terça-feira, 9 de março de 2010

Advertência à vereadora Aurora é vista como um recuo do prefeito e seus vereadores

INSTITUTO AME CIDADE, 9 de março de 2010


Os vereadores do prefeito optaram pela advertência à vereadora Aurora Fumie Doi (PMDB) e com isso firmaram em suas carreiras e na história da Câmara Municipal de Cornélio Procópio um dos atos mais bizarros da história política da cidade: a punição de uma parlamentar que pediu transparência no Legislativo municipal.

A advertência evidentemente não foi aceita por Aurora, que fez questão de registrar oficialmente sua posição em discurso na Câmara. E também não serão absurdos desse tipo que farão esta valorosa parlamentar deixar de cumprir seu compromisso com a cidadania. Esta é a diferença entre o político profissional e aquele que abraça de fato a causa pública, como é o caso de Aurora.

Entretanto, a advertência é vista pelos procopenses como um recuo dos vereadores do prefeito e também do próprio Amin Hannouche, atualmente encalacrado em trapalhadas administrativas que já grudam em sua imagem a fama de pior prefeito que Cornélio já teve.

O recuo pode ter vários motivos, sendo que o mais provável é um puxão de orelhas na base municipal pepista aplicado pelas altas esferas do PP, que perceberam a relevância nacional que um fato como esse poderia alcançar. Um vereador cassado por pedir transparência a seus colegas seria uma notícia bem interessante para a imprensa nacional nesta época em que é forte a discussão sobre a ética e ainda temos eleições de grande porte. E sendo este ataque à transparência proposto pelo PP, o partido do mensalão, aí é que a notícia iria esquentar o debate político nacional.

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