GAZETA DO POVO, 12 de novembro de 2009
Um grupo de 19 deputados estaduais quer investigar denúncias de irregularidades no Instituto Ambiental do Paraná (IAP), presidido por Victor Hugo Burko. Eles assinaram um requerimento, protocolado ontem, pedindo a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa para apurar suspeitas de interesses pessoais de integrantes do governo estadual na liberação de licenças ambientais para a construção de aterros sanitários privados.
Segundo o deputado Marcelo Rangel (PPS), autor do requerimento, há denúncias graves de favorecimento pelo IAP à iniciativa privada. Mas ele não apontou quais seriam. “Pelo que ouvimos é uma questão política porque recebemos denúncias no caso dos aterros. Se a iniciativa privada está se beneficiando de maneira irregular, temos que investigar”, disse Rangel.
Dois casos foram apontados pelo deputado. Um deles é o do Aterro da Caximba, em Curitiba – local onde se deposita o lixo da capital e de outros 18 municípios da região metropolitana.
O IAP e a prefeitura de Curitiba travam uma queda de braço em torno do aterro. O prazo para uso da Caximba se encerra em janeiro de 2010, mas o município pediu autorização para encontrar um novo espaço dentro da área existente do próprio aterro para colocar uma quantidade maior de lixo – a chamada reconformação geométrica do local. Com a medida, adiaria a saída do local até realizar uma licitação para encontrar uma nova área. O IAP, no entanto, negou o pedido. A prefeitura entregou um novo estudo ao IAP, mas o presidente do órgão, Victor Hugo Burko, novamente não autorizou.
Rangel ainda citou o caso de Ponta Grossa, onde o IAP aprovou um novo aterro da iniciativa privada, mas o local ofereceria risco de problemas ambientais. O deputado afirmou ainda que está cobrando do órgão informações sobre a situação no estado inteiro. Ele enviou um requerimento para o IAP cobrando detalhes sobre as licenças ambientais concedidas e os contratos com empresas privadas, mas ainda não recebeu resposta.
O pedido de CPI irritou Burko, que negou qualquer tipo de ingerência política na liberação das licenças. Segundo ele, o órgão é rigoroso nas autorizações, que seguem critério técnico. “Tanto é que fazem críticas genéricas sobre irregularidades, mas ninguém aponta onde estão os problemas do IAP”, disse Burko.
Segundo ele, sempre que o órgão vai implantar um aterro alguém fica descontente e os deputados aproveitam que estão num momento pré-eleitoral para defender as pessoas que são contrárias aos depósitos de lixo. “É exatamente essa ingerência política que tem provocado o caos.”
O pedido de CPI partiu da oposição, mas teve apoio até de deputados governistas, como Cleiton Kielse, Dobrandino da Silva, Edson Strapasson e Reinhold Stephanes Júnior, todos do PMDB. A comissão deve ter 13 integrantes e prazo de 120 dias para conclusão dos trabalhos. Mas pode não sair do papel. O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), e o presidente da Assembleia, Nelson Justus (DEM), vêm se manifestando contra a abertura de CPIs.
Um grupo de 19 deputados estaduais quer investigar denúncias de irregularidades no Instituto Ambiental do Paraná (IAP), presidido por Victor Hugo Burko. Eles assinaram um requerimento, protocolado ontem, pedindo a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa para apurar suspeitas de interesses pessoais de integrantes do governo estadual na liberação de licenças ambientais para a construção de aterros sanitários privados.
Segundo o deputado Marcelo Rangel (PPS), autor do requerimento, há denúncias graves de favorecimento pelo IAP à iniciativa privada. Mas ele não apontou quais seriam. “Pelo que ouvimos é uma questão política porque recebemos denúncias no caso dos aterros. Se a iniciativa privada está se beneficiando de maneira irregular, temos que investigar”, disse Rangel.
Dois casos foram apontados pelo deputado. Um deles é o do Aterro da Caximba, em Curitiba – local onde se deposita o lixo da capital e de outros 18 municípios da região metropolitana.
O IAP e a prefeitura de Curitiba travam uma queda de braço em torno do aterro. O prazo para uso da Caximba se encerra em janeiro de 2010, mas o município pediu autorização para encontrar um novo espaço dentro da área existente do próprio aterro para colocar uma quantidade maior de lixo – a chamada reconformação geométrica do local. Com a medida, adiaria a saída do local até realizar uma licitação para encontrar uma nova área. O IAP, no entanto, negou o pedido. A prefeitura entregou um novo estudo ao IAP, mas o presidente do órgão, Victor Hugo Burko, novamente não autorizou.
Rangel ainda citou o caso de Ponta Grossa, onde o IAP aprovou um novo aterro da iniciativa privada, mas o local ofereceria risco de problemas ambientais. O deputado afirmou ainda que está cobrando do órgão informações sobre a situação no estado inteiro. Ele enviou um requerimento para o IAP cobrando detalhes sobre as licenças ambientais concedidas e os contratos com empresas privadas, mas ainda não recebeu resposta.
O pedido de CPI irritou Burko, que negou qualquer tipo de ingerência política na liberação das licenças. Segundo ele, o órgão é rigoroso nas autorizações, que seguem critério técnico. “Tanto é que fazem críticas genéricas sobre irregularidades, mas ninguém aponta onde estão os problemas do IAP”, disse Burko.
Segundo ele, sempre que o órgão vai implantar um aterro alguém fica descontente e os deputados aproveitam que estão num momento pré-eleitoral para defender as pessoas que são contrárias aos depósitos de lixo. “É exatamente essa ingerência política que tem provocado o caos.”
O pedido de CPI partiu da oposição, mas teve apoio até de deputados governistas, como Cleiton Kielse, Dobrandino da Silva, Edson Strapasson e Reinhold Stephanes Júnior, todos do PMDB. A comissão deve ter 13 integrantes e prazo de 120 dias para conclusão dos trabalhos. Mas pode não sair do papel. O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), e o presidente da Assembleia, Nelson Justus (DEM), vêm se manifestando contra a abertura de CPIs.
Nenhum comentário:
Postar um comentário