sexta-feira, 10 de setembro de 2010

MP vai investigar funcionamento de telefones públicos de Curitiba

GAZETA DO POVO, 10 de setembro de 2010

Consumidores relataram que cerca de 70% dos orelhões administrados pela Oi na capital paranaense não estariam funcionando


A Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba instaurou inquérito civil para apurar denúncias de supostas irregularidades envolvendo a operadora de telefonia Oi. De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), consumidores relataram que cerca de 70% dos telefones públicos administrados pela empresa na capital paranaense não estariam funcionando.

Segundo nota divulgada pelo MP-PR, há suspeitas de que a operadora estaria interessada em “prestar o serviço de forma precária mesmo, para ‘obrigar’ os consumidores a fazerem uso de telefone celular em detrimento dos orelhões”. O inquérito foi aberto na última sexta-feira (3) e é conduzido pelos promotores de Justiça Maximiliano Ribeiro Deliberador e Cristina Corso Ruaro.

Em junho deste ano, a reportagem da Gazeta do Povo tentou solicitar o conserto de cinco orelhões no Centro de Curitiba, mas nenhum foi arrumado. Na ocasião, 220 de 458 orelhões testados em sete praças e três ruas com grande circulação de pessoas na capital estavam inutilizáveis. A Oi informou que iria reparar os aparelhos apontados, mas 209 continuavam quebrados uma semana depois.

O MP-PR destaca que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determina que "as solicitações de reparo de telefone público poderão ser feitas diretamente à concessionária de telefonia. A Anatel exige que 98% delas sejam atendidas em até 8 horas e, em qualquer hipótese, esse prazo nunca poderá ultrapassar 24 horas". A Oi terá 15 dias para se manifestar oficialmente à Promotoria de Justiça.

A assessoria de imprensa da Oi informou que a empresa ainda não foi notificada sobre o assunto e por isso não prestaria maiores esclarecimentos.

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