Neto (PDT).
Já os ex-prefeitos preferem disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa. Além de Antonio Belinati (PP) e Luiz Eduardo Cheida (PMDB), que tentam renovar seus mandatos, Nedson Micheleti (PT) entrou na disputa, substituindo o vereador Jacks Dias (PT), que se movia como candidato, mas desistiu da disputa na última semana.
Na lista dos vereadores que pretendem trocar o Centro Cívico por Curitiba estão Sebastião da Silva (PDT), Roberto da Farmácia (PTC), Gérson Araújo (PSDB) e José Roque Neto (PTB). Soma-se a eles o ex-vereador Tercílio Turini, que disputa uma vaga pelo PPS. Também tentam uma cadeira na Assembleia Legislativa dois ex-reitores da UEL: Wilmar Marçal, pelo PSC, e a sua antecessora, Lygia Puppatto, pelo PT.
Campanhas proporcionais devem custar R$ 146 mi
Somadas, as campanhas proporcionais – para a Assembleia Legislativa e para a Câmara dos Deputados – devem custar até R$ 146,813 milhões no Paraná, de acordo com as projeções apresentadas pelos partidos ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Na projeção, os partidos levam em conta o teto de gastos. O valor é o dobro do que pretendem gastar os 7 candidatos ao governo do Estado, que somados projetaram um desembolso de R$ 70,724 milhões. Os 12 postulantes às duas cadeiras ao Senado, projetaram um gasto de R$ 61,674 milhões.
Entre as chapas proporcionais, a projeção é de que os candidatos a deputado federal desembolsem R$ 90,809 milhões (média de R$ 314,2 mil por candidato), e os postulantes à Assembleia Legislativa projetaram R$ 56 milhões (média de R$ 96 mil por candidato). É claro que a distribuição não é tão igualitária quanto sugere a estatística. PDT, PT, PMDB, PR e PC do B, que apoiam Osmar Dias (PDT) para o governo do Estado, estimam que gastam até R$ 6 milhões cada um com os seus candidatos a deputado federal. Na chapa para deputados estaduais, os mesmo partidos estipularam teto de R$ 3 milhões cada. PSDB, DEM e PP, que estão na coligação que apoia Beto Richa (PSDB), estipulam que gastam até R$ 5 milhões com os federais e R$ 2,5 milhões com os estaduais (cada partido). No lado oposto do muro econômico, PSol e PSTU, que projetam gastar até R$ 100 mil cada um na campanha para governador (o candidato do PSol é Luiz Felipe Bergman e o do PSTU é Avanilson Alves Araújo). Na chapa proporcional, o PSol projeta gastos de R$ 50 mil para deputado federal e mais R$ 50 mil para estadual. O PSTU projeta R$ 30 mil em cada chapa.
O PCB, que disputa o governo do Estado com o londrinense Amadeu Felipe, estima gastar R$ 500 mil na campanha para governador e R$ 200 mil em cada chapa proporcional. O PV, que disputa o governo com Paulo Salamuni, projeta gastar R$ 743 mil com o candidato majoritário e R$ 943 mil com cada chapa proporcional. Já a chapa do PRTB estima gastar R$ 280 mil na campanha do seu candidato a governador, Robinson de Paula e R$ 280 mil com cada chapa proporcional. Entre os “primos pobres” da campanha, curiosa é a situação do PT do B, que estima gastar R$ 1 mil reais com o seu candidato a senador, Irineu Fritz e R$ 1 mil com cada chapa proporcional.
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