quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Corregedor confirma que vereador de Londrina já foi ouvido sobre acusação de propina a colega

JORNAL DE LONDRINA, 23 de setembro de 2009

Vereador do PTN também foi ouvido pela Corregedoria da Câmara, que apura denúncia de tentativa de extorsão que teria sido praticada por um vereador


O corregedor da Câmara, Rony Alves (PTB), confirmou ontem que o vereador Ivo de Bassi (PTN) depôs no Ministério Público, na investigação que apura a denúncia de que o vereador Rodrigo Gouvêa (PRP) teria pedido propina ao engenheiro Maurício Costa para votar a favor da lei que criou as condições para a busca de recursos do programa federal Minha Casa, Minha Vida, em Londrina. Segundo Alves, Bassi também prestou depoimento na Corregedoria da Câmara sobre o assunto. O corregedor só não quis dar detalhes sobre o teor do depoimento do colega. Até segunda-feira Bassi vinha negando a informação de que foi ao MP prestar depoimento. Em entrevista publicada na coluna Aparte, na edição de ontem do JL, o vereador negou com veemência que tinha prestado depoimento.

“Não sei quem está passando essas informações”, disse Bassi, ontem, quando questionado sobre o depoimento. Ele disse que conhecia o promotor Renato Lima Castro somente “pelos jornais”.

A informação sobre o depoimento de Bassi circula nos bastidores desde segunda-feira. Alves não deu detalhes sobre o teor do depoimento do colega, justificando o dever de manter o sigilo com o Código de Ética. Nos bastidores, o comentário é de que o teor do depoimento de Bassi teria o potencial de complicar a situação de Gouvêa, principalmente no que diz respeito à investigação em curso no MP. Bassi não quis deu detalhes sobre o seu depoimento. “Não posso falar porque está sob segredo de Justiça”, justificou o vereador.

O corregedor afirmou que pretende ouvir outros vereadores a respeito da situação da Câmara, mas não citou quantos e nem quais seriam os vereadores ouvidos.

Quanto ao pedido feito na semana passada por um ex-candidato a vereador pelo PRP, que quer que Gouvêa seja investigado no caso do suposto pedido de propina, a Mesa despachou o documento para a Procuradoria, que deve se manifestar sobre o assunto.

O engenheiro Maurício Costa, que disse ter sido abordado por Gouvêa com um pedido de propina, não respondeu ao pedido administrativo da Câmara, para que ele se manifestasse sobre o caso. O prazo venceu às 19 horas de segunda-feira. Tramita na 9ª Vara Cível de Londrina uma interpelação judicial feita pelo Legislativo para que Costa se manifeste. Ontem o juiz pediu que o Ministério Público se manifeste a respeito da interpelação.

Com relação à situação de Paulo Arildo (PSDB), Rony Alves disse que recebeu ontem a documentação da 10ª Vara Cível, na qual o tucano é réu num processo em que é acusado de ficar com parte dos salários dos ex-assessores.

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