quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Estudo revela que tarifas de bancos públicos saem mais baratas para correntistas

AGÊNCIA BRASIL, 23 de setembro de 2009

Um terço dos servicos prioritários tiveram preço médio menor nos bancos públicos. 75% dos serviços oferecidos para empresas também teve menor preço


Os bancos públicos cobram tarifas mais baixas do que as instituições privadas na a maioria dos serviços prestados para as pessoas físicas quando se comparam as tabelas padronizadas. Essa é a conclusão do estudo Acompanhamento de Tarifas Bancárias elaborado pela Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, junto com o Banco Central no período de janeiro de 2008 a julho de 2009.

Segundo o estudo, 21 dos 32 serviços prioritários tiveram preço médio menor nos bancos públicos para as pessoas físicas. A cobrança de tarifas com preço menor pelos bancos públicos também foi comprovada em 75% dos serviços oferecidos para empresas. O estudo não cita nominalmente o nome dos bancos. A SEAE usou dados fornecidos pelos bancos públicos e pelas maiores instituições financeiras privadas, que representam 90% dos depósitos dos 50 maiores bancos do país.

No estudo, a variação de preços nesse período mostra que, de um rol de 32 serviços padronizados , quatro ficaram mais caros depois de maio de 2008: confecção de cadastro; renovação de cadastro; exclusão do cadastro de emitentes de cheques sem fundo e concessão de adiantamento a depositante.

No caso de confecção de cadastro, a alta chegou a 313% no período. A renovação de cadastro, que foi proibida recentemente pelo Banco Central, ficou em 104%. A exclusão do cadastro de emitentes de cheques sem fundo teve reajuste de 34% e a concessão de adiantamento, embora menos salgada, teve alta de 25% . Um detalhe que o estudo destaca é que todos os serviços têm em comum o fato de não serem normalmente incluídos nos pacotes oferecidos pelos bancos.

Na análise dos dados, observou-se que as majorações de valores das tarifas nominas concentraram-se basicamente entre a publicação e a entrada em vigor da regulamentação das tabelas de serviços padronizadas pelo Conselho Monetário Nacional cuja resolução 3.518 publicada no Diário Oficial da União em dezembro de 2007. Pela norma, a partir de abril de 2008, o reajuste de preços destes serviços passaram a respeitar um intervalo de 180 dias (seis meses).

O estudo mostra que, com base em dados de julho de 2009, as tarifas de 20 serviços ficaram inferiores às de praticadas pelos bancos em janeiro do ano passado, com destaque para o fornecimento de segunda via de cartão de débito (-79%), fornecimento de segunda via de cartão de movimentação de conta (-80%), fornecimento de folhas de cheque (-52%), cheque de transferência bancária (-49%) e saquem em correspondente bancário, como os Correios por exemplo, (-59%).O valor médio do pacote de serviços padronizado também caiu de R$ 16,53 para R$ 14,96 no período.

O documento registra também que, a princípio, “é licito inferir que apesar do cenário de redução das operações de crédito, os bancos não tentaram compensar uma possível queda de receita por meio de aumento das tarifas para as pessoas físicas”.

Há uma ressalva, no entanto, por parte dos técnicos que elaboram o estudo sobre o fato da maioria dos clientes adquirir os serviços em forma de pacote. Embora, os bancos tenham que cobrar menos do que a soma dos valores individuais dos serviços constantes no pacote, são livres para montar esses pacotes conforme a resolução do CMN 3.518.


Bradesco supera em lucro bancos dos EUA
JORNAL DO BRASIL, 23 de setembro de 2009Jornal do Brasil


O Bradesco foi a instituição financeira mais rentável entre os bancos da América Latina e dos Estados Unidos. É o que aponta levantamento feito pela consultoria Economática.

O estudo considerou os balanços relativos ao primeiro semestre deste ano. Em comparação com o ano passado, o Bradesco conseguiu superar seu maior rival no setor privado caseiro, o Itaú, agora associado ao Unibanco.

Outros dois bancos brasileiros ocupam posições de destaque.: o Itaú aparece em terceiro lugar, e o Banco do Brasil, em quarto. Eles só perdem para o Bradesco e o americano Fifth Third Bancorp. A filial brasileira do espanhol Santander ocupa a 13ª posição.

Bradesco, Itaú e Banco do Brasil superam em rentabilidade grandes instituições financeiras americanas, como American Express, Goldman Sachs e Wells Fargo.

Os EUA atravessam sua pior crise econômica em 70 anos, que ganhou força principalmente a partir do segundo semestre de 2008. No ano passado, no entanto, os bancos brasileiros já batiam os americanos, considerando o primeiro semestre de 2008.

Nesse período, Itaú, Unibanco, BB e Bradesco, pela ordem, superaram o Goldman Sachs, JP Morgan Chase, o Bank of America e o Citigroup.

Para medir a rentabilidade dos bancos, a consultoria levou em conta o conceito ROA (retorno sobre ativos), em que se divide o lucro total pelo ativo total da empresa.

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