quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Ficar sem camisa na Câmara não dá cassação em Maringá e em Londrina vereadores não aprovam CP contra prefeito

INSTITUTO AME CIDADE, 5 de outubro de 2011


A Câmara Municipal de Maringá criou ontem uma espécie de jurisprudência interna: tirar a camisa em plenário não dá cassação de mandato. O vereador John Alves (PMDB) pegou dez dias de suspensão por ter ficado sem camisa para evitar uma votação na Câmara.

Como haverá desconto em folha de pagamento o vereador perderá R$ 2,1 mil de seu salário de R$ 6.312.

O vereador tirou a camisa durante a discussão sobre a revogação da restrição da construção de casas geminadas na cidade. O assunto é bastante polêmico em Maringá e objeto de pressão de manifestantes favoráveis às casas geminadas, que hoje tem um regulamento restritivo sob a alegação dos problemas urbanos que esse tipo de imóvel pode trazer.

Os vereadores mais animados com a cassação de John Alves são do grupo favorável às casas geminadas. Não é a primeira vez que o vereador peemedebista apronta na Câmara, mas seus colegas foram até tolerantes com sua avacalhação da solenidade da Casa. O regimento interno da Câmara prevê até 21 dias de supensão em casos assim.

E em Londrina a Câmara rejeitou a abertura de Comissão processante contra o prefeito Barbosa Neto (PDT) e o vice José Joaquim Ribeiro. O pedido era para investigar irregularidades na Guarda Municipal (veja mais no post abaixo).

A decisão dos vereadores de Londrina vai de encontro à posição do Ministério Público que, em julho deste ano, entrou com ação contra o prefeito londrinense também por irregularidades no curso de formação da Guarda Municipal.

Foram nove votos favoráveis à Comissão processante e oito contrários. Para a aprovação em necessários 13 votos. O petista Jacks Dias se ausentou, apresentando atestado médico.

O vereador peemedebista votou a favor, apesar de junto com o colega Jairo Tamura ter votado contra relatório anterior de Lenir de Assis (PT) em Comissão Especial de Investigação (CEI) sobre o mesmo tema. O relatório responsabilizava o prefeito.

Na ocasião, Dias e Tamura substituíram o relatório da vereadora por um outro, tão parcial ao prefeito que repudiado publicamente por alguns vereadores e foi recusado pela Câmara.

Tito Valle justificou a posição de agora a favor da abertura da CP dizendo em plenário o seguinte: “Atendi a uma solicitação do meu partido e grupo político. O PMDB decidiu democraticamente".

Veja abaixo o voto de cada vereador.


SIM
Marcelo Belinati (PP)
Eloir Valença (PT)
Lenir de Assis (PT)
Gérson Araújo (PSDB)
Márcio Almeida (PSDB)
Roberto Kanashiro (PSDB)
Rony Alves (PTB)
Tito Valle (PMDB)
Sandra Graça (PP)


NÃO
Sebastião dos Metalúrgicos (PDT)
Jairo Tamura (PSB)
Roberto Fu (PDT)
Renato Lemes (PRB)
Rodrigo Gouvea (sem partido)
Padre Roque (sem partido)
Ivo de Bassi (sem partido)
Roberto da Farmácia (PTC)

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