segunda-feira, 5 de setembro de 2011

População de Maringá se mobiliza contra o aumento do número de vereadores

INSTITUTO AME CIDADE, 5 de setembro de 2011


Em Maringá, a população se mobiliza contra o aumento do número de vereadores. No sábado, voluntários distribuíram 25 mil adesivos com um slogan contrário a uma Câmara maior. Os manifestantes, ligados a entidades como Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Sociedade Rural e Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), também exibiram faixas com palavras de ordem do movimento, que será intensificado até o próximo dia 13, quando a proposta de aumento de 15 para 21 vereadores será votada na Câmara Municipal.

Na comemoração de 7 de setembro, representantes de entidades de classe participarão na tribuna de honra vestidos com camisetas pretas, que exibem a frase ‘Luto por Maringá. Eu digo não ao aumento do número de vereadores".

O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Privado de Maringá (Sinepe), Wilson Filho, disse ao jornal O Diário que a campanha contra o aumento do número de vereadores é apenas a primeira fase da mobilização. Segundo ele, a fase seguinte será de mobilização, que continuará até a eleição do ano que vem.

Essa disposição de luta prenuncia uma situação difícil para vereadores que votarem a fator do aumento. Certamente seus nomes serão apontados aos eleitores por essas entidades que fazem campanha pela manutenção do número atual da Câmara.

E a rejeição na cidade ao aumento é de fazer qualquer político pensar duas vezes sobre os riscos de votar contra a opinião pública. Em Maringá, conforme já noticiamos aqui no blog do Instituto Ame Cidade, 85% da população quer que a Câmara fique como está.

Líderes da campanha em Maringá apontam o aumento dos gastos públicos como um dos problemas que devem ser gerados com mais vereadores. Eles também não acreditam que o aumento de vereadores tenha como conseqüência um aumento de representatividade da população, como alegam políticos favoráveis a mais vagas nas câmaras municipais. “O que a gente deve buscar é o aumento da qualidade", disse presidente da subseção da OAB em Maringá, João Everardo Resmer Vieira.

Vereadores que são favoráveis a uma Câmara maior tentaram uma manobra política na semana passada para justificar sua posição. Eles entraram com uma emenda à lei orgânica de Maringá prevendo a redução do orçamento da Câmara. Hoje, o legislativo maringaense pode gastar até 5% do total das receitas municipais. A proposta, que ainda não foi votada, prevê a redução para 3,5%.

Com isso, os vereadores buscam justificar que a Câmara não teria mais gastos com a medida, mas o argumento recebeu firme oposição de líderes da campanha contra o aumento.

O presidente da OAB lembrou que a aprovação do aumento de vereadores é para quatro anos. Só pode ser revertida para a legislatura seguinte. Já o teto de gastos está sempre passível da vontade política dos vereadores. "Eles poderiam no ano que vem fazer uma nova lei, elevando novamente para 5% o teto dos gastos", disse Resmer Vieira.



Em Apucarana, vereadores atendem aos cidadãos e mantêm o número atual de ocupantes da Câmara Municipal

Em Londrina, presidente da Câmara Municipal volta atrás e defende que não haja aumento do número de vereadores

Pesquisa em Londrina mostra que a população não que aumento do número de vereadores

Em Cornélio Procópio acontece hoje a primeira votação para o aumento de vagas na Câmara

Vereadores que se cuidem: o eleitor não quer aumento de cadeiras nas Câmaras Municipais



Um comentário:

Procopense disse...

E em Cornélio Procópio não acontece nada?