quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Tecnologia estrangeira

INSTITUTO AME CIDADE, 12 de novembro de 2009

O prefeito de Cornélio Procópio Amin Hannouche (PP) voltou finalmente da viagem ao Oriente Médio para onde foi de carona com o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB). Nas entrevistas que vem dando para as rádios procopenses, o prefeito repete o que publica o site da Prefeitura e se gaba de ter sido o único prefeito do Paraná convidado a acompanhar Beto Richa. É de se perguntar se não foi também o único que aceitaria se ausentar de sua cidade em época de séria crise econômica nos municípios brasileiros, de chuvas torrenciais e também com muito serviço atrasado e causando aborrecimentos para a população.

O interessante nesta viagem é que não se vê em Beto Richa a mesma ansiedade em alardear a presença do acompanhante ao Oriente Médio. Na viagem, Richa esteve o tempo todo mandando notícias pela sua página no Twitter. O site publica notas curtas, que ele usou para fazer um diário durante sua estada no exterior. Nos textos diários, Amin Hannouche não foi citado nenhuma vez.

Também em seu site na Internet, o prefeito curitibano publicou notícias sobre o que fez no Oriente Médio. Nestas notícias Hannouche é igualmente ignorado.

Amin Hannouche não trouxe nenhum resultado concreto da viagem. No site da prefeitura só há alusões à supostas propostas de que Cornélio Procópio se torne co-irmã de algumas cidades libanesas e a intenção do prefeito de que uma comitiva do Líbano, que ele diz que virá ao Brasil, se hospede “nas imediações da Aguativa Resort”, para, ainda conforme suas palavras , “possibilitar um estreitamento ainda maior de relacionamento com as autoridades políticas e privadas daquele país".

De concreto, o prefeito procopense trouxe uma piada pronta. Ainda no site da prefeitura, Amin Hannouche disse que durante a viagem pôde ter a idéia “de como é feita a administração em cidades que até pouco tempo sofriam fortes atentados pela guerra".

E assim que chegou foi visitar as obras atrasadas do Calçadão da cidade, onde os comerciantes estão até sofrendo prejuízos com as frentes de suas lojas todas esburacadas com a interminável obra que deixou o centro parecendo uma praça de guerra.

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