segunda-feira, 16 de maio de 2011

Sem transparência e sem ouvir os outros nada pode mesmo dar certo

INSTITUTO AME CIDADE, 16 de maio de 2011


Esta dificuldade em aceitar o contraditório e até mesmo de ouvir com respeito sugestões só pode ria mesmo levar ao caos administrativo em que vive Cornélio Procópio. Este ato de desrespeito aos pedidos de informação dos vereadores no caso em que apareceram notas fiscais bastante suspeitas usadas em negócios com a prefeitura não é o primeiro da administração de Amin Hannouche.

O prefeito, que nunca deu informações sobre suas atividades públicas e os negócios da Prefeitura, se recusou a atender aos pedidos dos vereadores e teve que ser obrigado pela Justiça a entregar documentos que legalmente deveriam ser públicos.

Existe um ditado árabe que diz que quem não sabe ouvir erra duas vezes: primeiro por não ouvir as pessoas e depois por não consertar o erro. E como esta administração não tem de forma alguma o costume de ouvir as pessoas, muita coisa acaba saindo errado.

Apenas para ficar num caso, se Hannouche tivesse ouvido comerciantes e outros profissionais que o alertaram sobre as péssimas condições meteorológicas quando ele começou a fazer o Calçadão se respeitar nenhum planejamento, a cidade teria evitado muitos dissabores. É claro que mesmo sob o sol não há como remediar incompetência técnica, mas pelo menos os procopenses não teriam que aturar mais de um ano no tormento que foi a história da construção, uma das intermináveis obras de Hannouche.

Em qualquer manual ou livro sobre técnica administrativa um ponto essencial é o de ouvir muito e até de estimular o exercício da crítica para aprimorar o serviço.

São práticas modernas surgidas da experiência e comprovadas em pesquisas e estudos. Não tem como fazer as coisas direito em qualquer setor sem que haja a abertura para a transparência e o diálogo. A transparência administrativa melhora os produtos e serviços e, além disso, evita muitos perigos.

E se isso é uma verdade na iniciativa privada, na atividade pública deveria ser aplicado ainda com mais rigor. Afinal, a atividade de um prefeito ou um vereador é basicamente conduzir da melhor forma possível o bem comum, administrando o que é de todos.

A regulação da atividade pública, com o respeito a normas e licitações, não pretende apenas cuidar para que o prefeito e demais funcionários públicos se comportem com honestidade. De fato, práticas honestas são da máxima importância, afinal todo dinheiro que entra na Prefeitura sai do bolso do contribuinte. Daí a necessidade que os gastos sejam feitos da forma mais correta.

Mas tem também outra coisa muito importante no respeito às regras éticas e de transparência. A realização de obras públicas e a contratação de serviços exigem muita responsabilidade. É preciso ser vigilante. Quando não se obedece às normas legais o dinheiro público acaba sendo desperdiçado ou até desviado, mas o atropelo às regras leva também perigo para a segurança da população. A falta de moralidade nas licitações e na execução do serviço pode comprometer bastante uma obra.

Se o prefeito não cuida bem, pode haver descaso do contratado com a qualidade do serviço, até com o uso de material inferior ao especificado. É claro que se o administrador público não ficar atento ou até se ele não souber escolher bem seus parceiros, o contratado pode fazer tudo com qualidade inferior.

E uma obra com material de qualidade inferior (que todos sabem que é uma das tretas que corruptos usam para faturar mais) pode por em risco até a integridade física da população.

Quem tem problema de trabalhar de acordo com as regras legais não é capacitado tecnicamente para o serviço. Ou, pior ainda, é mesmo desonesto. E é uma desonestidade que afeta de forma danosa a vida dos seres humanos.

Um comentário:

Anônimo disse...

que dor de cotovelo hein! falem ai que o calçadão revolucionou o centro da cidade e é uma obra que o Zé Antônio tinha vontade mas não teve peito de fazer, falem da praça Brasil que está ficando linda e vai ser um grande cartão postal da cidade.... vamos parar de brincar, fala sério.