segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Com corrupção não dá para ter tolerância

O que acontece em Sarandi, com as ações do Ministério Público, leva a uma reflexão sobre o quanto seria saudável uma atuação com rigor contra irregularidades em todos os níveis nos municípios do Brasil. Uma ação efetiva de todos os organismos da Justiça traria uma qualidade excepcional às nossas cidades.

Com a degradação moral no nível em que está, além da descoberta e punição de altas corrupções é preciso coibir toda irregularidade do dia-a-dia, mesmo as supostamente pequenas e que também supostamente atendem à lei. Estabelecer um respeito geral pela ética pode fazer muito bem à nossa vida político-administrativa.

Seria uma espécie de Tolerância Zero com irregularidades e com a corrupção, algo espelhado nas famosas medidas de tolerância zero tomadas pelo prefeito de Nova York, Rudy Giuliani na década de 90. Na época, foi estabelecido na cidade norte-americana um rigor com qualquer irregularidade, de jogar um papel no chão aos crimes mais graves, como homícidios e roubos. O que se viu foi uma queda na criminalidade em todos os níveis. E Nova York ficou melhor para se viver.

Os políticos brasileiros adoram lembrar da Tolerância Zero quando isso se refere ao crime comum. Mas quanto à ética, sempre estão arrumando uma desculpa para evitar a lei ou mesmo um respeito aos padrões básicos de moralidade.

E hoje no país a falta de ética já está pedindo uma Tolerância Zero. Taí uma proposta que poderia melhorar bastante a administração-pública no Brasil.

3 comentários:

Juliano disse...

Boa idéia essa. A tolerância zero não pode ser só para criminoso mixuruca, tem que pegar tubarões também. Eu apoio tolerãncia zero para corrupção.

Anônimo disse...

Que pena que a tolerância zero passa muito longe de Cornélio Procópio, quanto a falta de ética e o bom emprego do dinheiro publico. (termo usado para ser educado e não dizer corrupção).
E a farra das diárias dos vereadores vai cair no esquecimento?
AME não deixe isto acontecer, por favor.

Luciana disse...

O problema é mesmo é que as pessoas são tolerantes com todo tipo de infração. O cidadão que reclama dos políticos não pode por exemplo compactuar nem com pequenos delitos porque é esse tipo de problema que sustenta os grandes. E também não tem delito menor porque no final todos prejudicam os cofres públicos e claro que todos são contra a ética. Parabéns ao instituto Ame Cidade