INSTITUTO AME CIDADE, 21 de abril de 2011
Cornélio Procópio não para de acumular índices negativos. A cidade já havia aparecido com destaque no Mapa da Violência 2011, um levantamento nacional feito pelo Instituto Sangari em conjunto com o Ministério da Justiça. O município ficou em primeiro lugar no Paraná, ocupando a 18º posição no Brasil em acidente de moto com mortes. No quadro de mortes em acidentes de carro ficou também numa posição ruim, ocupando a 74ª posição brasileira.
Na epidemia da dengue a situação também é feia. Cornélio Procópio é uma das 20 cidades paranaenses onde o risco de dengue é muito alto. Neste ano, a cidade já teve também uma morte causada pela epidemia.
E como se não bastasse tanta desgraça, Cornélio Procópio ocupa um dos lugares mais críticos nos índices de homicídio doloso no Paraná. Ocorreu um aumento brutal nos homicídios dolosos na cidade neste primeiro trimestre. As mortes aumentaram de 12 para 17.
Os dados são do relatório estatístico criminal divulgado nesta quarta-feira pela Secretaria de Estado da Segurança Pública. A situação de Cornélio Procópio é ainda mais crítica porque ocorre num trimestre de queda no número de homicídios dolosos em todo o Paraná. Segundo o relatório, em todo o estado a queda foi de 21%.
Londrina teve um terço a menos de homicídios. E mesmo numa avaliação numérica entre os dois municípios a quantidade de gente sendo assassinada em Cornélio Procópio acaba sendo chocante. Londrina teve 24 homicídios e Cornélio Procópio ficou com 17. Porém, Londrina é a segunda maior cidade paranaense, com uma população pelo menos dez vezes maior. Proporcionalmente, a ocorrência desse tipo de crime em Cornélio Procópio é maior do que em Londrina ou Curitiba.
Em todos os outros tipos de crimes os números também são altos em Cornélio Procópio. E o procopense está ciente do problema da violência no município, pois sofre no dia-a-dia com a falta de segurança. O município tem também em seu entorno a população rural, que sofre com crimes violentos contra agricultores, além do roubo de maquinários de trabalho no campo, inclusive de tratores.
E o pior de tudo é o clima geral de desproteção e perigo, que impede a população de usufruir da sua cidade com tranqüilidade.
Apesar de ter registrado queda de 21% no número absoluto de homicídios, o Paraná ainda está muito acima dos índices recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A organização considera aceitável dez mortes a cada grupo de 100 mil habitantes.
E este é um dado que torna ainda mais preocupante o número de homicídios dolosos em Cornélio Procópio, que conta com 17 mortes numa população próxima de 46 mil habitantes. É um número intolerável de homicídios dolosos, sem falar nos outros crimes.
Já é bastante conhecida a conversa de que segurança não é uma questão dos municípios. Muitas vezes o argumento é usado para prefeitos se omitirem de responsabilidades. Isso poderia valer se vivêssemos numa situação de relativa normalidade. Além do mais, as Prefeituras podem fazer muita coisa para prevenir e conter a violência. E algumas cidades têm conseguido avanços na área.
Infelizmente não é o caso de Cornélio Procópio, onde a população vê pouquíssima atenção da Prefeitura a este problema. Até o momento não se viu nada, nenhum plano ou projeto e muito menos medidas práticas vindas da administração do prefeito Amin Hannouche (PP) que já está no terceiro ano de seu segundo mandato.
Hannouche é também presidente há anos da Amunop, associação que representa as cidades de toda a região. Neste cargo, porém, o prefeito procopense nunca elaborou um plano regional integrando os municípios para melhorar a segurança.
No caso específico de Cornélio, a Prefeitura peca até em questões administrativas básicas. Como já apontamos aqui, alertando sobre o perigo, esta administração acaba favorecendo a insegurança em razão da falta de manutenção do patrimônio público e o desmazelo com locais urbanos vitais para a convivência coletiva.
Além da falta da precariedade dos serviços em todo o município, tem também o problema das obras perpetuamente inacabadas, que também criam pontos de insegurança. Já foi até denunciado prostituição e tráfico de drogas numa dessas obras que não terminam nunca e ficam ao abandono.
Lugares significativos da cidade não recebem nem limpeza básica. Sem condição de uso, vários espaços urbanos acabam ficando desertos e às escuras, facilitando o vandalismo, o tráfico e uso de drogas, assaltos, furtos, roubos, violência física, enfim, uma variedade de crimes que amedrontam a população e trazem má fama para Cornélio Procópio.
Leia na íntegra (em PDF) o relatório
estatístico criminal divulgado pela
Secretaria de Estado da Segurança Pública
Cornélio Procópio não para de acumular índices negativos. A cidade já havia aparecido com destaque no Mapa da Violência 2011, um levantamento nacional feito pelo Instituto Sangari em conjunto com o Ministério da Justiça. O município ficou em primeiro lugar no Paraná, ocupando a 18º posição no Brasil em acidente de moto com mortes. No quadro de mortes em acidentes de carro ficou também numa posição ruim, ocupando a 74ª posição brasileira.
