quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Em Maringá, lei seca divide opiniões e movimenta a Câmara

O DIÁRIO DE MARINGÁ, 15 de outubro de 2009

A partir de 31 de dezembro está proibida a venda de bebidas alcoólicas a menos de 150 m das faculdades e universidades. Donos de bares querem relaxar a lei, mas entidades reagem


O movimento na Câmara Municipal para o relaxamento da lei seca nas imediações de instituições de ensino superior de Maringá – que começa a valer em 31 de dezembro – mobiliza agora o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe), contrário à mudança do texto. Na terça-feira, o presidente do Sinepe, José Carlos Barbieri, visitou o gabinete de cada um dos vereadores para pedir que a lei seja mantida.

Foram os mesmos passos dados na semana passada por donos de bares e lanchonetes. Em ambos os casos, os visitantes saíram com a impressão de que conseguiram apoio dos vereadores. O presidente do Sinepe diz que soube da ideia de mudar a lei pelos jornais. "Ficamos sabendo pela imprensa”, diz Barbieri.

Além do trabalho de convencimento dos vereadores, o Sinepe elabora uma lista de instituições contrárias à venda de bebidas alcoólicas próximo às faculdades e universidades. A listagem, que integrará um manifesto em favor à lei seca, será entregue para cada um dos vereadores. A mudança no texto é defendida pelo vereador Evandro Júnior (PSDB), que encaminhou ontem o projeto de lei complementar para o Departamento Jurídico da Câmara.

O projeto, também assinado pelo vereador Mário Verri (PT), prevê que o município não impeça a venda de bebidas alcoólicas nos bares já instalados a menos de 150 metros dos estabelecimentos de ensino superior. Segundo o projeto, a proibição só passaria a valer para alvarás emitidos a partir de 2010. “Acredito que nosso projeto passa”, diz Verri.

De acordo com o Departamento Jurídico da Câmara, é pouco provável que o projeto entre em votação hoje. A previsão é que ele entre na pauta da sessão da próxima terça-feira (20).

Para o Sinepe, a lei elaborada pelo governo municipal e aprovada na Câmara em 2008, significa o fim do som alto e estudantes bêbados em frente às instituições de ensino superior. Para o Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Maringá, a medida é ilegal e representa a perda de uma trincheira. A categoria sabe que a administração municipal é simpática à implantação de uma lei seca para toda a cidade.

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