INSTITUTO AME CIDADE, 4 de outubro de 2011
A semana está quente em duas importantes Câmaras municipais. Hoje em Londrina, os vereadores decidem sobre a instalação da Comissão Processante (CP) contra o prefeito Barbosa Neto. A proposta da CP é para investigar denúncia de irregularidades na contratação de empresa de treinamento da guarda municipal.
Também no dia de hoje, em Maringá, a Câmara discute o caso do vereador John Alves (PMDB), que ficou sem camisa durante sessão da Câmara para impedir uma votação. A oposição quer cassar seu mandato por falta de decoro.
A CP contra o prefeito Barbosa Neto será o primeiro item da sessão de hoje da Câmara de Londrina. A proposta de investigação inclui o vice-prefeito, José Joaquim Ribeiro (PSC).
A denúncia foi feita no ano passado pelo vereador Joel Garcia, hoje no PTN, mas que já foi do PDT, de onde saiu para não ser expulso. O vereador e o prefeito foram aliados muito próximos e hoje estão rompidos. A briga é feia. Quando foi preso em janeiro do ano passado pelo Gaeco, Garcia culpou o prefeito por seus dissabores. No dia de sua prisão disse: "É isso que dá brigar com o prefeito".
O caso da Guarda Municipal já foi avaliado por uma CEI da Câmara londrinense, mas teve o relatório arquivado. A versão original elaborada pela vereadora Lenir de Assis (PT) responsabilizava o prefeito Barbosa Neto, mas foi considerada "dura" demais pelos outros dois membros da CEI, Jairo Tamura (PSB) e Titto Vale (PMDB). Esses vereadores fizeram então um novo relatório inocentando o prefeito. A amaciada feita por Tamura e Vale desagradou seus colegas. O relatório não foi aceito pela Câmara e o peemedebista Vale ainda enfrentou pesadas críticas em seu partido, que o enquadrou para deixar de favorecer o prefeito.
Também neste mesmo caso das irregularidade na Guarda Municipal, o prefeito londrinense foi indiciado pelo Ministério Público por improbidade administrativa. Segundo a denúncia, o município teria feito pagamentos irregulares à empresa Delmondes & Dias, contratada para o treinamento da Guarda Municipal. Conforme concluiu o MP, os guardas já haviam tido aulas 50 dias antes do contrato.
Em Maringá, a proposta cassação do mandato do vereador peemedebista John Alves surgiu de uma cena grotesca encenação feita por ele na quinta-feira passada. O vereador tirou a camisa durante sessão em que era discutida a revogação de uma lei que restringe a construção de casas geminadas em Maringá.
A cena foi de programa de baixaria de televisão. Veja a foto acima, publicada no site do jornal O Diário, de Maringá. O gesto do vereador foi para evitar uma votação que poderia liberar a construção de casas geminadas na cidade, uma das grande polêmicas hoje em Maringá.
Os vereadores que propuseram a cassação do mandato são favoráveis à liberação. O vereador descamisado é contra a revogação e disse que seguirá votando da mesma forma, independente da ameaça de cassação. "Quem está fazendo pressão não é o povo, são esses construtores que estão enfiando na população uma casinha de R$ 80 mil por R$ 170 mil", ele disse.
Para propor a cassação, a oposição alega que John Alves infringiu um artigo do Regimento Interno que se refere a "praticar ato que afete a sua dignidade". Se a Mesa Executiva aceitar esta tese, o vereador pode ser cassado por falta de decoro.
Se ocorrer mesmo a cassação, os vereadores maringaenses vão acabar virando notícia nacional. Afinal, podem não faltar motivações políticas para cassar mandatos de vereadores pelo país afora, mas ninguém imaginava que isso podia acontecer pelo fato de um vereador ter tirado a camisa.
A semana está quente em duas importantes Câmaras municipais. Hoje em Londrina, os vereadores decidem sobre a instalação da Comissão Processante (CP) contra o prefeito Barbosa Neto. A proposta da CP é para investigar denúncia de irregularidades na contratação de empresa de treinamento da guarda municipal.
Também no dia de hoje, em Maringá, a Câmara discute o caso do vereador John Alves (PMDB), que ficou sem camisa durante sessão da Câmara para impedir uma votação. A oposição quer cassar seu mandato por falta de decoro.
A CP contra o prefeito Barbosa Neto será o primeiro item da sessão de hoje da Câmara de Londrina. A proposta de investigação inclui o vice-prefeito, José Joaquim Ribeiro (PSC).
A denúncia foi feita no ano passado pelo vereador Joel Garcia, hoje no PTN, mas que já foi do PDT, de onde saiu para não ser expulso. O vereador e o prefeito foram aliados muito próximos e hoje estão rompidos. A briga é feia. Quando foi preso em janeiro do ano passado pelo Gaeco, Garcia culpou o prefeito por seus dissabores. No dia de sua prisão disse: "É isso que dá brigar com o prefeito".
O caso da Guarda Municipal já foi avaliado por uma CEI da Câmara londrinense, mas teve o relatório arquivado. A versão original elaborada pela vereadora Lenir de Assis (PT) responsabilizava o prefeito Barbosa Neto, mas foi considerada "dura" demais pelos outros dois membros da CEI, Jairo Tamura (PSB) e Titto Vale (PMDB). Esses vereadores fizeram então um novo relatório inocentando o prefeito. A amaciada feita por Tamura e Vale desagradou seus colegas. O relatório não foi aceito pela Câmara e o peemedebista Vale ainda enfrentou pesadas críticas em seu partido, que o enquadrou para deixar de favorecer o prefeito.
Também neste mesmo caso das irregularidade na Guarda Municipal, o prefeito londrinense foi indiciado pelo Ministério Público por improbidade administrativa. Segundo a denúncia, o município teria feito pagamentos irregulares à empresa Delmondes & Dias, contratada para o treinamento da Guarda Municipal. Conforme concluiu o MP, os guardas já haviam tido aulas 50 dias antes do contrato.
Em Maringá, a proposta cassação do mandato do vereador peemedebista John Alves surgiu de uma cena grotesca encenação feita por ele na quinta-feira passada. O vereador tirou a camisa durante sessão em que era discutida a revogação de uma lei que restringe a construção de casas geminadas em Maringá.
A cena foi de programa de baixaria de televisão. Veja a foto acima, publicada no site do jornal O Diário, de Maringá. O gesto do vereador foi para evitar uma votação que poderia liberar a construção de casas geminadas na cidade, uma das grande polêmicas hoje em Maringá.
Os vereadores que propuseram a cassação do mandato são favoráveis à liberação. O vereador descamisado é contra a revogação e disse que seguirá votando da mesma forma, independente da ameaça de cassação. "Quem está fazendo pressão não é o povo, são esses construtores que estão enfiando na população uma casinha de R$ 80 mil por R$ 170 mil", ele disse.
Para propor a cassação, a oposição alega que John Alves infringiu um artigo do Regimento Interno que se refere a "praticar ato que afete a sua dignidade". Se a Mesa Executiva aceitar esta tese, o vereador pode ser cassado por falta de decoro.
Se ocorrer mesmo a cassação, os vereadores maringaenses vão acabar virando notícia nacional. Afinal, podem não faltar motivações políticas para cassar mandatos de vereadores pelo país afora, mas ninguém imaginava que isso podia acontecer pelo fato de um vereador ter tirado a camisa.
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