Na epidemia da dengue a situação também é feia. Cornélio Procópio é uma das 20 cidades paranaenses onde o risco de dengue é muito alto. Neste ano, a cidade já teve também uma morte causada pela epidemia.
E como se não bastasse tanta desgraça, Cornélio Procópio ocupa um dos lugares mais críticos nos índices de homicídio doloso no Paraná. Ocorreu um aumento brutal nos homicídios dolosos na cidade neste primeiro trimestre. As mortes aumentaram de 12 para 17.
Os dados são do relatório estatístico criminal divulgado nesta quarta-feira pela Secretaria de Estado da Segurança Pública. A situação de Cornélio Procópio é ainda mais crítica porque ocorre num trimestre de queda no número de homicídios dolosos em todo o Paraná. Segundo o relatório, em todo o estado a queda foi de 21%.
Londrina teve um terço a menos de homicídios. E mesmo numa avaliação numérica entre os dois municípios a quantidade de gente sendo assassinada em Cornélio Procópio acaba sendo chocante. Londrina teve 24 homicídios e Cornélio Procópio ficou com 17. Porém, Londrina é a segunda maior cidade paranaense, com uma população pelo menos dez vezes maior. Proporcionalmente, a ocorrência desse tipo de crime em Cornélio Procópio é maior do que em Londrina ou Curitiba.
Em todos os outros tipos de crimes os números também são altos em Cornélio Procópio. E o procopense está ciente do problema da violência no município, pois sofre no dia-a-dia com a falta de segurança. O município tem também em seu entorno a população rural, que sofre com crimes violentos contra agricultores, além do roubo de maquinários de trabalho no campo, inclusive de tratores.
E o pior de tudo é o clima geral de desproteção e perigo, que impede a população de usufruir da sua cidade com tranqüilidade.
Apesar de ter registrado queda de 21% no número absoluto de homicídios, o Paraná ainda está muito acima dos índices recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A organização considera aceitável dez mortes a cada grupo de 100 mil habitantes.
E este é um dado que torna ainda mais preocupante o número de homicídios dolosos em Cornélio Procópio, que conta com 17 mortes numa população próxima de 46 mil habitantes. É um número intolerável de homicídios dolosos, sem falar nos outros crimes.
Já é bastante conhecida a conversa de que segurança não é uma questão dos municípios. Muitas vezes o argumento é usado para prefeitos se omitirem de responsabilidades. Isso poderia valer se vivêssemos numa situação de relativa normalidade. Além do mais, as Prefeituras podem fazer muita coisa para prevenir e conter a violência. E algumas cidades têm conseguido avanços na área.
Infelizmente não é o caso de Cornélio Procópio, onde a população vê pouquíssima atenção da Prefeitura a este problema. Até o momento não se viu nada, nenhum plano ou projeto e muito menos medidas práticas vindas da administração do prefeito Amin Hannouche (PP) que já está no terceiro ano de seu segundo mandato.
Hannouche é também presidente há anos da Amunop, associação que representa as cidades de toda a região. Neste cargo, porém, o prefeito procopense nunca elaborou um plano regional integrando os municípios para melhorar a segurança.
No caso específico de Cornélio, a Prefeitura peca até em questões administrativas básicas. Como já apontamos aqui, alertando sobre o perigo, esta administração acaba favorecendo a insegurança em razão da falta de manutenção do patrimônio público e o desmazelo com locais urbanos vitais para a convivência coletiva.
Além da falta da precariedade dos serviços em todo o município, tem também o problema das obras perpetuamente inacabadas, que também criam pontos de insegurança. Já foi até denunciado prostituição e tráfico de drogas numa dessas obras que não terminam nunca e ficam ao abandono.
Lugares significativos da cidade não recebem nem limpeza básica. Sem condição de uso, vários espaços urbanos acabam ficando desertos e às escuras, facilitando o vandalismo, o tráfico e uso de drogas, assaltos, furtos, roubos, violência física, enfim, uma variedade de crimes que amedrontam a população e trazem má fama para Cornélio Procópio.
Leia na íntegra (em PDF) o relatório
estatístico criminal divulgado pela
Secretaria de Estado da Segurança Pública
Cornélio Procópio violenta
Veja na RPC TV
reportagem sobre
o alto alto índice
de homicídios em
Cornélio Procópio
Veja na RPC TV
reportagem sobre
o alto alto índice
de homicídios em
Cornélio Procópio
2 comentários:
Pobre Cornélio Procópio!! Em que mãos foi cair. Mas os procopenses vão mudar isso, tenho esperança que isso não vai continuar assim!!!
A violencia anda mesmo demais em Cornelio e o que facilita a ação dos maus elemento é o monte de pontos negros criado pela má administração da cidade. Tem lugar que dá medo de passar depois das seis da tarde.
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